segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Aposentadoria

No Brasil aposentado é aquele que se beneficia dos direitos exclusivos da categoria, um indivíduo que precisa ter o tempo mínimo de contribuição à Previdência Social e ainda atingir uma idade mínima. E, aqui, o fato de ser aposentado não livra a pessoa da necessidade de trabalhar para sustentar o lar.

Uma minoria – e eu me dou o luxo de estar incluída nela – usa o termo aposentado para aqueles que podem deixar de trabalhar. Por isso, perseguir a tarefa de independência financeira o quanto antes é fundamental. Não falo aqui de se privar no presente, mas sim de planejar o futuro, talvez até trabalhando muito.

Uma das melhores formas de reunir esse dinheiro é, em primeiro lugar, deixar de perde-lo e aprender a fazer escolhas. Defina um percentual da sua renda a ser aplicado e equipare essa meta a uma gasto fixo, como uma conta a ser paga todo o mês. Especialistas dizem que o ideal é investir 30% de sua receita total. Mesmo não sendo possível, defina uma porcentagem, nem que seja 10%. O mais importante de tudo é PLANEJAR.

Ações para a aposentadoria

A revista Exame ouviu 15 especialistas de bancos, corretoras e gestoras de recursos, que indicaram as dez melhores ações para quem vai usar os recursos aplicados na bolsa para se aposentar em até 20 anos. Confira a lista em ordem de menor risco.

- Vale do Rio Doce (VALE5) / mineração: Após a compra da Inco, entrou para o grupo das mineradoras globais, com oferta diversificada de produtos. Ganha com a crescente demanda de China e Índia.

- Gerdau (GGBR4) / siderurgia: Fornecedora de aço para construtoras e montadoras, deve aumentar suas vendas com o esperado crescimento da economia brasileira

- Bradesco (BBDC4) / banco: Com uma sólida carteira de crédito, o Bradesco é um dos bancos que mais se beneficiam do esperado aumento da renda e do volume de empréstimos.

- Cemig (CMIG4) / energia elétrica: As tarifas de energia devem subir nos próximos anos, puxadas pela alta da demanda. A Cemig também é atrativa por pagar dividendos elevados

- Petrobrás (PETR4) / petróleo: A estatal está se consolidando como uma empresa de combustíveis, com investimentos em gás e biodiesel, além do setor de petróleo.

- Weg (WEGE3) / máquinas: Uma das maiores fabricantes de motores e equipamentos elétricos do mundo, é bem administrada e tem custos de produção baixos.

- CCR Rodovias (CCRO3) / transportes: É vista como uma candidata forte para vencer as licitações de rodovias que a União e os governos estaduais devem promover nos próximos anos.

- Perdigão (PRGA3) / alimentos: A demanda por alimentos de proteína animal está em alta, especialmente na Ásia, e espera-se que os custos de produção diminuam.

- Eletrobrás (ELET3) / energia elétrica: Deve passar por melhorias de gestão, que tendem a reduzir o desconto que a ação tem em relação a outras empresas do setor.

Alguns conselhos dos especialistas:

- Reavaliar a carteira ao menos uma vez por ano;

- Investir em empresas de setores reconhecidamente promissores, que tendem a apresentar resultados acima da média do mercado nos próximos anos.

- Como o cenário mais provável é de continuidade da queda da taxa básica de juro e crescimento da economia brasileira, são vistas com bons olhos as companhias que abastecem o mercado doméstico e lucram com o aumento da renda da população. Os destaques são bancos, siderúrgicas e empresas de infra-estrutura.

- Procurar empresas que estejam passando por longos processos de reestruturação.

- Outro conselho dos especialistas é garimpar boas pagadoras de dividendos.

- Tão importante quanto fazer a seleção de bons papéis é acompanhar o desempenho desses investimentos ao longo dos anos.

- Acompanhar de perto os resultados das empresas, ler relatórios de bancos e corretoras e participar de assembléias de acionistas.

