sábado, 28 de julho de 2007

Selecione a corretora de valores para as suas aplicações de forma bem criteriosa

A escolha da corretora de valores que vai intermediar os negócios entre o investidor e a bolsa de valores é de fundamental importância para o sucesso da aplicação. A escolha não é fácil e, por isso, não deve ser precipitada. São 90 em todo o país, sendo 32 ligadas a bancos e 58 independentes. Em Minas Gerais, cadastradas na Bovespa, são 12 (confira a lista e telefone na coluna à direita).

Caso a escolha não seja acertada, você pode não obter o rendimento esperado. Para se ter uma idéia, de janeiro a maio deste ano, a bolsa rendeu 15,2%, enquanto o CDI (renda fixa) avançou 5,06% e o dólar caiu 9,8%.

Em Minas, sempre tive muita facilidade para falar com a Geraldo Corrêa, Agora, H.H. Pichioni, Mundinvest e Sita. Mas, seguem algumas dicas para te ajudar na escolha ou checar se a sua corretora é uma das melhores.

1. Verifique se a corretora está cadastra na Bovespa. É fácil: entre no site da www.bovespa.com.br e clique no link “corretoras”, no canto direito da tela.

2. Não é bom manter relacionamento somente virtual com os analistas. Por isso, visite as corretoras e confira se elas te recebem bem.

3. Quando for à corretora, verifique a infra-estrutura, principalmente a tecnológica, o número de analistas e o sistema operacional.

4. Veja quais serviços são disponibilizados, como relatórios com os desempenhos das empresas, com os rendimentos de suas aplicações, etc. Também é importante saber a periodicidade dessas informações. Muitas enviam as variações diárias para o seu email.

5. Vale a pena ainda verificar o site da corretora. Alguns possuem chats e fóruns durante todo o horário do pregão.

6. Importantíssimo saber quanto a corretora cobra pelas operações. Não existem tabelas, segundo elas cada caso é um caso. Então fique atento. A taxa de custódua das ações, que precisa ser paga à Câmara Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), varia entre R$ 6 e R$ 20. As taxas de administração vão de 0,5% a 5% do rendimento das ações. Em relação aos “Clubes de Investimento” ainda é cobrada uma taxa de até 20% sobre o rendimento acima da variação do Ibovespa.

7. Liste os benefícios, as desvantagens e as taxas e faça as contas. Parece muita coisa, mas vale o esforço.

Vivo negocia compra da Telemig Celular

A Vivo Participações S/A, líder no mercado de celulares no Brasil com participação de 28,3%, pode fechar a compra da Telemig Celular, que possui a liderança no Estado (31,1%), além da Amazon Celular, que é do mesmo grupo. No país, a participação de ambas soma 4,53%. Caso a operação se confirme, a Vivo se consolidaria como a maior operadora de telefonia celular do país, com 32,8% de market share. Atrás dela está a Telecom Itália Móbile (TIM), com índice de 25,75%.

Na sexta-feira o mercado havia dado a compra como certa, por cerca de R$ 3,5 bilhões. Contudo, no final do dia a Vivo, sem citar valores, encaminhou comunicado a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) explicando que somente confirma a participação no processo de venda do controle das empresas, que ainda estaria em curso.

"Caso tal processo resulte na venda do controle das referidas sociedades para a Vivo Participações, serão prestadas as informações pertinentes nos termos da lei", informou o diretor de Relações com Investidores, Ernesto Daniel Gardelliano.

A empresa é uma das três que disputavam a compra da Telemig e Amazonia Celular, junto com a Claro, do grupo mexicano America Movil, e a Oi (ex-Telemar). A disputa é acirrada porque o ativo é decisivo para a definição da liderança no mercado brasileiro, já que juntas, as duas operadoras à venda somam 4,8 milhões assinantes. Somente da Telemig Celular, que atua somente em Minas Gerais, inclusive um dos poucos lugares expressivos onde a Vivo não está presente, são 3,4 milhões de clientes.

A Telpart participações S/A, controladora da Telemig e da Amazônia Celular, informou ontem também por meio de comunicado encaminhado à CVM que "efetivamente está promovendo um processo competitivo amplamente divulgado para avaliar oportunidades de desinvestimento relacionado às suas controladas". E, destacou que "a política é de não confirmar e nem negar rumores do mercado", mas que até o momento os acionistas controladores não decidiram se vão efetuar a alienação das controladas.

Caso a venda seja fechada e confirmada, o negócio ainda precisará ser aprovado pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

Para o presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais de Minas Gerais (Apimec-MG), Paulo Ângelo Carvalho de Souza, a Telemig Celular só não confirma a venda por causa de uma série de providências que precisa tomar, mesmo porque é uma empresa de capital aberto. "Não é surpresa. O mercado já esperava há muito tempo", afirmou.

"A Telemig Celular, que já foi uma das mais eficientes de Minas, passará a fazer parte da maior empresa de telefonia do país. Ganham o Estado, o consumidor e o acionista", disse, lembrando que uma briga travada entre os controladores - Citibank, Opportunity e fundos de pensão - impedia o crescimento da empresa.

Para o analista da H.H. Picchioni, Juliano Lima Pinheiro, a Telemig Celular é muito sedutora porque Minas é um dos mercados que mais cresce e o ganho de escala, neste momento, faz toda a diferença para os grandes grupos. "O crescimento no mercado significa redução de custo para opera-lo", afirmou.

