domingo, 27 de abril de 2008

Blog Apimec-MG

Caros leitores,

Fruto do sucesso do Dinheiro Minas, agora estou contribuindo com o blog da Associaçãos dos Analitas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais de Minas Gerais (Apimec-MG). Continuo contando com a sua visita. Basta acessar o site (http://www.apimecmg.blogpot.com)/).

Em maio, o Dinheiro Minas completa um ano que está "no ar". Neste período falei sobre vários assuntos relacionados a dinheiro, publiquei notícias sobre o mercado mineiro de capitais, muitas vezes exclusivas, contei os bastidores de reportagens de quando estava no Diário do Comércio. Mas, principalmente, conquistei leitores fiéis, que não quero jamais perdê-los.

O Dinheiro Minas não morre. Continuarei postando informações, porém esporadicamente. Qualquer sugestão e dúvidas encaminhe e-mail para paolacjcarvalho@gmail.com e apimecmg@gmail.com.

Obrigada!

terça-feira, 1 de abril de 2008

Esclarecendo dúvida sobre imposto de renda

Marcos, leitor do Dinheiro Minas, pergunta:

Sendo pequeno investidor, como declaro? Não tenho ganho superior a R$ 20.000,00, mas parece-me que devo declarar minha posição mês a mês. É isso mesmo?

Luiz César Rodrigues, analista de investimentos, responde:

Esclarecendo os benefícios aos acionistas:

- Dividendos: o mínimo a ser distribuído é de 25% do lucro liquido. O dividendo já é liquido ao acionista, ou seja, quem recolhe o imposta de renda é a empresa.

- Juros sobre o capital: é a correção do capital social distribuído em espécie ao acionista. A diferença é que o imposto de renda fica por conta do acionista (15%).

Em ambos os casos a cotação fica corrigida desses valores

- Bonificação: percentual relativo ao aumento de capital da empresa distribuída ao acionista na forma gratuita de novas ações.

- Desdobro: é a divisão de 1 ação em várias. Não há aumento de capital

Existe um estudo no mercado que diz que o investidor pequeno tem em média R$ 5000,00 para aplicação. Então, quando na bonificação/desdobro o preço ajustar-se (no lote de 100 ações) em cotação até R$ 50,00 a base de acionistas da empresa deve aumentar.

Exemplo:
Cotação: R$80,00
Bonificação: 100%
Cotação após a bonificação: R$ 40,00

- Subscrição: percentual relativo ao aumento de capital da empresa distribuído ao acionista com preço determinado. Quando o preço a ser pago é inferior à cotação e dependendo do que vai ser feito com o montante arrecadado é sempre bom.

Sobre o imposto de renda

- Valores de vendas mensais até R$ 20.000,00 estão isentos de recolhimento de IR.

- Mas há necessidade de mencionar o valor da venda no IR final, pois, exemplificando: investidor faz durante o ano um total de vendas mensais não superior os R$ 20.000,00 mas totalizando R$ 200.000,00 e adquire um imóvel. Como ele justificará a origem do numerário para a compra já que a aquisição do imóvel é obrigatória no IR? Daí a necessidade de apontar o valor mesmo sendo este isento do IR.

domingo, 30 de março de 2008

Financeiras exploram leigos e desesperados para conseguir taxa de retorno de mais de 50% em 9 meses. Não é hora do governo interferir?

O volume de juros que o brasileiro pessoa física já contratou (até fevereiro de 2008) para este ano chega a R$ 208 bilhões. No ano passado, o montante de juros contratado exclusivamente pelas pessoas físicas atingiu R$ 224 bilhões (quase 9% do PIB!). Mais de três vezes e meia o valor previsto para todo o investimento do Governo neste ano. Melhor ainda, quase 9 milhões de carros populares em um único ano.

Alguns especialistas temem que esse nível de endividamento do brasileiro já está estimulando a formação de uma bolha, que pode explodir a exemplo da crise dos Estados Unidos. Não é para menos. O povo está consumindo, as indústrias estão investindo, gerando emprego e impulsionando o setor varejista. Mas, vai chegar uma hora em que a renda destinada ao consumo será transferida para o pagamento de dívidas. Daí, as vendas vão cair, indústria demitir... formando um ciclo negativo.

O governo e órgãos reguladores tinham que atuar na prevenção deste cenário, seja por meio de campanhas de educação financeira, seja por meio da coibição de ofertas de crédito. Por exemplo: praticamente duas vezes por mês recebo em minha casa correspondência do Citi Financial, do Banco Citibank S/A. É um absurdo! Veja:

Chega um cheque no valor de R$ 1.000,00 para eu “aproveitar como quiser”. A frase de maior destaque da carta é uma verdadeira isca para enganar bobo ou desesperado: “Não precisa se preocupar com as parcelas: elas cabem direitinho no seu bolso”. A taxa, segundo eles, é a melhor do mercado “para o seu bolso”: 7,49% ao mês, enquanto o cheque especial cobra 7,71%; o cartão de crédito, 10,34%; e outras financeiras, 11,18%. E sabem qual é a vantagem exclusiva? Você pode pagar em 9 parcelas de R$ 175,42. O total do quanto você terá de pagar - R$ 1.578,78 – não é exposto em nenhum momento. Ou seja, o Citi terá mais de 50% de rendimento em somente 9 meses! Para fazer o empréstimo basta apresentar RG, CPF, talão de cheques e comprovantes de renda e residência.

Não acham abusivo? Os bancos estão agindo de má fé.Vamos assistir sentados?

Artigo “As 5 Leis de Ouro”, de Marcelo Junqueira Angulo

Pedi demissão. Isso foi junho do ano passado. Por ironia, ganhei um presente do meu ex-chefe. Surpreso, recebi em casa um pacote bem embalado, abri o cartão e lá dizia “Marcelo, às vezes é preciso beber na fonte”. Era um livro: “O Homem Mais Rico da Babilônia” de George S. Clason.