Para os especialistas consultados por EXAME, a recompensa para quem seguir todas essas recomendações pode ser um retorno de 15% ao ano pelas próximas duas décadas. Tendo essa estimativa como base, o investidor pode fazer alguns cálculos e tentar prever seu futuro financeiro. Partindo do zero, quem planeja se aposentar com

Simulador BM&F

Saiu no Valor Econômico:

Há menos de um mês no ar, o simulador de negociações de derivativos da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) já atraiu cerca de 4 mil participantes. Na média, são mais de 2 mil investidores on line fazendo operações fictícias de minicontratos de Índice Bovespa, dólar, boi gordo e café, com base nas cotações do pregão real. "Foi uma surpresa ter essa aceitação em tão pouco tempo porque o mercado de derivativos requer um acompanhamento mais de perto, ao longo de todo o dia. É bem diferente do mercado de ações, que você pode comprar o papel e deixar na carteira", disse o diretor de Projetos de Desenvolvimento e Fomento da BM&F, Verdi Rosa Monteiro.

Do público inscrito, 43% é formado por universitários. É esse também o alvo da campanha educacional que a BM&F começa a colocar na rua a partir de hoje, com palestras que vão desembaraçar o complexo mundo dos derivativos para futuros gerentes financeiros.

Nessa primeira quinzena de operações, o simulador tem replicado as movimentações observadas no WebTrading, o sistema real de compra e venda de mínis pela internet. Os contratos de Ibovespa futuro lideram as negociações, com 67,61% do volume transacionado, seguido pelos contratos de dólar, com 21,81%, boi gordo (6,79%) e café (3,79%). E, dado o interesse demonstrado pelo mercado de juros, a BM&F já pensa em colocar um míni de DI no simulador, embora ele não seja negociado no WebTrading.

Os melhores resultados obtidos no simulador da BM&F serão premiados. A competição começou no dia 3, mas os interessados podem se inscrever a qualquer tempo.

(www.bmf.com.br/simulador)

"Sucesso e (In) Felicidade"

Saiu no Valor Econômico:

Em uma das fases mais bem-sucedidas da carreira, Gilberto Tomazzoni, atual presidente da Sadia, absorvido por novos desafios no trabalho não viu o filho nascer. "Foi um dos momentos mais importantes da minha vida e também um aprendizado", disse, para uma platéia silenciosa, formada por um seleto grupo de comandantes das mais importantes empresas do país.

Ao seu lado, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, acompanhava o depoimento emocionado do executivo. Outros quatro presidentes de grandes grupos compunham a mesa do debate: Pedro Passos, da Natura, Cledorvino Bellini, da Fiat, Fábio Barbosa, do Banco Real, e José Tadeu de Moraes, da Samarco. No bate-bola, nada de taxa de juros ou economia: estavam lá para discutir algo pouco usual em suas agendas, a felicidade e o trabalho.

O encontro foi promovido pela professora da PUC-Minas, Betania Tanure, por ocasião do lançamento do livro "Sucesso e (In) Felicidade", no qual uma ampla pesquisa com 1.200 executivos do país mostra que 76% deles não se sentem felizes. A pressão por resultados e a dedicação de 70% de seu tempo e energia ao trabalho têm um preço alto fora do escritório.

Frases:

"Felicidade e alta performance não se opõem. Para mim, este é um falso dilema. Pois elas são complementares" Fábio Barbosa

"A falta de desafio deprecia a pessoa. O excesso também não é motivante. Como gestores devemos colocar o desafio adequado para cada pessoa" Henrique Meirelles

"Somente o compromisso com um projeto de longo prazo, num ambiente contínuo de aprendizado, traz felicidade" Pedro Passos

"Tudo depende da expectativa dos familiares. Se eles estão alinhados com você fica mais fácil. Se não,vem o desgaste e as consequências naturais" Cledorvino Bellini

"É preciso encontrar o significado que o trabalho tem dentro da sua vida. Só assim ele vira uma fonte de felicidade" Gilberto Tomazzoni

"Todo mundo fica satisfeito com o bônus até ver o do colega. Alegria é diferente de felicidade. Uma é o momento, a outra um processo" Fabio Barbosa

sábado, 15 de setembro de 2007

Você também é um consumidor “mal educado”?