Conforme ele, para o acionista a empresa fica mais atrativa. "Não que a compra eleve seu valor patrimonial, mas ao passo que se torna maior, tem maior representatividade, o que define o valor de mercado", explicou.

"Estrategicamente, levando em consideração o mapa de cobertura da Vivo, só faltava Minas", enfatizou o analista da Mundinvest, João Lanza. Segundo ele, a formação de grandes players é uma tendência mundial do setor de telefonia.

Ele destacou, porém, que a venda da Telemig Celular não encerra o movimento de união e aquisições de empresas do setor no Estado. "Há uma enorme probabilidade da fusão entre a Telemar (hoje Oi) e a Brasil Telecom. Se isso acontecer, teremos um grande player para concorrer com os grupos internacionais", avaliou.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Cindacta 1 no Santuário da Piedade

Nesta semana fui à Serra da Piedade, em Caeté, e descobri - eu pelo menos não sabia - que existe uma unidade do Cindacta 1 no topo do santuário. Conversei com os militares e eles me disseram que elas são responsáveis pelo controle de 18 freqüências e o monitoramento delas é retransmitido para Brasília. Apesar de visualmente muito organizado, eles admitiram que os equipamentos, assim como em todo o Brasil, "não é lá grandes coisas".


De certa forma, estavam contentes com a possibildade de investimentos depois de, infelizmente, todas essas tragédias. Contudo, não muito otimistas. "Se você está devendo R$ 100 mil e paga R$ 1 mil ameniza, mas não resolve", disse um deles. Os militares ainda admitiram que o sistema é sobrecarregado. No sábado, por exemplo, houve uma pane do Cindacta que controla Belém. Daí, segundo eles, houve um reposicionamento geral.


A questão da energia, o que teria provocado pane em Belém, realmente é grave. Na Piedade, eles têm um gerador que "segura as pontas". Mas, caso aconteça uma breve suspensão, questão de minutos, pode-se levar quase duas horas para reestabelecer o sistema, sobrecarregando outra central. São quatro unidades do Cindacta 1 em Minas. Além da Piedade, existem outros em Varginha, Teófilo Otoni e em outra cidade que os militares não conseguiram lembrar.

Cresce o número de empresas mineiras na Bovespa

Da leva de empresas mineiras que estavam em processo de abertura de capital, duas iniciaram as negociações de ações na Bovespa nesta semana: MRV Engenharia e Participações e Kroton Educacional, administradora da rede Pitágoras de ensino. A primeira captou no mercado cerca de R$ 1,2 bilhão e a segunda em torno de R$ 400 milhões.

Agora são 30 empresas mineiras listadas na bolsa, ou seja, menos de 10% do total, já que o número de companhias ultrapassa a casa dos 400. Nos segmentos diferenciados da Bovespa (Nível 1, Nível 2 e Novo Mercado), apenas cinco empresas do Estado fazem parte: Cedro & Cachoeira (a primeira empresa de Minas que abriu capital), Localiza, Copasa, Cemig e Arcelor Brasil.

A CVM está analisando o pedido de abertura de capital de outras duas empresas com sede em Minas Gerais: a CTBC, empresa do grupo Algar do ramo de telefonia, e o Banco Bonsucesso.

Vale destacar que outros empreendimentos estudam a possibilidade de abrir capital. É o caso da Ricardo Eletro, MRS Logística (ferrovia que opera a malha Sudeste), a Satipel (líder brasileira na produção de aglomerados de madeira) e a Ale Combustíveis, apesar de ter transferido a sua sede para Natal depois que se uniu à SAT.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

"Sempre investi em renda fixa, ou pior, em poupança. Agora, quero me arriscar no mercado de capitais. Apesar de ter lido sobre o assunto, a insegurança ainda é grande. Por isso, quero começar de forma mais fácil e conservadora. Pensei em ações com rendimentos pré-fixados. Mas aí vem a dúvida: já que o rendimento deste tipo é pequeno, a taxa de administração da corretora, o imposto de renda e outros encargos (existem?), não deixariam os ganhos menores que o da poupança? Mesmo assim vale a pena investir em ações?" - Essa pergunta foi enviada por José Adalberto, empresário. Veja agora as respostas dos analistas.

Sérgio Portella (Sita Corretora): Não existem investimentos em ações pré-fixados.A aplicação neste ativo é uma renda variável. Poderá ser positiva ou negativa. As taxas de administração variam de 1% a 4% ano, dependendo da instituição financeira. O imposto de renda é de 15% sobre o lucro, independente do prazo do investimento. Com a queda dos juros reais (acima da inflação) da poupança, investimentos em ações passam a ser visto como opção de diversificação interessante na visão de longo prazo. Apesar de não ter certeza de rentabilidade futura, vale exemplificar. Uma aplicação de R$1.000,00 em DEZ/1998 teria os seguintes valores atualmente:
DOLAR: R$1,536,13
RENDA FIXA:R$4,260,65
IBOVESPA;R$8.017,68 (Índice representativo da média do valor das ações)

José Carlos Abre (FGV): A relação Risco X Retorno esta presente em todos os aspectos de nossas vidas. Não é diferente com o mercado de capitais e com os investimentos financeiros. Baixo risco implica em baixos retornos. Altos retornos implicam em altos riscos. Não existem milagres. O mais importante é determinar o nível de risco que o investidor fica confortável em assumir. Uma idéia é montar uma carteira diversificada com imóveis (para aluguéis), aplicações financeiras (tipo poupança ou CBD), compra de ações conservadoras (setor de bancos, mineração e energia) e ações mais nervosas, como as do setor de tecnologia. O quanto em cada investimento deverá ser função da tolerância ao risco que o investidor tem. Fundos de ações por exemplo já fazem esta receita. Obviamente, cobram uma taxa de administração pelo trabalho de analisar, montar e administrar a carteira. Quanto de fundos de ações vai depender do nível de conforto que o investidor vai querer em termos de trabalhar mais ou menos na montagem e administração de sua carteira de investimentos. Trabalhar significa se envolver na escolha e na decisão do que e quanto comprar. Trabalhar em termos de analisar, montar e administrar uma carteira de investimentos pressupõe conhecimentos técnicos financeiros, que podem ser adquiridos no MBA em Finanças da FGV.