Beber na fonte significava, além de ler os livros do “Pai Rico” dos quais eu tanto falava, ler também os clássicos sobre independência financeira. “O Homem Mais Rico da Babilônia” foi lançado inicialmente em 1926, até hoje é atual, tendo atraído mais de 1,5 milhões de leitores nos EUA.


Devo confessar que li o livro por completo só recentemente: são parábolas ambientadas na antiga Babilônia (um dos povos mais ricos de toda a História). Na Babilônia, foram desenvolvidos muitos princípios básicos de finanças agora reconhecidos e usados no mundo inteiro.


Neste artigo, escolhi mencionar brevemente “As cinco leis de ouro”. Essas leis – diz o livro – foram transmitidas por Arkad, o homem mais rico da Babilônia, para seu filho Nomasir. Imagino que o leitor já esteja curioso, então, vamos às leis:


I. O ouro vem de bom grado e numa quantidade crescente para todo homem que separa não menos de um décimo de seus ganhos, a fim de criar um fundo para seu futuro e o de sua família;


II. O ouro trabalha diligente e satisfatoriamente para o homem prudente que, possuindo-o, encontra para ele (para o ouro) um emprego lucrativo, multiplicando-o como os flocos de algodão no campo;


III. O ouro busca a proteção do proprietário cauteloso que o investe de acordo com os conselhos de homens mais experimentados em seu manuseio;


IV. O ouro foge do homem que o emprega em negócios ou propósitos com que não está familiarizado ou que não contam com a aprovação daqueles que sabem poupá-lo;


V. O ouro escapa ao homem que o força a ganhos impossíveis ou que dá ouvidos aos conselhos enganosos de trapaceiros e fraudadores ou que confia em sua própria inexperiência e desejos românticos na hora de investi-lo.


No fundo, não é à toa que Robert Kiyosaki, autor da coleção “Pai Rico, Pai Pobre” recomenda o livro “O Homem Mais Rico da Babilônia”. Muitos dos conceitos do “Pai Rico” estão nas cinco leis: fazer o seu dinheiro trabalhar para você, ouvir conselhos de pessoas ricas e constantemente se educar financeiramente.


Moral da história: às vezes é preciso mesmo beber na fonte.


Marcelo Junqueira Angulo é administrador de empresas pela EAESP-FGV. Texto escrito tendo como referência bibliográfica o livro “O Homem Mais Rico da Babilônia” de George S. Clason.

Expomoney INI Day

Clique na imagem para ampliá-la.

terça-feira, 11 de março de 2008

Presença significativa de empresas mineiras na carteira da Merril Lynch

Três dos nove papéis recomendados pelo Banco de Investimento Merrill Lynch (Focus Lista para o Brasil) para março são de empresas mineiras: Cemig, MRV Engenharia e Usiminas. Os analistas fizeram uma mudança apenas em relação à última divulgação. Substituiu as ações ordinárias da Petrobras pelas preferenciais. No portfólio recomendado, a instituição também divulgou suas projeções para o dividend yield esperado para os papéis. É que em tempos de cautela nos mercados, os investidores buscam ativos que ofereçam dividendos atrativos.


sexta-feira, 7 de março de 2008

Participação do leitor

Prezada Paola,

acompanho o blog há algum tempo e estou interessado em fazer um curso sobre bolsa de valores para iniciantes. Moro em BH e gostaria de voltar-me especificamente para o home broker. Você poderia me dar indicações?

Agradeço desde já.
Um forte abraço,
Ubirajara.

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Caro Ubirajara,

Não estou sabendo de nenhum curso, em breve, sobre home broker. Mas, eles existem! No entanto, tenho quase certeza que os da Abemg oferecem esse conteúdo (3271-9600). Acho que os cursos da Rita Mundim também bordam o tema. Vale a pena ligar para a Aporte no telefone 3269-8100. Outra dica... alguns cursos, como o da XP, oferecem aula prática individual, depois da aula teórica aplicada em grupo. Daí, você focar justamente em suas dúvidas. No caso, pode ser sim o home broker. O telefone de lá é o
3311-3700. No mais... continue acompanhando a coluna "Cursos e Eventos" do Dinheiro Minas. Estou sempre atualizando!

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Mande também a sua dúvida para paolacjcarvalho@gmail.com

Curso ensina mulheres a investir no mercado de ações

No mês das mulheres, a XP Educação oferece de 25/3 a 27/3 o curso Aprenda a Investir na Bolsa de Valores especialmente para o público feminino. O curso é indicado para iniciantes ou investidoras intermediárias. O programa abrange definições básicas e estruturais do mercado de capitais no Brasil, como técnicas de análise utilizadas pelos profissionais. Para isso, são desenvolvidos assuntos como caráter legal e responsabilidades no mercado de ações, diferenças entre escolas de análise de empresas (Fundamentalista e Técnica), Home Broker, Tributação, Custos Operacionais, Aluguel de Ações, Derivativos Financeiros (opções e contratos futuros) e o principal, ensina aos participantes como montar uma carteira de ações.

As matrículas podem ser feitas pelo fone 0800 723 3700. O curso custa R$ 390,00 e R$ 340,00 para universitárias. Será realizado na XP Investimentos, na rua Rio de Janeiro, 2.720, Lourdes. Mais informações sobre este curso e outros projetos da XP Educação acesse o site www.xpe.com.br ou mande um e-mail para cursos@xpe.com.br.



quarta-feira, 5 de março de 2008

Ações negociadas na Bovespa subiram até 160,09% no primeiro bimestre de 2008

As ações de algumas empresas listadas na Bovespa chegaram a apresentar uma lucratividade de até 160,09% de janeiro a fevereiro deste ano. Foi o caso da Recrusul PN, seguida da Recrusul ON (154,55%), Excelsior PN (100%). Levando em consideração as empresas que fazem parte do Ibovespa, o papel que registrou maior alta foi o da Cosam ON (38,94%), à frente da Telemar N L PNA (32,85%), Telemar PN (23,60%), Usiminas PNA (20,25%) e CSN ON (20,11%).