O Telecheque, empresa de concessão de crédito, realizou uma pesquisa, apontando que o descontrole financeiro é o principal motivo para cair na inadimplência. De um universo de 1.355 consumidores que tinham restrições de crédito entre julho e agosto deste ano, 55% disseram que o descontrole é a razão para estarem na condição de inadimplente. O resultado mostrou ainda o aumento na falta de controle dos gastos em comparação com 2006, quando a resposta foi de 42%.

Em seguida, figuram na lista das causas para inadimplência o empréstimo do nome para terceiros (12%), o desemprego (7%), problemas de acidente ou doença na família (6%), além de atraso salarial (4%). Isso mostra claramente que o consumidor precisa se reeducar financeiramente e, sobretudo, criar reservas para imprevistos.

Uma curiosidade da pesquisa do Telecheque: Os consumidores com faixa salarial entre R$ 700 e R$ 1.050 formam a principal faixa de inadimplência, correspondendo a 23% do total de endividados. Os homens aparecem na pesquisa entre os mais endividados (53%).

"Dinheiro na mão é vendaval"

Bem na verdade estamos diante de uma combinação perigosa, nova na realidade econômica brasileira. Há excesso de crédito no mercado, porém, juro bancário ainda muito alto. Essa fórmula, muito boa para o sistema financeiro, pode ser uma armadilha para você. Há todo momento bancos e financeiras ligam ou mandam correspondência para sua casa, te abordam nos sinais de trânsito, etc. E, se você não for resistente, cai nessa cilada, já que as ofertas, de fato, são bem interessantes.

Para tomar crédito de forma a não comprometer seu bem-estar, há alguns cuidados que devem ser observados segundo estudiosos do tema. Primeiro faça as contas: as prestações de uma família não podem ultrapassar 30% de sua receita. Qualquer percentual acima disso já é um sinal perigoso. Depois, responda às perguntas antes de tomar o crédito:

1. Como eu vou pagar a prestação se amanhã perder o emprego?

2. Se somadas as outras prestações que eu já tenho, quanto do meu salário está comprometido com dívidas?

3. Como fica a minha vida se eu adiar esta compra?

A Bovespa disponibiliza cartilha e planilhas que, se seguidas, podem te ajudar a sair do sufoco e, quem sabe, a conquistar seu sonho. Clique aqui para acessar.

Ainda sobre tarifas bancárias

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) está para lançar o Star (Sistema de Divulgação de Tarifas de Produtos e Serviços Financeiros). A idéia é ajudar o consumidor a comparar os valores das tarifas, que de um banco para outro chega a ter diferença de mais de 70%. Em princípio, o serviço permitirá a comparação entre 46 tarifas de 10 dos maiores bancos do país. Elas serão divididas em sete tópicos: cadastros, contas correntes, movimentação de recursos, cheques, cartões, extratos e empréstimos.

Outra notícia bem-vinda é que a Câmara dos Deputados cogitam preparar uma norma que padronize os tipos de tarifas, já que cada os bancos propõem diversas definições para a mesma coisa, o que dificulta a comparação do consumidor. É também por esse motivo que a Frebaban planeja criar um sistema de comparação das cestas. Vamos aguardar!

Parabéns para Vanessa da Costa Val Munhoz!


A economista mineira recebeu no último dia 11 de setembro, em Porto Seguro (BA), o 14º Prêmio Brasil de Economia, oferecido pelo Conselho Federal de Economia (Cofecon). A sua dissertação de mestrado – “Determinação dos Juros e Metas de Inflação no Brasil: Uma crítica através da abordagem pós-keynesiana” - levou o 1º lugar na categoria. Vanessa Munhoz fez mestrado na Universidade Federal de Uberaba (UFU) e agora faz doutorado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Esse não é o primeiro prêmio da economista e tudo indica que muitos virão.