Luiz de Paula e Marco Starling (Ágora Invest): De uma forma geral, ações são considerados ativos de renda variável. É possível "montar" estratégias de renda fixa na Bolsa de Valores, mas isto é outra história. Quanto à sua insegurança inicial, além de palestras e cursos disponíveis no mercado, os sites das Instituições financeiras estão cada dia mais completos e adaptados ao investidor iniciante, procurando deixa-lo o mais confortável possível em suas decisões de Investimentos. O imposto de renda em ações atualmente tem a seguinte tributação: 15% sobre o lucro liquido (descontar custos com corretagens) 20% para operações de "Day Trade", que são mais utilizadas por investidores com mais experiência. Segue um detalhe muito interessante: para vendas inferiores a R$ 20.000,00 no mês, não é cobrado o imposto. É importante também você ficar atento às despesas operacionais: elas se dividem em corretagens, custódia e emolumentos, e são diferenciadas. Por isso é importante comparar o serviço prestado pelas corretoras de valores e verificar diante do seu perfil de Investidor, qual que lhe dará o melhor custo beneficio. Quanto ao investimento em ações, o longo prazo tem se mostrado vencedor na comparação com outros ativos, tornando a renda variável extremamente atraente no presente e para o futuro que se aproxima.

João Lanza (Mundivest): Um cliente com estas características deve iniciar seus investimentos de uma forma mais conservadora, já que não existem ações com rendimentos pré-fixados. A minha sugestão é que ele comece investindo no POP, aplicação que tem a perda máxima já delimitada. Deve procurar sua corretora ou seu gerente para saber dos detalhes.

sábado, 21 de julho de 2007

Aposentadoria é um dos principais temas da “Mensagem da Presidência” da Apimec-MG deste mês.

O presidente, Paulo Ângelo Carvalho de Souza, escreveu sobre o “Primeiro Curso de Investimentos para Profissionais da Área de Saúde”, oferecido pela associação à Sociedade Brasileira de Clínica Médica Regional de Minas Gerais. “O ponto de destaque foi a necessidade de programar uma aposentadoria decente como forma de segurança para a ocasião em que a pessoa se retira da vida ativa”, disse. Ele apresentou duas situações para justificar o pensamento.

Situação 1: Os pais programam abrir uma poupança para o(a) filho(a) na data de seu nascimento, já pensando na aposentadoria aos 60 anos de idade. Comprometem-se com depósitos mensais de R$ 100,00. Com o uso de uma calculadora financeira, pode-se calcular o valor futuro (VF) dos depósitos (PMT = 100) remunerados à taxa de juro anual de 6% ou mensal de 0,5% (i = 0,5%), considerando que os depósitos serão efetuados até a idade de 60 anos (t = 720 meses). O valor poupado e capitalizado (VF) será de R$ 708.955,39. Ou seja, o recém nascido terá, aos 60 anos de idade, uma poupança de R$ 708.955,39 com aplicação relativamente irrisória de R$ 100,00 por mês. O que foi necessário? Disciplina e uma pequena poupança mensal.

Situação 2: Não houve a preocupação de programar essa poupança do(a) filho(a) quando de seu nascimento. No entanto, aos 40 anos de idade o(a) filho(a) se conscientiza de que se não fizer um plano de poupança, poderá ter sérios apuros quando se aposentar aos 60 anos. A questão é saber quanto deverá poupar por mês para que aos 60 anos consiga ter a poupança de R$ 708.955,39 (VF), nas mesmas condições de investimento: taxa de juros de 6% a.a. (0,5% am), poupança de 20 anos (t = 240 meses), sendo já conhecido VF. Com a calculadora, estima-se o valor da poupança mensal: R$ 1.526,77. E verifica que a segunda situação exige uma poupança cerca de 15 vezes superior. Em suma, paga-se caro pela falta de previdência ou pelo desconhecimento de fundamentos elementares de educação financeira.

“Exemplos como os descritos são reais, porque as pessoas não estão atentas a essas questões, que são relevantes e fazem enorme diferença na terceira idade. Daí, a importância de se despertar na sociedade a consciência de começar a poupar o mais cedo possível. Quanto antes, melhor e mais barato”, observou o presidente da Apimec-MG.

Durante o evento, foram apresentados ainda alguns resultados relevantes do mercado de ações. “São alternativas já existentes, eficientes, com bom grau de segurança e, freqüentemente, desconhecidas do público”, sublinhou Souza.

Clube de Investimento: forma interessante de investir no mercado de ações, já que é constituído por pessoas com objetivos comuns de investimento. O número de clubes de investimento passou de 154, em 1996, com um patrimônio líquido de R$ 79,8 milhões, para 1.821, em 2007 (até maio), com um patrimônio líquido de R$ 11.137,2 milhões. Selecionando os 10 maiores clubes de investimento pelo patrimônio líquido, conforme publicado no site da Bovespa (www.bovespa.com.br), verifica-se que a rentabilidade média ponderada pelo PL, até junho/2007, foi de 37,37%.