Leitores do Dinheiro Minas podem tirar dúvidas com especialista da Geração Futuro


A partir de agora o Dinheiro Minas vai esclarecer dúvidas de investidores e de interessados em começar a investir em ações. Para isso, é só enviar a sua pergunta que o analista Luiz César, da Geração Futuro, que atende hoje mais de 200 clientes e que está no neste mercado deste 1972, vai responder. Aproveite!



Imposto de Renda para quem investe em ações

A Receita Federal já abriu o prazo para a entrega da Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física 2007 (ano-base 2006). Quem investe na bolsa deve fazer o quê? Saiba que os ganhos em operações no mercado à vista até R$ 20.000,00 são isentos de IR, o que é muito bom para o pequeno investidor, não é mesmo? Para quem ultrapassa esse limite, a alíquota usada no cálculo do imposto de renda sobre os rendimentos é de 15%. Vale lembrar que é possível somar as taxas de corretagem e outros custos atrelados à compra/venda de ações, reduzindo o valor do rendimento e pagando menos imposto. Bem na verdade, quem possui ganho de capital superior a R$ 20.000,00 deve mesmo é procurar um contador com experiência no mercado de ações.


sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Pergunta

Um leitor do Dinheiro Minas escreveu:

“Meu nome é Luciano e fiquei deslumbrado com as informações que obtive em seu blog sobre mercado financeiro. Tenho 31 anos. Bacharel em Direito. Renda de estável e estou paquerando o mercado de ações, sozinho. Ainda não tenho o conhecimento suficiente para operar sozinho como home broker numa corretora. Também não concordo com as taxas cobradas nos fundos de investimentos via bancos. Mas também não encontrei um clube de investimentos em belo horizonte em que eu possa começar. Então pergunto-lhe se você sabe onde encontro esses clubes para começar? Sei que não é de sua alçada mas desde já agradeço a ajuda, já que estou navegando pela NET e não consegui ninguém próximo que conheça do mercado ou que possa me orientar."

A resposta pode ser de interesse de outros:

Também passei por esse processo de paquera e agora estou namorando. Tenho muito que avançar neste relacionamento, mas estou caminhando para isso. O que aconselho a fazer é o que sei que muitos bons investidores fizeram. Grande parte começou com dois cursos: um sobre mercado de ações com ênfase técnica e outra fundamentalistas. É mais simples do que você imagina. Ao mesmo tempo, entre em um site e faça uma simulação para saber o seu perfil: conservador, moderado ou arrojado. O www.bovespa.com.br, no link iniciantes, tem tudo isso. Também é interessante organizar suas finanças pessoais para cada vez mais sobrar dinheiro para você investir. Se quiser começar com clube de investimento, que realmente considero melhor que fundo, entre nos sites das corretoras daqui de BH e procure-os. Existem clubes para os três perfis. Atenção! Não deixe de observar as taxas. No meu blog, na coluna da direita, tem a agenda de cursos e o telefone de todas as corretoras.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Análise técnica: aplicação de R$ 10 mil em ações da Usiminas vira R$ 3,42 milhões, em 10,7 anos

As incertezas que assombram 2008 forçam a definição de estratégias, mesmo considerando que bolsa de valores é um investimento de longo prazo. Uma maneira interessante de decidir quando comprar e quando vender ações é por meio de gráficos que cruzam as médias móveis exponencial e aritmética. Isso permite de você saia na tendência de queda e entre na de alta. Calma! Isso não é nenhum bicho de sete cabeças. O homebroker de muitas corretoras disponibilizam esses gráficos para os seus clientes, em tempo quase real.

A média mais indicada para conservadores é a 9/40. A média 9 representa uma linha e a 40, outra linha. Depois de entender o funcionamento, você precisa ter em mente apenas que quando elas cruzarem e a média 9 for maior que a 40, é hora de comprar. Ao contrário, se for menor, é hora de vender.

Olha que interessante... A XP Investimentos fez um estudo histórico que revela, assustadoramente, a importância desse monitoramento. Leva-se em consideração uma aplicação inicial de R$ 10 mil na compra de ações da Usiminas, em fevereiro de 2007. Depois de 10,7 anos, quem deixou o investimento parado (Buy&Hold) viu ele render 2.262,08%, ou 34,38% ao ano, ou 2,46% ao mês. Com isso, sua aplicação de R$ 10.000,00 multiplicou-se para R$ 236.207,98. Excelente, não?

Então, o que acha disso? Quem comprou e vendeu os papéis nos cruzamentos apontados pelo gráfico de média 9/40, viu o seu dinheiro render 34.141,68%, ou 72,52% ao ano, ou 4,58% ao mês. Ao todo foram 57 operações – o que considerei pouco, tipo uma por bimestre. O resultado: sua aplicação de R$ 10.000,00, em 10,7 anos, atingiu (nem sei qual verbo utilizar) R$ 3.424.168,43. Isso mesmo! Mais de 3 milhões.

Bom! Isso foi feito com a trajetória de um papel. É passado. Resta saber com qual empresa "casar" para ter um desempenho desse.

Bovespa + BM&F = segunda maior bolsa das Américas

Caso a fusão entre a Bovespa e a BM&F se confirme, a bolsa resultante será a segunda maior das Américas, à frente até mesmo da Bolsa de Nova York, segundo cálculos da Economática. A maior bolsa do continente, em valor de mercado, é a Mercantil de Chicago (CME).