Site útil: http://www.calculoexato.com.br

O site realiza para você diferentes tipos de cálculos. Eles estão agrupados por assunto:

- Cálculos financeiros: variação de índices, aplicação de correção monetária e juros.
- Trabalhistas: rescisão de contrato de trabalho CLT e empregado doméstico, salário anual.
- Dívidas vencidas: boletos bancários, cartão de crédito, cheque especial, outros.
- Cálculos periciais: avaliação de valor de imóveis, avaliação de aluguéis e rescisão de contrato de trabalho.
- Conversão de unidades: conversão de medidas, peso, volume, temperatura, etc.
- Aluguéis: cálculo de reajustes e dívidas.
- Viagens: fuso horários, conversão de moeda e orçamentos de viagem.
- Empregados domésticos: férias, salário, décimo terceiro e rescisão.
- Outros: cálculo de IPVA, cálculos judiciais, tarifas dos Correios e expurgo do FGTS.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

O XVIII Congresso Nacional de Executivos de Finanças (CONEF) acontece nesta semana, em BH

O CONEF será realizado nos próximos dias 12 e 13 de setembro. Entre os principais painéis estão: "Valores do Desenvolvimento", com o vice-governador de Minas, Antônio Augusto Anastasia, BDMG e Petrobras; "Gestão de Tesouraria Agregando Valor", com Fiat e ABN Amro; "Capitalizando a Empresa", com Cemig e Bovespa; "Abertura de Capital", com Localiza, UBS e PWC; "Cases de Sucesso na Internacionalização de Empresas Brasileiras", com Embraer, Votorantim e Gerdau; "Fusões e Aquisições", com CVRD e Bradesco; e "Gerenciando Riscos", com Deloitte e Standard & Poors. Para mais informações, clique aqui.

A taxa básica de juros está caindo. Isso significa que é vantagem comprar a prazo? Não mesmo.

Na semana passada o Copom reduziu a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual. Agora, a Selic é de 11,25% ao ano e os especialistas e lideranças empresariais acreditam que ela deve encerrar o ano em 10,75% ou 11%. Paras as fontes das quais conversei para a reportagem do Diário do Comércio não há tanta diferença mais em 0,25 porque a consolidação da trajetória de queda, iniciada em setembro de 2005, já vem apresentando efeitos positivos. O principal? Aumento do consumo, que por sua vez pressiona as indústrias, que resolvem investir, que geram emprego e renda. Ou seja, foi dada a largada para um ciclo positivo.

Por outro lado, algumas fontes alertaram para as atuais condições de consumo. Com maior disponibilidade de crédito, empresas estão dilatando o prazo de pagamento de um produto, mas nem sempre aplicando taxas de juros coerentes. Entretanto, a grande parte dos brasileiros não querem saber o valor final da compra, e sim se a prestação cabe em seu bolso. Por isso, o endividamento da população também não pára de crescer.

Um exemplo muito claro é o da venda de veículos. O consumidor já pode comprar um carro para pagar em 84 meses (sete anos). É o prazo mais longo já disponível para essa modalidade de financiamento. Além disso, pode começar a pagar no Natal, no Carnaval, com juros de menos de 1% ao mês, dar zero de entrada, etc. Propagandas na televisão e nos sinais de trânsito te ajudam a comparar.

Para exemplificar, no caso da Ford, um modelo Fiesta 1.0, que custa R$ 28.490, pode ser adquirido com R$ 1 mil de entrada e 84 parcelas de R$ 614. Ao fim do prazo, porém, o consumidor terá pago quase dois carros, ou R$ 52.576. Se a entrada for de 40% do valor à vista (R$ 12.861), as prestações baixam para R$ 349 e o valor ao fim do financiamento será de R$ 42.177. O juro, nesses casos, é de 1,68% ao mês.

Esta aí a dica. Evite, ao máximo que puder, comprar um carro ou qualquer outro produto a prazo. Comprar à vista sempre é um bom negócio. Outro alerta: dividir o pagamento com juros zero seria uma imensa vantagem, caso os juros não estivessem embutidos no preço final. Então, pechinche e faça as contas.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

No feriado de Sete de Setembro vale um passeio por uma das cidades históricas de Minas

Outro dia desses fui à Congonhas e valeu a pena. Fica bem perto de Belo Horizonte, há muita coisa bonita e interessante para se ver, como os profetas de Aleijadinho. Ah! Na praça da Basílica tem um ótimo restaurante. E, no caminho, não deixe de reparar: as mineradoras estão bombando.