Fundo Índice Brasil PIBB: fundo de ações representativo do mercado de ações, com grande aderência ao IBrX 50. Do mercado de fundos de ações, o PIBB pode ser considerado um marco, estando disponibilizado para qualquer investidor que queira investir, comprando cota do fundo. Desde seu lançamento, em agosto de 2004, o PIBB tem performado com grande aderência ao IBrX 50 que, no mesmo período, até junho de 2007, apresentou rentabilidade de 178,37 %, contra 179,73% do PIBB.

Fundo de Ações FGTS Petrobrás e CVRD: milhares de trabalhadores optaram por investir parte de seu Fundo de Garantia por Tempo de Serviço nos Fundos de Ações Petrobrás e CVRD, cujos resultados têm sido espetaculares. O Fundo de Ações FGTS Petrobrás, iniciado em 17/08/2000, rentabilizou, até junho/2007, 736,62%; no mesmo período, o Ibovespa rentabilizou 205,83%. Se o recurso tivesse ficado aplicado no FGTS, teria rentabilidade de 46,36%. O Fundo de Ações FGTS CVRD, iniciado em 07/04/2002, rentabilizou 925,94% até junho/2007. No mesmo período, o Ibovespa rentabilizou 307,81%. Se o recurso tivesse ficado aplicado no FGTS, teria rentabilizado 31,66%.

Para ver o artigo completo entre no site da Apimec-MG.

Pesquisa aponta que a Mundinvest é a melhor corretora de Minas e a sétima do país


A mineira Mundinvest foi classificada como uma das melhores corretoras de valores do Brasil, segundo estudo feito pelo jornal Gazeta Mercantil. Ficou em 7º lugar do ranking, com 747 pontos no total geral. À frente estão a ING CCT (802), HSBC CTVM (793), Morgan CTVM (790), Merrill Lynch CTVM (775), ABN Amro (759) e Hedging Griffo CV (756). A Mundinvest tem o maior volume financeiro negociado na Bovespa de todas as corretoras de Minas.

Análises semanal - 16/07/2007 a 20/07/2007

Prof. José Guilherme (Zaragoza)*

Ibovespa: Não há muito que comentar sobre o índice, segue dentro do canal de alta projetado (gráfico em anexo). Perda da tendência de alta somente com a perda do canal de alta, há uma pequena divergência de baixa no IFR que tende a levar a um teste da borda inferior do canal.

Telemar: Advertimos em relatório anterior que o papel encontrava-se muito distante da sua média móvel inviabilizando novas entradas, durante a semana a Telemar corrigiu respeitando com perfeição o suporte projetado. O papel fechou a semana respeitando o suporte, podendo gerar oportunidades de novas entradas, gráfico em anexo.

Vale: Semana marcada por um movimento lateral, aos investidores que ajustaram sua posição foram stopados segunda-feira com uma excelente rentabilidade. Papel não apresenta novas oportunidades de entrada no momento.

Petrobrás: Papel não realizou durante a semana uma correção mais acentuada tendo como objetivo a borda inferior do canal, movimento mais provável, seguindo forte dentro do canal de alta projetada de maneira exata. A Petrobras perde a força somente com a perda do canal de alta projetado, gráfico anexo.

Bradesco: O papel não corrigiu durante a semana seguindo forte, gráfico anexo, aumentando a rentabilidade da operação comentada. Fechamos a semana com um candle de indecisão, sendo prudente um ajuste de stop das posições.

O artigo completo, com gráficos e tabelas, está disponível no site www.cedrofinances.com.br.

*Prof. José Guilherme - Graduado em Administração de Empresa pela UNA, mestre em Gestão Internacional de Empresas pela Universidad de Zaragoza (Espanha), analista de renda variável e professor de graduação em universidades de BH.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Tragédia Financeira

Por causa do acidente no aeroporto de Congonhas, não só as ações da TAM caíram, como as da GOL também. E, segundo o mercado, essa baixa pode ser uma tendência. São três justificativas unânimes pelo o que pude observar. A primeira é elevação de custo, sobretudo com seguro. A segunda é redução das vendas, principalmente nas rotas que apresentam movimentações mais intensa. A terceira é piora da avaliação das companhias, o que afeta a captação de recursos e investimento. Resultado: redução da margem, redução do lucro, redução dos dividendos, etc...

quinta-feira, 19 de julho de 2007

A tragédia com o Airbus da TAM, no aeroporo de Congonhas, em São Paulo, decretou a falência da infra-estrutura brasileira

Não há alternativa para atender o crescimento da demanda por vôos no Brasil. Mesmo com as reformas, Congonhas opera bem acima da sua capacidade. Não há como transferir os vôos para os aeroportos de Campinas e Guarulhos porque eles também já estão no limite. Além do mais, o acesso deles à capital seria outro gargalo. Investimentos neste complexo levariam pelo menos três anos para ficar pronto, ou seja, não há saída no curto prazo.

Bom, então opta-se por viagens de carro. Contudo, as condições das rodovias são tão críticas quanto ou ainda piores. Ônibus? Idem. Segundo a Confederação Nacional dos Transportes (CNT), 75% das rodovias brasileiras possuem algum tipo de deficiência. Em Minas Gerais, estado com a maior malha rodoviária do país, esse índice sobe para 84%.