A Bovespa e a BM&F abriram o capital no segundo semestre de 2007 e foram algumas das companhias que mais perderam com a turbulência global. Além do vaivém dos mercados, sofreram com a decisão do governo de elevar a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) do setor financeiro.

A Bovespa debutou no pregão da bolsa paulista em outubro, com ações cotadas por R$ 23. Em 23 de janeiro, os papéis chegaram ao fundo do poço: R$ 21,80. A BM&F iniciou seus negócios em pregão no fim de novembro, com as papéis valendo R$ 20. Também em 23 de janeiro, bateram em R$ 13,80. O valor de mercado combinado da Bolsa brasileira, levando-se em conta as cotações de ontem, alcançaria US$ 20,3 bilhões.

Segundo fontes do mercado, a instituição se situaria entre as cinco maiores do mundo. A transação também ocuparia lugar de destaque no ranking brasileiro das maiores fusões e aquisições de todos os tempos.

(Com Estado de São Paulo)

Cautela

O "surpreendentemente fraco" índice de atividade regional divulgado na semana que passou pelo Federal Reserve indica que os EUA poderão sofrer uma recessão tão intensa quanto a de 1990, muito pior do que a de 2001, segundo avaliação da Merrill Lynch. Essa não foi a primeira notícia que assustou os investidores brasileiros. A crise norte-americana está trazendo bastante incertezas para quem se acostumou, ao longo dos últimos cinco anos, a ganhar sempre na bolsa. Em janeiro, mês de expectativas para muitos investidores iniciantes, a Bovespa fechou com perda de 7%. No entanto, apesar dos pesares, a bolsa ainda está em primeiro lugar na listas dos investimentos mais rentáveis. Ou seja, a bolsa não vai registrar em 2008 melhor desempenho que o verificado nos anos anteriores, mas ainda é uma das (se não for a melhor) formas de fazer o seu dinheiro render. A recomendação dos especialistas é somente que o investidor corra menos risco.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Mulheres x aposentadoria

Até pouco tempo a instabilidade econômica e os altos índices de inflação impediam as pessoas de fazerem um planejamento financeiro de longo prazo. O cenário brasileiro mudou, mas a cultura da população nem tanto. Pensar na aposentadoria enquanto jovem ainda é algo considerado bem precoce, apesar de ser cada vez mais fundamental. No entanto, muitos começam a rever conceitos, principalmente as mulheres, segundo levantamento do BrasilPrev.

A instituição apurou que cresceu significativamente o número de mulheres que contribuem com a previdência privada. Em 2001, elas representavam 37% da base de clientes. Em 2007, atingiram 41%. O interessante é que quase a metade deste grupo tem até 30 anos e que 31% também fazem previdência privada para os filhos. Este é um dado bastante interessante, uma vez que confirma a consolidação de uma nova geração de investidores.

Aquela mulher que abria a mão do futuro para atender a atual demanda da família, um erro muito comum não só do brasileiro, começa a desaparecer. Não que ela tenha deixado filhos e marido de lado. É que agora a mulher contemporânea faz planejamento para conquistar todos os seus desejos e ser feliz da juventude à velhice.

Em ano de cautela, analistas sugerem papéis de empresas sólidas. Vale é uma indicação praticamente unânime.

Passada a percepção exacerbada de riso e consolidado um cenário mais claro para ao longo de 2008, os fundamentos das empresas voltam a ser avaliados. Mesmo assim, a cautela não deve ser descartada. Os analistas frisam que é bom evitar ativos de risco, mesmo que possuam grande potencial de valorização. Eles sugerem investimentos em papéis de empresas sólidas, que no médio e longo prazo devem voltar a se valorizar. Entre as indicações, destaca-se a Vale.

Algumas informações divulgadas recentemente são bastante interessantes para o investidor que quer comprar ações da mineradora.

A Vale é líder mundial em geração de valor ao acionista, segundo a pesquisa The 2007 Value Creators Report , realizada anualmente pelo Boston Consulting Group, e que avalia o desempenho de 5000 empresas consideradas large-caps (com valor de mercado superior a US$ 50 bilhões) em 44 países. Entre 2002 e 2006, a mineradora brasileira teve um retorno médio de 54,6% ao ano no período, conquistando o primeiro lugar no ranking, ficando à frente de gigantes globais como: América Móvil (México); Apple e Boeing (EUA); Toyota, (Japão); BAT, (Reino Unido), além de BHP Billiton e Anglo American.

Já um estudo elaborado pela área de Relações com Investidores da Vale mostra que entre 2002 e 2007, a Vale também foi a empresa que mais gerou valor ao acionista:


Importante frisar ainda que a Vale foi a empresa estrangeira preferida pelos investidores de Wall Street em 2007. O ranking da negociação média diária de ADRs no ano passado mostra que a mineradora brasileira ficou em primeiro lugar, seguida pela Petrobras.


domingo, 10 de fevereiro de 2008

Jovens estressados

Pesquisa realizada pelo Hospital do Coração de São Paulo, com 441 executivos entre 20 e 30 anos, constatou que 59% deles estão com alto índice de estresse. Já dos pacientes de 30 a 40 anos, o índice é de 45%.

O motivo não é nenhuma grande novidade: é o estilo de vida. Do total, 60% têm dificuldade em realizar atividade física regular e outros 87% em ter uma atividade de lazer.

A pesquisa também apontou a relação do estresse com as características da personalidade desse jovem executivo. 20% dos entrevistados disseram que possuem conflitos familiares e alteração significativa do humor, como ansiedade, irritabilidade e depressão. Outros dados interessantes: 82% possuem indicação para psicoterapia, mas apenas 21% a realizam, e 29% possuem prejuízo na qualidade do sono.