Cemig: referência mundial

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) foi selecionada pelo Índice Dow Jones de Sustentabilidade como a líder mundial do setor de "utilities", que engloba as empresas prestadoras de serviço de energia elétrica, distribuição de gás, saneamento e outros serviços de utilidade pública.

A conquista marca também a permanência da estatal mineira, desde a criação do índice em 1999, na lista de empresas do Dow Jones Sustainability World Indexes (DJSI World). A Cemig é a única empresa do setor elétrico da América Latina a fazer parte deste seleto grupo de 318 empresas de 23 países.

O DJSI, composto por ações das maiores empresas com sustentabilidade reconhecida, leva em conta não apenas a performance financeira, mas principalmente a qualidade e a melhoria da gestão da empresa, integrando ações sócio-ambientais. O levantamento para seleção das empresas abrangeu 2,5 mil empreendimentos de 57 ramos industriais em todo o mundo.

"O DJSI tornou-se referência mundial para investidores e administradores de recursos estrangeiros, que se baseiam em sua performance para tomar suas decisões de investimento", me disse o analista de Meio Ambiente da Cemig, Ricardo Prata. Ele frisou que essa maior visibilidade torna os papéis da estatal alvo de aplicadores, o que pode valorizar as ações da empresa, intensificando a formação de um clico positivo de crescimento.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Bancos abusam na cobrança de "taxas de serviço"

Outro dia, conferindo meu extrato, vi que o Banco do Brasil cobrava R$ 30 por um pacote de serviços. Procurei a agência, e o “solicito” atendente me disse que o pacote se resumia praticamente em enviar extratos pelo correio. Eu expliquei a ele que eu confiro meus dados pela internet e receber as correspondências era inútil. Em uma simples operação, o “serviço” foi cancelado. Pode parecer pouco, mas se juntar com todas as outras taxas e somar isso ano pós ano a diferença pode ser significativa. Depois, parei para pensar: quanta gente nem sabe disso e, como eu, contribuiu para o crescimento do lucro dos bancos?

Procurei saber a respeito e não é à toa que as receitas de prestação de serviço dos bancos, que incluem as tarifas bancárias, já ultrapassaram os ganhos dos bancos com títulos públicos - remunerados pela taxa básica de juros. Levantamento feito pela agência de classificação de risco Austin Rating mostra que a participação dos serviços atingiu 19,7% do total de receitas das instituições financeiras, ante 19,1% de títulos e valores mobiliários. Com isso, os serviços transformaram-se na segunda principal fonte de recursos dos bancos, atrás apenas das receitas de crédito, que respondem por 47,6% do total.

Curioso! Imagem de Gisele Bündchen valoriza ações em 15%

A cada vez que uma empresa usa a modelo brasileira Gisele Bündchen em alguma campanha, suas ações na Bolsa têm uma valorização média de 15%, segundo o Gisele Bündchen Stock Index, um índice criado pelo economista americano Fred Fuld. Mesmo considerando-se o cachê astronômico da estrela (estimado em cerca de US$ 2 milhões por contrato), é, sem dúvida, um grande investimento. Mas pagar altas cifras para vincular um produto a um rosto famoso nem sempre é garantia de retorno.


Para criar o tal índice Gisele Bündchen, Fuld, que tem um site, o Stockerblog, em que escreve sobre questões financeiras - além de publicar artigos em grandes jornais americanos -, fez uma conta simples. Avaliou as empresas que contrataram a brasileira como garota-propaganda e comparou quanto suas ações valiam na Bolsa de Nova York antes e depois da aparição dela. Foi assim que chegou aos 15% de aumento. Nesses mesmos períodos, a valorização média do índice Dow Jones foi de 8,2%.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

“Casais Inteligentes Enriquecem Juntos”

Li o livro de Gustavo Cerbasi nestas férias. Simples e interessante. Em uma sentada você lê todo o conteúdo. Contudo, neste pouco tempo, você pode mudar o rumo de suas finanças e de seu relacionamento para um caminho muito mais promissor. Coloco aqui no Dinheiro Minas uma das principais pesquisas do livro, que pode ser muito útil aos casais, sobretudo aos recém-casados, como eu.

Teste de avaliação da capacidade do casal de construir riqueza. Escolha a resposta que melhor se aplica aos hábitos do casal e depois faça as contas.