Pesquisa feita pela Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústria de Base (Abdib) apontou que para resolver os gargalos, somente para evitar problemas maiores, seriam necessários investimento anuais de R$ 87,7 bilhões por pelo menos 10 anos. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) prevê pouco mais de R$ 500 bilhões entre este ano e 2010. Contudo, a maior parte dos projetos não sai do papel. Vale destacar ainda que para aeroportos está previsto irrisórios R$ 3 bilhões.

Isso sem falar do risco de racionamento de energia na próxima década. O presidente da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), Roger Agnelli já disse que não pensa em investimentos a partir de 2010. É bem verdade que as licenças para as duas usinas do Rio Madeira saíram, mas elas só ficam prontas em 2012. Além disso, a geração adicional no sistema elétrico brasileiro não vai ser suficiente para atender as projeções de crescimento.

Aliás, as projeções de crescimento, em torno de 5% nos próximos anos, podem ficar seriamente comprometidas. A demanda internacional vai garantir? É bom lembrar que também não temos portos para exportar nossas riquezas.

O homem mais rico do mundo tem US$ 68 bilhões (Ufa!)

O mexicano Carlos Slim, controlador da operadora América Móvil, dona da Claro no Brasil, é o homem mais rico do mundo. Com fortuna pessoal estimada em US$ 68 bilhões, ele desbancou Bill Gates, que se mantinha na liderança no ranking de riqueza mundial há 13 anos. O patrimônio dele é de US$ 56 bilhões. A informação foi divulgada nesta semana pela revista Forbes.


Slim já havia sido alçado ao posto de número 2 na lista dos mais ricos do mundo em abril, pela Forbes. Filho de um imigrante libanês, o mexicano iniciou sua trajetória rumo aos bilhões em 1990, quando comprou a operadora de telefonia fixa Teléfonos de México (Telmex) durante processo de privatização. Em 2006, o empresário investiu 3,7 bilhões de dólares na compra das operações da Verizon na América Latina, o que fez com que as operações de sua companhia chegassem a Porto Rico e República Dominicana.

Prêmio Apimec 2006

APIMEC Nacional divulgou o resultado do "Prêmio APIMEC 2006”. Os vencedores são:

- Categoria “Profissional de Investimentos”: Christian Torsten Klemt

- Categoria “Profissional de RI”: Geraldo Soares

- Categoria “Companhia Aberta”: Usiminas

- Categoria “Veículo de Comunicação: Revista RI e Jornal Valor Econômico

- Categoria “Especial”: Marcelo Trindade


Câmbio mundial em um clique

O Banco Central criou o site “Moedas do Mundo”. Nele, você passa o mouse em cima do país, nos mapas disponibilizados, e o sistema mostra com quantos reais você compraria a moeda local, com a cotação do dia anterior à consulta.

http://www.bc.gov.br/htms/bcjovem/moedasmundo.htm

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Se você investir R$ 120 por mês, durante 30 anos, pode aposentar com cerca de R$ 660 mil

A professora Virgínia Izabel, da Fundação Dom Cabral (FDC), encaminhou ao Dinheiro Minas uma análise bastante interessante sobre investir em ações para a aposentadoria. Para ela, só valeria a pena se o perfil do investidor for mais para agressivo. “As ações no longo prazo trazem bons retornos, mas muitas vezes no curto prazo pode-se perder dinheiro (as ações caem de preço). O investidor precisa ter “sangue frio” o suficiente para esperar a maré virar”, disse.

Virgínia Izabel não recomenda este tipo de investimento para pessoas que não conhecem o mercado. “Se for o caso, é bom contratar alguma corretora para acompanhar o comportamento da carteira. Identificar o momento correto de vender ou comprar uma ação exige tempo e conhecimento técnico”, ponderou. No entanto, ela destacou que há investimentos mais “fáceis” de se fazer como, por exemplo, aplicar no Tesouro Direto ou no PIBB (Papéis Índice Brasil Bovespa). “Estes investimentos de longo prazo possuem baixo risco e um bom retorno”, sublinhou.

A professora da FDC chamou a atenção para três pilares que precisam ser avaliados quando se decide investir para a aposentadoria: a idade atual do investidor e a idade que ele pretende usufruir dos retornos recebidos, além do montante esperado de aposentadoria. “Quanto maior for o tempo entre o hoje e a aposentadoria menor será o montante necessário para aplicação”, sublinhou.

Simulação

A professora Virgínia supõe que a bolsa renda em média 15% ao ano, o que equivale a aproximadamente 1,17% ao mês. Ela determina ainda um investidor com 35 anos hoje e que deseja começar a receber a aposentadoria com 65 anos, o que daria trinta anos ou 360 meses de aplicação. E, que tal investidor deseja uma aposentadoria de R$ 8 mil por mês, supondo que a perspectiva média de vida deste perfil social seja de 90 anos.


sábado, 14 de julho de 2007

Análises semanal - 09/07/2007 a 13/07/2007

Prof. José Guilherme (Zaragoza)

Ibovespa: O índice realizou o movimento mais provável durante a semana, continuação da tendência de alta dentro do canal projetado, gráfico anexo. Ibovespa fechou a semana com um candle de indecisão, que pode levar a uma pequena correção, perda da tendência de alta somente com a perda do canal de alta.

Telemar: O papel realizou o movimento mais provável, uma pequena correção devido à realização de lucros, gráfico em anexo. A Telemar ainda se encontra distante da sua média móvel, inviabilizando novas entradas.