Com essa pesquisa lembrei-me de um pensamento, tenho quase certeza que é do Dalai Lama, que diz mais ou menos o seguinte: É difícil entender o homem... Ele gasta toda a sua saúde para ganhar dinheiro e, no fim da vida, gasta todo o seu dinheiro para ter saúde. Por isso, jovens estressados, é bom repensar a rotina!

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Francisco Barbosa, da Magliano S/A, não vê fundamentos para uma crise nos Estados Unidos

Em artigo preparado para apresentação na Apimec-MG, Barbosa disse que “espera desativação fraca, pouca expressiva, e de curta duração, como costuma acontecer”.

O analista levantou um ponto interessante. “Os EUA viveram superaquecimento entre 1995 e começo de 2002. Nesse período, o Sudeste Asiático, a Alemanha, a Rússia e o Japão estiveram em crise, a Argentina esteve péssima e o Brasil esteve mal. Não houve nenhuma contaminação desses países e região pelo boom norte-americano. No mesmo período, a China, cercada de países em crise, cresceu a taxas elevadas”.

Há outro ponto a ser levado, e muito, em consideração. De acordo com Barbosa, o setor imobiliário participa com 6% do PIB norte-americano. O setor de serviços, mais de 60%, dos quais uma parte refere-se ao setor financeiro. Por isso, conforme o analista, é difícil imaginar que 10%, ou pouco mais, possam contaminar os 90% restantes, ou pouco menos, da economia dos EUA inteira.

“É interessante que o setor imobiliário norte-americano aqueceu-se desde o começo dos anos 2000 e não concorreu para a aceleração do crescimento do país desde então, em especial no início. Por que é capaz de motivar recessão quando em crise?”, observou.

Por esses e outros fatores, Barbosa ressalta que apenas o enorme pessimismo amplamente disseminado desde meados de 2007 justificará desaceleração ou eventual recessão, em 2008. A expectativa negativa, para ele, tem o poder de influir muito na evolução da macroeconomia, pelo menos em curto prazo.

Um questionamento de Barbosa que vale a pena registrar: “Por que não imaginarmos a economia mundial, pela boa performance que vem apresentando, contaminar a economia dos EUA, e ajuda-la a evitar sua crise? Afinal, a economia mundial é tão importante quanto e a desvalorização do dólar estará atuando neste sentido”, ponderou.

Esta é uma avaliação que contrapõe o que muitos analistas vêm afirmando. É sempre bom comparar pontos de vistas. Eu, particularmente, acredito em impacto negativo sim, mas que apenas vai impedir que a economia brasileira cresça ainda mais. Isso em razão dos fundamentos da economia (há liquidez, expansão do crédito, aumento dos investimentos, geração de emprego, renda e da confiança do consumidor). Além disso, pesquisas têm apontado que a inadimplência não deu nenhum grande salto assustador. Os pontos negativos são os gastos exacerbados do governo com a própria máquina pública, taxa de câmbio e juros ainda altos – nada do que não estejamos acostumados. Infelizmente!


domingo, 27 de janeiro de 2008

Falando do Plano Verão... Quem tinha poupança em janeiro de 1989 tem dinheiro a receber!

Apesar de todas as críticas (postagem anterior), o entendimento dos tribunais até o momento é de que as pessoas que tinham poupança entre os dias 1º e 15 de janeiro de 1989, com aniversário entre 1º e 15 de fevereiro, podem reclamar uma diferença de 20,46% sobre o saldo da poupança. O prazo para entrar na Justiça e reclamar essas perdas termina em dezembro deste ano.

O primeiro passo para reaver o dinheiro é pegar os extratos bancários na instituição financeira onde se tinha conta na época. Depois, é preciso entrar com uma ação na Justiça reclamando o dinheiro.

Se os valores atualizados não ultrapassarem 20 salários mínimos (R$ 7.600), é possível ingressar com ação junto ao Juizado Especial Cível sem a ajuda de advogado. Nas ações contra a Caixa Econômica Federal (CEF), o poupador deve procurar o Juizado Especial Federal, o que pode ser feito sem advogado para causas até 60 salários mínimos (R$ 22.800).

Uma opção para quem vai entrar na Justiça por conta própria é pegar uma cópia das decisões favoráveis obtidas pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

Em meio à crise inflacionária da década de 1980, o governo editou uma lei que modificava o índice de rendimento da caderneta, em 16 de janeiro de 1989. A partir dessa data, ficou definido que a remuneração seria feita pela LTF, em vez do Índice de Preços ao Consumidor. Assim, os investimentos deveriam render, até a edição da nova lei, pelo IPC. Passado esse prazo, os ganhos deveriam ser contados com base no novo indexador.

Porém, os bancos aplicaram o rendimento de todo mês com base na LTF. Ocorre que, em janeiro daquele ano, as variações foram de, respectivamente, 42,72% e 22,35%. Então, a restituição deve ser de 20,46% do valor aplicado à época. A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) estima que as perdas podem somar R$ 22 bilhões.

Jornalista é demitida por criticar governo e bancos

Recebi esse vídeo referente ao comentário da jornalista da TV Cultura, Salete Lemos. Ela critica o abuso que os bancos, e o próprio governo federal, comentem contra o consumidor. O e-mail diz que, por causa dessa crítica que foi ao ar recentemente, a comentarista teria sido demitida. Cada vez mais tenho a convicção de que a censura à imprensa - seja do governo de Minas, da União e de grandes conglomerados capitalistas - priva a população de ter conhecimento sobre a real situação que atravessamos e, por isso, a impede de agir e exercer os seus próprios direitos. É a ditadura mascarada!


A crise norte-americana vai ou não vai afetar o mercado de capitais brasileiro?