  1. Em relação à renda de cada um:

a) Um não sabe o quanto o outro ganha.

b) Um tem uma idéia de quanto o outro ganha, mas não há nenhuma necessidade de discutir esse assunto.

c) Os dois sabe, exatamente quanto cada um ganha (mesmo que só um tenha renda).

  1. Como vocês administram a renda do casal?

a) Cada um paga suas contas, os gastos conjuntos são divididos igualmente entre os dois e os investimentos são separados.

b) Os dois mantêm contas-correntes e investimentos separados, mas o pagamento das contas do casal é decidido por acordo entre os dois.

c) A renda dos dois é somada, as contas são pagas do bolo total e os dois investem juntos.

  1. Como são feitas as decisões de compras e gastos da casa de vocês?

a) Cada um fica responsável por determinada compra ou gasto e usa o bom senso quanto aos valores.

b) Mesmo quando as compras são feitas separadamente, sempre há alguma conversa sobre quanto gastar e a disponibilidade de saldos e limites.

c) Há previsões de valores para cada tipo de gasto do mês, ambos a compartilham e discutem ajustes quando não é possível.

  1. Em relação ao orçamento doméstico:

a) Vocês não realizam nenhum controle mensal de gastos.

b) Um de vocês faz um controle periódico, mas raramente conversam a respeito.

c) Ambos discutem o orçamento doméstico ao menos a cada dois meses.

  1. Em relação ao futuro:

a) Vocês mal conseguem controlar o presente, por isso não têm condições de se preocupar com o futuro.

b) Vocês poupam ou contribuem para um plano de previdência mensalmente, menos do que gostariam ou só para garantir alguma coisa na velhice.

c) Vocês investem com regularidade ou contribuem para um plano que seguramente garantirá o sustento na velhice.

  1. Se hoje tiverem um gasto inesperado igual a duas vezes a renda mensal de vocês, como farão?

a) Recorrerão a empréstimos.

b) Resgatarão recursos, consumindo mais de 20% das reservas.

c) Vocês têm uma reserva específica para contingências e novos gastos ou resgatarão menos de 20% das reservas.

  1. Como vocês planejam as férias?

a) Trabalham nas férias para pagar as contas.

b) Tiram férias de acordo com o dinheiro que sobra na conta ou utilizam recursos investidos sem finalidade específica.

c) Planejam as férias com antecedência, aplicando recursos durante alguns meses especificamente para este fim.

  1. Em relação aos gastos de ambos, vocês:

a) Não se preocupam com controles, anotações em canhoto de cheques e arquivamento de comprovantes.

b) Apenas um dos dois cuida dos controles, já que o outro não se interessa ou não consegue faze-lo.

c) Controlam todos os gastos e conversam freqüentemente e abertamente sobre eles.

  1. Quanto aos investimentos do casal:

a) Cada um investe seu dinheiro ou apenas um dos dois investe e o outro não entende do assunto ou não está a par.

b) Os investimentos são somados em uma única conta, ambos conhecem o total investido, mas apenas um dos dois escolhe.

c) Ambos discutem abertamente as alternativas de investimentos e conhecem saldos e objetivos de diferentes aplicações.

  1. Como vocês mantêm os controles financeiros?

a) Tudo o que já foi gasto não importa mais; os comprovantes são jogados fora.

b) Os comprovantes, notas fiscais, canhotos e contas são guardados todos juntos, sem muita organização.

c) Os pagamentos feitos são arquivados por tipo de gasto, apenas pelo período exigido por lei. Comprovantes desnecessários e canhotos de cheque são jogados fora quanto antes.

Pontuação: Atribua para cada resposta: a = 1 ponto, b = 2 pontos, c = 3 pontos.

Resultado do teste:

10 a 15 pontos: Vocês ainda estão tropeçando um no outro. O dinheiro continua sendo um tabu entre vocês, pois provavelmente cada um tem uma visão diferente acerca dos objetivos e limites dos gastos. Mais cedo ou mais tarde, conflitos sobre dinheiro vão atrapalhar o seu relacionamento, se já não o fazem. É hora de se sentarem juntos, conversarem um pouco sobre o que já fazem com o dinheiro e sobre o que têm dúvidas. Discutam o que precisa ser feito para tornar o orçamento mais eficiente e pensem em traduzir nas finanças o que vocês esperam do relacionamento: uma forte união.