Vale: A Vale continuou subindo por toda a semana, aos investidores que compraram no teste do suporte estão com uma excelente rentabilidade, em torno dos 12,50% em duas semanas. Aconselho um ajuste do stop para abaixo do candle de fechamento da sexta-feira, que foi um candle de indecisão, pois o movimento mais provável é uma realização de lucros.

Petrobras: Papel realizou durante a semana uma pequena correção, movimento mais provável, mas segue forte dentro do canal de alta de maneira exata. Podemos observar no gráfico em anexo que sexta-feira a Petrobras testou a borda superior do canal de alta, tendendo a ter uma correção mais acentuada (principal objetivo borda inferior do canal), preços também se encontram muito distante da sua média móvel inviabilizando novas posições. A tendência diária de Petrobras continua de alta, perdendo a força somente com a perda do canal de alta projetado.

Bradesco: O papel ofereceu uma boa oportunidade de entrada, advertimos na semana anterior que o papel estava respeitando a resistência, tivemos um rompimento muito fraco e o teste da mesma linha como suporte. Observe com atenção o gráfico em anexo os vários sinais de entradas no papel:

1 - quinta-feira a média móvel virou para cima (linha azul),

2 - os preços estavam próximos à média, viabilizando novas entradas (papel não esticado);

3 - o papel veio do teste de um suporte.

Fechamos a semana testando o nosso alvo projetado de maneira precisa, gerando uma boa rentabilidade na operação, o movimento mais provável e uma correção devido a uma realização de lucros.

Neste relatório gostaria de enfatizar a importância do controle devido a oportunidades perdidas

Muitas vezes perdemos excelentes oportunidades de entrada, para depois vermos o papel subir. Situações como estas causa nos investidores mais ansiosos uma grande sensação de frustração, fazendo com que muitos deles entrem na operação de qualquer maneira, pois não podem suportar a perda da oportunidade.

A esses tipos de investidores, gostaria tecer os seguintes comentários:

1 - Novas oportunidades surgirão sempre nos mercados;

2 - Estamos operando para ganhar dinheiro, e ganhar dinheiro não significa operar sempre, mas sim operar com segurança;

3 - Geralmente quando corremos atrás de uma operação em andamento, somos os investidores que compram mais caro, para que outros investidores realizem os lucros.


O artigo completo, com gráficos e tabelas, está disponível no site www.cedrofinances.com.br.

*Prof. José Guilherme - Graduado em Administração de Empresa pela UNA, mestre em Gestão Internacional de Empresas pela Universidad de Zaragoza (Espanha), analista de renda variável e professor de graduação em universidades de BH.

Empresas mineiras escondem carta na manga

O aquecimento da economia brasileira está não só impulsionando novos negócios, como exigindo que as empresas façam investimentos para expandir suas produções. A maior parte das empresas, talvez por desconfiar na sustentação desse crescimento econômico, está escondendo jogo. Aqui em Minas Gerais temos alguns exemplos.

Acredito que melhor seja o da Fiat Automóveis, instalada em Betim. A montadora anunciou na última semana que produziu 334 mil veículos no primeiro semestre deste ano. Notoriamente, o segundo semestre é mais aquecido, ou seja, fechará 2007 com uma produção de pelo menos 670 mil carros. Dessa forma, ela bate de longe o recorde de 1997 (619 mil unidades) e chega bem próximo no limite da capacidade instalada, que é de 700 mil unidades.

O presidente da Fiat no Brasil e América Latina, Cledorvino Belini, vem ressaltando que só vai pensar em expansão quando as três unidades da região – Betim, Sete Lagoas (MG) e Córdoba (Argentina) forem saturadas. Antes da divulgação do resultado do semestre, ele havia dito que juntas, as plantas produzem hoje 700 mil veículos e que podem atingir 1 milhão.

Por outro lado, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) prevê que as vendas internas vão aumentar 22% em 2007 contra 2006 e acredita que a curva de crescimento continuará ascendente nos próximos anos. Levando em consideração, que uma fábrica de automóveis leva cerca de três anos para ser erguida, tudo indica que este realmente é o momento para se anunciar novos investimentos.

O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas, Márcio Lacerda, disse que há conversas, mas nenhuma negociação oficial. Revelou porém que o governo estadual pode apoiar a expansão da Fiat por meio do BDMG, regimes tributários especiais e com melhorias de infra-estrutura na região. Já o prefeito de Betim, Carlaile Pedrosa, já ofereceu um terreno, que faz limite com a fábrica, de quase 2 milhões de metros quadrados.

Se Belini não estava pensando em expansão, ou avaliando a possibilidade de investimento em outras cidades, agora tem muito a avaliar. A montadora mineira conta com o “cinturão de fornecedores”, fundamental para o processo Just In Time, além de mão-de-obra qualificada. No Estado também está instalada a Usiminas, fornecedora de um dos principais insumos para a construção de um veículo, o aço. Além disso, a Argentina apresenta hoje agravantes como o racionamento de energia e combustíveis. Até a Cemig está vendendo energia para a Argentina.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Ricardo Eletro expande negócios e vai à Bovespa

A Ricardo Eletro vai comprar a Lojas Mig (o valor não foi divulgado) e, depois disso, quer abrir capital. Uma tarefa nada fácil para a rede mineira. Tudo bem que ela queira captar recursos no mercado, mas tem que lembrar que transparência é um dos principais itens para atrair investidores. Além disso, apesar de parecer que o crescimento do setor é sustentado – por causa da queda dos juros e da inflação, oferta de crédito, aumento do emprego e do poder aquisitivo -, pesquisas revelam que a população está se endividando e que isso pode reduzir o consumo de bens duráveis. Vale colocar na balança ainda que há ações de setores, ou melhor, de empresas mais estruturadas e com potencial de se valorizar muito mais. Quem deixaria de investir na Petrobrás, Vale e Usiminas para investir na Ricardo Eletro? Acredito que somente aqueles investidores que querem diversificar a carteira.