Para responder essa pergunta, a Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais Minas Gerais (Apimec-MG) promoverá na próxima terça-feira (29) o seminário "A Conjuntura Americana e o Contágio nas Economias Mundial e Brasileira". É uma ótima oportunidade de discutir o futuro do desempenho dos papéis negociados na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Para tirar dúvidas de como participar do encontro, que é gratuito, é só ligar para a Apimec-MG, no telefone 3213-0693.

Para recompor forças e iniciar uma semana que promete... fotos da praia de Itapuã (Salvador, BA). Estive lá na semana que passou!



segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

O potencial das ações mais indicados para 2008

Diante do cenário de instabilidade econômica mundial, investidores se perguntam se ainda há fôlego para ganhos, como os registrados nos últimos cinco anos. A desvalorização da Bovespa já soma 10,7%. Mesmo assim, é consenso entre os analistas escutados pela Exame que ações continuam sendo ótimas opções de investimento no longo prazo. Eles frisam, apenas, que o investidor terá de ter muito mais sangue frio daqui pra frente. A revista consultou 15 corretoras, que destacaram as ações com melhores expectativas para 2008. Estão aí:


Resposta ao leitor

O Fernando perguntou se as informações encontradas na internet são suficientes para ingressar no mercado de ações ou se é melhor fazer um curso.

Respondendo... Eu acho que fazer um curso é muito bom. Se você já fez uma boa leitura e tem certeza de que entendeu o recado pule os cursos "introdução... mercado de ações ... bolsa de valores, etc". No entanto, para ter domínio é interessante fazer os de análises fundamentalista e técnica. Daí, você vai ter mais segurança para investir o seu dinheiro. Os conteúdos dos cursos oferecidos são bem parecidos e há boas instituições de ensino: PUC, CMA, XPE e Apimec. Por isso, é bom comparar os preços.

Nunca deixe de usar a internet. Além de saber como investir, é importantíssimo acompanhar o desempenho das empresas das quais você comprou ações. Aliás, não só delas. É aconselhável acompanhar setores para ver se eles não são mais promissores que aqueles em que você dedica a maior parte de sua carteira. Entre no site das empresas e procure o link "Relações
com Investidores". Lá há dados preciosos, que muitas vezes passam despercebidos.

Se você está começando agora e a grana não é muita, procure saber mais sobre os papéis do tesouro, os fundos de investimentos e CDBs de seu banco, além de clubes de investimentos em corretoras. Fique de olho não só nos rendimentos, como em taxas e impostos também. Esse é um bom começo!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Quem tem, não tira. Quem não tem, não põe

Esse é o conselho dado aos investidores do mercado de ações pela maior parte dos analistas dos quais tenho escutado e lido ultimamente, diante da crise imobiliária nos Estados Unidos. Assino em baixo. É claro que ações como as da Petrobrás e Vale sempre são uma boa pedida. Mas, elas estão muito valorizadas. Então, se não comprou até agora, é melhor esperar. Acredito que não muito.

Apesar da recessão norte-americana, as expectativas são boas. Até o final de 2008, o Ibovespa deverá saltar para a marca de 81 mil pontos, um novo recorde que significará valorização de 28% em relação aos 63 mil pontos registrados no final de 2007. A conclusão é da última rodada do estudo “Para onde vai o mercado”, divulgado nesta semana pela FIRB – Financial Investor Relations Brasil. O estudo contempla o conjunto das principais projeções correntes. Baseia-se em mais de 500 relatórios de analistas de 24 instituições financeiras.

A FIRB apontou ainda que os setores que deverão contribuir de modo preponderante para a elevação do Ibovespa são: mineração, com previsão de crescimento de 28%; telecomunicações (39%); finanças e seguros (27%); petroquímico e gás (14%); energia elétrica (26%); varejo (42%); siderurgia e metalurgia (22%); holdings (45,9%); transporte (28%) e alimentos e bebidas (35%). A pesquisa também revelou que a projeção de aumento mais acentuado em termos absolutos, desconsiderado o peso na participação do índice, refere-se ao setor sucroalcooleiro – 58%.

Se está com dinheiro parado na poupança e não quer deixar de investir, uma das melhores alternativas é comprar papéis do Tesouro Direto. Para isso, basta somente ter uma conta em uma corretora de valores. A operação pode ser feita por você mesmo, pela internet. É só entrar no site http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto/.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Mudança nos valores das faixas de cobranças do IR permite ganho salarial

A nova tabela do Imposto de Renda (IR), que passou a vigorar neste mês, corrige em 4,5% as faixas de incidência do tributo. Isso proporcionará desconto menor no salário do trabalhador com registro em carteira.

A faixa de isenção foi elevada de R$ 1.313,69 para R$ 1.372,81 por mês. Já a alíquota de 15% irá incidir sobre os ganhos entre R$ 1.372,82 e R$ 2.743,25. Até dezembro de 2007, essa faixa ia de R$ 1.313.70 a R$ 2.625,12.

A maior alíquota, de 27,5%, passará a incidir sobre os salários acima de R$ 2.743,25, contra os R$ 2.625,12 anteriores.

Quem ganha R$ 2.800 (já descontada a contribuição ao INSS e a dedução por dependente), tem retido ao mês R$ 245,14. Com a nova tabela, o desconto passará a ser de R$ 221,52, o que dará um ganho de R$ 23,62 por mês ou R$ 307,06 no ano (incluindo o décimo terceiro salário).

Contudo, vale frisar, para a declaração anual do IR essa nova tabela só será válida em 2009. Para a declaração do IRPF 2008 (ano-base 2007) os limites serão os que vigoraram em 2007.