16 a 25 pontos: Muito do que precisaria ser feito para o sucesso financeiro de vocês já foi posto em prática. Provavelmente, um puxa o outro em relação aos objetivos e às necessidades financeiras para atingi-los. Com certeza, vocês podem melhorar a eficiência do uso do dinheiro estudando um pouco mais as alternativas de que dispõem, seja para investimentos, seja em situação de aquisição de bens.

26 a 30 pontos: Vocês estão a todo vapor no caminho do enriquecimento. Parabéns! Essa sintonia quanto ao dinheiro provavelmente se traduz no dia-a-dia do relacionamento, e vocês devam ter muito menos problemas do que casais de amigos seus.

Gerenciador de carteiras com cálculo de imposto

O Instituto Nacional de Investidores (INI) fez uma parceria com a Tema Sistemas para o lançamento da ferramenta mycapital, um gerenciador de carteira de ações com cálculo de impostos e emissão de relatórios. Para conhecer mais sobre o produto, clique aqui.

Mensagem do presidente da Apimec-MG, Paulo Ângelo Carvalho de Souza: Investidores robotizados criam maior volatilidade

"O mês de julho e o início de agosto de 2007 trouxeram de volta às manchetes dos jornais notícias sobre a grande volatilidade dos mercados financeiros e de capitais. No dia de maior frisson, 26 de julho, o Ibovespa recuou 7,86%; em todas as bolsas pelo mundo afora, viu-se o mesmo. É o que gostamos de chamar de volatilidade globalizada.

Em países considerados emergentes pelos mercados – incluindo-se entre eles o Brasil -, a volatilidade é sempre maior, devido ao volume mais expressivo de investidores estrangeiros que, como se sabe, operam no piloto automático, com ordens de stop loss, as quais significam: para um determinado nível de perda, a venda é automática.

É importante entender o comportamento dos gestores desses mercados. Os movimentos de venda e compra são síncronos. De modo geral, os gestores dão suas ordens de venda no stop loss e reaplicam, simultaneamente, em títulos do governo americano. Se os mares estão revoltos, a ordem é retornar ao conhecido porto seguro.

Como um país como o Brasil pode ser afetado?

No dia de maior turbulência, o Risco País subiu de 165 para 212 basic points. As pessoas podem questionar: os fundamentos da economia se deterioram assim tão rapidamente?

Ocorre que a metodologia de cálculo leva a essa oscilação, já que o Risco Pais acompanha a volatilidade de um portfólio composto por títulos brasileiros. Os robotizados - investidores com stop loss - dão ordem de venda a mercado, redirecionando seus investimentos para títulos do governo dos EUA. Daí decorre o aumento do Risco País.

A volatilidade do dólar (fechando a R$ 1,927, no dia 26 de julho, e a R$1, 897 no dia seguinte), pelo menos em grande parte, pode ser explicada também pelo movimento dos robotizados que deram ordem de venda no mercado brasileiro e direcionaram suas aplicações para os títulos americanos.

Deve-se ter em mente que quando os investidores estrangeiros entram comprando, muitos ficam animados com as sucessivas altas do Ibovespa. O outro lado da moeda é quando os robotizados dão ordem de venda, provocando queda nos preços das cotações.

Sobre tudo isso, alguns pontos para reflexão devem ser destacados, mesmo sem a pretensão de se esgotar o assunto.

Primeiramente, os ganhos dos investimentos no mercado de ações têm sido expressivos e é lícito esperar que movimentos de realização ocorram, sem que tenhamos aí o fim do mundo.

O segundo ponto é que movimentos de grande volatilidade não são bons para tomar decisões de venda. Por outro lado, podem originar oportunidades de compra; papéis com excelentes fundamentos e ótimas perspectivas podem ter seus preços deprimidos além da conta, quando os robotizados acionam o stop loss. Isso ocorre justamente por serem os papéis citados ações de grande liquidez e expostas, mais do que outras, ao efeito manada, o que faz com que investidores não robotizados e pouco informados vendam na segunda ou terceira onda de queda.