Contudo, é preciso olhar o outro lado. O lançamento de ações também é uma tendência no setor varejista de eletrodomésticos e os bons não podem ficar de fora. O Ponto Frio, segunda maior empresa do setor, foi a primeira a negociar papéis na Bovespa. O Magazine Luiza, o terceiro do ranking, também já estuda a abertura do capital. É muito bom que a Ricardo Eletro, hoje com a gestão concentrada nas mãos de Ricardo Nunes (que abriu a sua primeira loja no Triângulo Mineiro e agora se vê diante de uma rede nacional), faça parte deste processo. Abrir capital significa um avanço muito grande para qualquer empresa. Ganha a economia mineira, ganham os consumidores – afinal de contas os baixos preços praticados pela Ricardo Eletro derrubam o preço de todos os concorrentes -, ganha o mercado de capitais, ganha o país.

Com a aquisição da Lojas Mig, a Ricardo Eletro fecha 2007 com 240 lojas em Minas, Espírito Santo, Bahia e Sergipe, onde já atuava, e agora em Goiás, Distrito Federal e São Paulo. O faturamento, estimado em R$ 1,3 bilhão antes da aquisição, pode subir para R$ 1,7 bilhão, o que a coloca entre as quatro maiores do país. Em coletiva à imprensa, Ricardo Nunes disse que o crescimento de 50% ao ano desde 2004 e os novos negócios foram os grandes responsáveis pelo “assédio” de dois fundos nacionais e um estrangeiro, que podem levar a rede mineira à Bovespa.

ABEMG e ANDIMA promovem três cursos em agosto, em BH

A ABEMG (Associação de Bancos do Estado de Minas Gerais) e a ANDIMA (Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro) vão realizar o curso "Avaliação de Empresas Valuation", nos dias 24 e 25 de agosto, na rua Josafá Belo, nº 100, Cidade Jardim, Belo Horizonte. O Instrutor é Aloísio Villeth Lemos. O curso custa R$ 430 para o associado e R$ 530 para o não-associado. As inscrições se encerram no dia 17 do mês que vem.


O objetivo é apresentar os principais modelos utilizados para avaliação de empresas, destacando aquele obtido através do valor presente dos fluxos de caixa de longo prazo. O público-alvo são os profissionais do mercado financeiro em geral, operadores, trainees, estudantes universitários e demais interessados no tema. O pré-requisito é conhecimentos básicos de contabilidade e matemática financeira.


A ABEMG e a ANDIMA também oferecem o curso “Introdução ao Mercado de Renda Fixa”. Ele será realizado nos dias 14 e 15 de agosto, no mesmo endereço. O objetivo é apresentar aos participantes as características, principais produtos e operações no mercado de renda fixa. O expositor é Eduardo Vieira dos Santos Paiva. O valor é de R$ 496 para associado e R$ 620 para não associado.


Outro curso é o “Como Operar no Mercado de Capitais”. Será nos dias 20 e 21 de agosto. No mesmo local dos anteriores. O objetivo é apresentar de forma prática, com dinâ­micas, o mercado de capitais brasileiro, suas características e tendências. A instrutora é Myriam Lund. O valor é de R$ 504 para os associados e R$ 630 para os não associados.


Mais informações pelo e-mail eventos@abemg.org.br ou pelo telefone 3271-9600.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Período de reserva de debêntures do BNDESPar acaba dia 23

Começou no último dia 3 e vai até o dia 23 de julho o período de reserva de debêntures do BNDESPar, braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Essa deverá ser a maior oferta de debêntures já realizada no Brasil para investidores de varejo. Pode-se aplicar a partir de R$ 1 mil, por meio de bancos e corretoras.


As debêntures são papéis de renda fixa de longo prazo emitidos por empresas, com a finalidade de captar recursos e financiar os projetos de investimento ou de alongar as dívidas da companhia. Ao final do período estipulado, o investidor recebe o valor investido mais a taxa de remuneração prometida.


Contudo, se você for comparar bem, o governo paga uma taxa de juros melhor nos seus papéis do que nos do BNDESPar. A diferença, segundo analistas, chega a 6% ao ano, sendo que ambas são garantidas. Mesmo assim não deixa de ser uma boa oportunidade para as pessoas físicas que aplicam em renda fixa.


Desta vez, o investidor poderá escolher entre papéis com remuneração de juros prefixados, a serem definidos de acordo com a procura, e debêntures com remuneração atrelada à inflação (IPCA) mais uma taxa. O vencimento para a série prefixada será em janeiro de 2011 e o da série com atualização pelo IPCA em agosto de 2013.


Entre diferentes avaliações que acompanhei, destaco dois pontos de vistas apresentados pela Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro (Andima): quem compra a série com juros prefixados está apostando que as taxas de juros da economia (selic) no futuro serão inferiores às atuais. Já no caso da série atrelada ao IPCA, o investidor estará apostando que os juros a serem pagos adicionalmente serão compatíveis com trajetória da inflação. Se ele acreditar que a inflação vai cair, o juro tem que ser mais alto. Se a aposta for de aumento da inflação, a taxa pode ser mais baixa.