Mineiros pagam a segunda maior tarifa de energia do Brasil

Pesquisa realizada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostrou que, no Brasil, a diferença no valor da tarifa de energia elétrica residencial chega a 76,23%. A tarifa cobrada em Minas Gerais, pela Cemig, é a segunda maior do país.

Enquanto a menor cobrança, efetuada pela Eletropaulo, chega a R$ 0,24606 KW/h, na Enersul, o valor atinge R$ 0,43364 KW/h. Isso deixa claro como a definição tarifária está completamente dissociada da realidade econômica e social das regiões. A justificativa para as altas tarifas sempre foi a dispersão dos consumidores. Tudo bem! Os gastos das companhias que atuam em áreas com essa característica realmente são maiores. Mas, também não é justo, o consumidor pagar por essa discrepância. A equalização deveria ser feita, de alguma outra forma, pela agência reguladora do setor, no caso a Aneel.

Nos últimos dez anos, a tarifa média total de energia elétrica, no Brasil, aumentou 205,29%. O valor médio do MW/h passou de R$ 82,16, em 1997, para R$ 250,83, em 2006. Na classe residencial, a alta correspondeu a 146,17%, para R$ 294,91.

O indexador usado para realizar os reajustes pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) é o IGP-M da FGV (Fundação Getúlio Vargas), o qual, segundo o Dieese, teve o maior aumento no período de 1997 a 2006, de 9,91%, superando o ICV-Dieese (6,95%), INPC-IBGE (6,85%) e o IPCA-IBGE (6,73%).

Veja abaixo o valor das tarifas residenciais mais caras válidas até 2008:

Concessionária

Área de atuação

Tarifa residencial (R$/KWh)

Enersul

Mato Grosso do Sul

0,43364

Cemig

Minas Gerais

0,43315

Celtins

Tocantins

0,42854

Cataguazes Leopoldina

parte de Minas Gerais

0,41928

Cemar (Interligado)

Maranhão

0,7708

Fonte: Dieese

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Você faz parte da elite brasileira?

Dinheiro traz felicidade? Pesquisa realizada pelo professor de Marketing da FGV e diretor do Instituto de Pesquisa IP2 Outsourcing, Marcelo Peruzzo, conclui que sim. Ele apurou que 91% da elite se consideram felizes e que quanto mais dinheiro, mais felicidade. “Desde que o dinheiro seja de origem ética, o desejo de acumulá-lo não deve ser visto como algo negativo. O dinheiro é a recompensa de quando você é qualificado e da habilidade de mostrar essa qualificação aos outros”, avaliou.

De acordo com Peruzzo, a elite brasileira representa apenas 6% da população brasileira (algo em torno de 11milhões de pessoas) faz parte das classes A1 e A2 (famílias com renda superior a R$ 6.563,73).

Características da elite:

- Atividade profissional: 80% dos entrevistados se consideram satisfeitos e 60% da amostra afirma ter um ótimo ou bom relacionamento com seus chefes.
- Função: 59% dizem cumprir papéis ao mesmo tempo estratégicos e operacionais, 28% consideram apenas estratégica e 13% se intitulam profissionais somente operacionais. “Quanto mais operacional é o trabalho, mais reduzidas são as chances de riqueza”, destacou Peruzzo.
- O empreendedorismo é o caminho mais curto para o sucesso: 25% pensam em ter empresa própria; 21% afirmam que terão empresa; 33% já a possuem; e outros 21% estão satisfeitos trabalhando como empregados.
- Política: Apenas 7% dela anseia ter um cargo político no futuro.
- Responsabilidade social: 90% dos integrantes da elite praticam ou já praticaram ações de responsabilidade social.
- Fé: 95% acreditam em uma força superior.
- Grau de formação acadêmica: 64% possuem especialização; 24%, graduação; 7%, mestrado; 3,5%, ensino médio; 1%, doutorado; e menos de 1%, apenas o ensino fundamental.
- Livros lidos por ano: 2 a 5 – 45%; 5 a 10 – 33%; mais de 10 – 15%; 1 – 7%.
- Empregabilidade: Apenas 7% da elite está atualmente desempregada (o percentual de desemprego no Brasil gira em torno de 8,5%).

Os dados nos quais se baseou o estudo foram coletados com 526 pessoas de todas as regiões do País, pertencentes a essas classes. A partir de entrevistas feitas pessoalmente, por telefone e por e-mail, produziu-se uma pesquisa cuja margem de erro é de 2%. Dos indivíduos que responderam ao estudo, 66% eram homens e 34%, mulheres. Todos eles foram consultados entre os dias 1º e 30 de novembro de 2007.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Fundos de ações: bom negócio para 2008

Investir em fundos de ações, sobretudo da Vale, é uma boa para 2008, segundo analistas. O rendimento não será tão vigoroso como o observado em 2007 (acima de 80%), mas deve registrar taxas de crescimento ainda muito significativas, entre 35% e 50%.

Muito boa a reportagem “O ano dos fundos de ações”, de Ângelo Pavini, do Valor Econômico. Realmente os investidores que aplicaram em fundos de ações em 2007 têm muito o que comemorar. Especialmente os de carteiras Petrobras e Vale, que ganharam mais de 80%. E, se as projeções dos analistas para o ano que vem se confirmarem, a festa deve se prolongar em 2008, não com o mesmo ímpeto, mas ainda acima da renda fixa. Por isso, a expectativa é de que o movimento de diversificação, que se consolidou ao longo do ano passado, com a sangria nos fundos de renda fixa e DI e a forte captação dos multimercados e ações, continue neste ano.

A reportagem diz que em 2007, a rentabilidade dos fundos de ações foi muito superior ao dos fundos de renda fixa. Enquanto a média das carteiras de ações (incluindo aí as de Vale e Petrobras abertas para aplicações) estava em 41,96%, os renda fixa acumulavam 11,75% e os DI, 11,38%, segundo dados do site Fortuna. DIs e renda fixa tiveram este ano uma das menores rentabilidades da história, acompanhando a queda dos juros.