Em terceiro lugar, notícias sobre movimentos do Ibovespa causam alarme, mas nem sempre representam o que de fato esteja ocorrendo no mercado interno e no portfólio de cada investidor. Os diversos índices da Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA - são importantes para verificar a tendência do mercado. Não devem, contudo, balizar situações individuais que estão correlacionadas com a estratégia de cada investidor.

O investidor estrangeiro tem uma participação de quase 35% na BOVESPA. O mercado é regulado pela Lei da Oferta e Procura; se a pressão vendedora é forte, o equilíbrio se dá pelo preço (o mercado cai). Ao entrar comprando, o investidor estrangeiro puxa o preço; ao sair vendendo, derruba o preço.

Existem riscos na economia mundial, liderada pela economia norte-americana (segmento mobiliário sub-prime); problemas no sistema bancário da Alemanha; preço do petróleo pressionando cada vez mais desconfortavelmente; geo-política estressada; enfim o mundo continua sendo mundo (e quando não existe um problema premente, alguém logo cria um).

Existem questões a serem resolvidas na própria economia brasileira e o governo, ao invés de concentrar seus esforços nas reformas necessárias e nos pontos fundamentais para que a economia possa crescer de forma sustentável, tem, perigosamente se deixado contaminar pelas intermináveis questões geradas pelo Poder Legislativo, que não se cansa de produzir casos e mais casos de desvios de conduta. É preciso colocar um basta nisso.

Mas os fundamentos da economia brasileira não mudam por causa das ordens de stop loss dos investidores robotizados. Nossas empresas continuam trabalhando, cada vez mais competitivas, sempre olhando para a frente, procurando aumentar a produtividade, o lucro, o dividendo e adotando práticas de governança corporativa que priorizam a transparência e a sustentabilidade.

Gostaríamos de finalizar esta mensagem com um alerta. Vários segmentos da sociedade ainda não perceberam que a Bolsa-Cassino foi eliminada da economia brasileira. O trabalho desenvolvido pelos diversos agentes econômicos, com destaque à Comissão de Valores Mobiliários - CVM - e à BOVESPA -, possibilitou termos uma bolsa técnica, com fundamentos, segurança e transparência.

Quem defende que a Lei da Gravidade se aplica à BOVESPA (tudo que sobe tem que cair) está prestando um grande desfavor à sociedade brasileira.

A Bolsa de Valores brasileira de hoje é uma casa com fundamento, na qual o cidadão e a cidadã podem aplicar suas poupanças com visão de longo prazo. No longo prazo, os robotizados serão superados por resultados e dividendos distribuídos pelas empresas com bons fundamentos."

De volta ao trabalho

Como as coisas mudam em um mês. Agosto, quando tirei férias, foi o mês mais volátil do Ibovespa. Meus dedinhos coçaram para tecer comentários no Dinheiro Minas, mas resisti. O principal índice da Bovespa atingiu a mínima de 49.937 pontos, o que significou uma perda acumulada no mês de 17,06%. O motivo: a crise do crédito imobiliário nos Estados Unidos (subprime).

Em BH, o primeiro analista a me alertar para o risco foi o Sérgio Portela, da Sita. Não acreditei muito nos impactos, mas acabou que as notícias de problemas de liquidez de fundos de hedge geridos por grandes bancos nos Estados Unidos, Europa e Ásia, geraram uma verdadeira aversão ao risco em escala mundial. O resultado foi baixa nas bolsas de todo o mundo.

Contudo, os dados divulgados nos últimos dias sobre a economia norte-americana amenizaram os problemas e animaram os investidores. O Ibovespa conseguiu reverter as perdas e encerrou agosto com alta de 0,84%. Após o encerramento do pregão de sexta-feira, dia 31, a alta acumulada em 2007 é de 22,85%.

O ápice do Ibovespa neste ano foi no dia 30 de junho, quando atingiu 58,124 pontos. Alguns analistas acreditam que o índice deve manter sua trajetória ascendente registrada nos últimos quatro anos e fechar 2007 em 62 mil pontos. Vamos acompanhar....