Isso, segundo Marcelo D'Agosto, sócio do Fortuna, explica também a grande procura por fundos Vale e Petrobras, uma vez que as carteiras acabam atraindo os investidores de varejo por sua rentabilidade passada e por serem mais simples de entender. No ano, os fundos da Vale abertos para captação acumulam depósitos líquidos de R$ 5,3 bilhões e os da Petrobras, R$ 1,7 bilhão.

Para 2008, a expectativa é de que os fundos Petrobras e Vale não repitam o mesmo desempenho deste ano, apesar das projeções dos analistas seguirem otimistas. O mais provável, acredita D'Agosto, é que o investidor procure diversificar um pouco o risco. "Podemos ver gente sacando de fundos Petrobras e Vale e aplicando em fundos ativos ou nos fundos PIBB do BNDES, que reproduzem a carteira do Índice Brasil (IBrX-50)", diz.

A tendência de diversificação e aplicação em fundos de ações e multimercados pode ter uma pausa no primeiro trimestre, por conta das incertezas com o cenário externo e a turbulência do mercado local e internacional. Mas a expectativa para Petrobras e Vale continua boa. "O petróleo tende a ficar próximo dos US$ 100 o barril e o preço do minério continua pressionado, com expectativa de alta não só em 2008 como nos anos seguintes", afirma. A turbulência também favorece Petrobras e Vale pois são papéis mais líquidos, preferidos pelos estrangeiros, pois podem ser vendidos com maior facilidade.

Vale deve continuar com bom desempenho em 2008 e nos próximos anos, com demanda crescente da China e outros emergentes, diz Pedro Galdi, analista da corretora do Banco Real. "Não dá para prever 80% como neste ano, mas 35% a 50% já é um nível bom", diz. Quanto a Petrobras, Galdi se diz cético no curto prazo pelas dificuldades da empresa em atingir as metas de produção. "Mas Petrobras é Petrobras e, no longo prazo, achamos que tem mais coisas para ser anunciadas, a exemplo do campo de Tupi." Galdi trabalha com uma projeção para o Ibovespa em 2008 de 73 mil pontos. "Mas estamos revisando esse número para cima."

Mais importante que traçar metas para 2008 é esforçar-se para cumprí-las

Ano Novo, bateria de promessas. Sim! É bom traçar objetivos. Mas, mais importante ainda, é cumpri-los. Pesquisa do psicólogo britânico Richard Wiseman aponta que apenas 12% das pessoas conseguem levar adiante o que foi definido para um ano que se inicia. Entre as mudanças estão emagrecer, parar de fumar, praticar esportes, gastar menos, investir, etc.

No início do estudo, Wiseman detectou que 52% dos 3 mil participantes acreditavam que iriam cumprir as resoluções de Ano Novo. Poucos obtiveram sucesso. Para de fumar foi uma das promessas mais difíceis (24%), seguida da redução do consumo de bebidas (25%). Por outro lado, as promessas mais cumpridas pelos participantes foram aproveitar mais a vida (32%), praticar mais esportes (29%) e emagrecer (28%).

A pesquisa também mostrou que homens e mulheres devem ter comportamentos diferentes para cumprir as promessas. Os homens devem determinar metas específicas, como perder um quilo por semana ao invés de simplesmente "emagrecer".

Já para as mulheres, a sugestão foi contar as metas para amigos e parentes. O apoio deles aumenta as chances de manter as promessas. Escrever as resoluções em um papel e colocá-lo em local visível também colabora na manutenção das promessas, para ambos os sexos.

sábado, 5 de janeiro de 2008

O analista financeiro do século XXI, segundo Roberto Teixeira da Costa, primeiro presidente da CVM

O Prêmio APIMEC Minas – Mercado de Capitais, referente ao ano 2007, entregou Prêmio Especial à Roberto Teixeira da Costa, o primeiro presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). De 1977 até dezembro de 1979, Teixeira da Costa instalou, organizou e implementou a entidade responsável pela disciplina do mercado de capitais nacional. Veja parte se seu discurso, dirigido aos analistas e investidores:

“O analista financeiro do século XXI tem que ter uma formação e visão globalizante, para melhor situar suas recomendações no contexto onde aquela empresa opera. Além disso, os padrões contábeis de hoje são muito mais exigentes. A companhia será melhor apreciada se seus padrões contábeis estiverem dentro das normas do IASB – International Accounting Standards Board (IFRS) - ou GAAP – Generally Accepted Accouting Principles (FASB). Agora, a decisão da SEC de aceitar que as empresas negociadas em NYC possam adotar o sistema IFRS sem reconciliações irá favorecer a adoção do IFRS, inclusive pela decisão do BACEN e da CVM, que optaram por esse padrão contábil.

Se já não bastassem as complexidades do mundo globalizado para tornar o trabalho dos analistas bem mais desafiante, novas e justificadas preocupações vieram a se associar. Refiro-me a questões como: essa empresa relaciona-se com o meio ambiente? Como são suas relações com os seus funcionários? Como trata seus prestadores de serviços? Como atende seus consumidores? É sensível às demandas e questionamentos por eles apresentados? E seus fornecedores, como a vêem? Como planeja sua estratégia de crescimento? Está simplesmente centrada na questão dos resultados de curto prazo ou realmente olha para a frente e procura tomar decisões e estar atenta ao que vai acontecer a longo prazo? É uma empresa de comportamento ético? Tem códigos de conduta?

Há também que prestar atenção no valor oculto das empresas, tal como o valor de sua marca, capacidade de inovação, estratégia competitiva de longo prazo e, também, eventualmente, se existem passivos que não são claramente identificados.”