Para mais informações, oficiais, clique aqui.

Rinaldo Campos Soares paga R$ 1 milhão à Usiminas

Isso mesmo! O presidente da Usiminas, Rinaldo Campos Soares, vai pagar R$ 1 milhão à própria companhia por ter realizado pagamentos à SMP&B, do Marcos Valério, sem a “devida comprovação de prestação dos serviços”, conforme avaliou a Comissão de Valores Mobilirários (CVM). Lado positivo: o trabalho da CVM vem apresentando bons resultados. Lado negativo: ainda falta transparência na Usiminas.

domingo, 8 de julho de 2007

Novo lote de ações da Copasa na Bovespa

A Copasa, que abriu capital em fevereiro de 2006, pode ter novas ações para serem negociadas na Bovespa. A Prefeitura de Belo Horizonte quer vender a sua participação de 9,7% no bloco de controle da companhia. Os papéis estão avaliados em R$ 328,4 milhões. Caso o governo de Minas, o controlador da empresa com 59,8% de participação, não exerça a preferência pela compra das ações da prefeitura, aí sim as ações serão negociadas na bolsa.

A Câmara de Belo Horizonte aprovou a venda das ações pela prefeitura em segundo turno e votação simbólica no último sábado. A prefeitura ainda não confirmou a operação na Bovespa, mas o texto encaminhado aos vereadores já prevê até mesmo a destinação dos recursos que serão obtidos com a captação: recapeamento de vias públicas da capital (15%), Fundo Municipal de Saneamento (40%), Fundo Municipal de Habitação (15%), obras do Orçamento Participativo (20%) e pagamento de desapropriações na Avenida Antônio Carlos (10%).

Os vereadores especulam a intenção de privatização da Copasa, já que o controle da iniciativa privada subirá para 40,2%. Eu, particularmente, não acredito na desestatização, mas sim na consolidação de mais uma estatal mineira na Bovespa.

Não temos certeza ainda de como se dará a operação, mas de cara já podemos falar que o aumento do número de ações reflete em liquidez e, conseqüentemente, na valorização dos papéis. Quando lançadas, em fevereiro de 2006, as ações giravam em torno de R$ 23,5. Um ano e cinco meses depois, circulam por volta de R$ 29,5, o que já representa uma valorização de cerca de 25%.

Até que se efetivamente lancem esse novo lote de ações, independente de ser o Estado ou a Prefeitura, pode inclusive ser interessante a compra de papéis. Mesmo porque a Copasa vem apresentando desempenho financeiro positivo e possui um ambicioso plano de investimentos. Além dos R$ 3 bilhões a serem realizados entre 2007 e 2010, na semana passada a União anunciou que vai liberar R$ 681,6 milhões do PAC para a companhia, que por sua vez dará uma contrapartida de R$ 103,4 milhões.

Quanto às finanças, o lucro líquido da companhia no primeiro trimestre deste ano foi de R$ 85 milhões, 9,9% a mais que no mesmo período de 2006 e 51,9% superior ao período anterior. O Ebtida foi de R$ 174 milhões, o que representou um aumento de 10,2% e 17,5%, respectivamente.

Resta aguardar os próximos passos e conferir como o mercado receberá a notícia.

Desempenho das ações na Copasa no último ano
www.copasa.com.br/ri

Análises semanal - 02/07/2007 a 06/07/2007

Prof. José Guilherme (Zaragoza)*

Ibovespa:
O índice finalmente rompeu a resistência projetada em torno dos 55.000 pontos. Está atualmente em uma clara tendência de alta, aos que compraram índice no rompimento da resistência não se esqueça dos stops.Podemos observar no gráfico abaixo que o movimento mais provável é a continuação da tendência.

Telemar: A semana foi marcada por uma forte alta no papel, rompendo nossa resistência projetada. Aos que aproveitaram o forte movimento de alta é aconselhável um ajuste do stop, pois os preços já se encontram muito distante da sua média móvel, que normalmente causa uma correção devido à realização de lucros dos traders de curto prazo.

Vale: A Vale realizou o movimento mais provável, comentado em relatório anterior. O papel respeitou o suporte e atingiu o nosso alvo quarta-feira de maneira exata, no final da semana ocorreu o rompimento da nossa resistência projetada mostrando a força do movimento. Aos que realizaram o movimento sugerido em relatório anterior realizar um ajuste do stop, sendo a resistência rompida um bom ponto de ajuste, que nos garante um ganho mínimo de 5 % na operação.

Petrobrás: Papel realizou durante a semana o rompimento da resistência projetada em torno dos R$ 52,15, conforme gráfico em anexo, podemos observar que o rompimento foi marcado por um baixo volume e o preço se encontrava distante da sua média móvel (entrada mais arriscada). Aos que realizaram tal operação, ajuste seu stops, pois o movimento mais provável é uma realização de lucros.

Bradesco: Não a muito que comentar do papel, respeitou a nossa resistência projetada durante toda a semana, não gerando oportunidade de novos posicionamentos, esperar um movimento mais visível para realizar novos posicionamentos.

O artigo completo, com gráficos e tabelas, está disponível no site www.cedrofinances.com.br.

*Prof. José Guilherme - Graduado em Administração de Empresa pela UNA, mestre em Gestão Internacional de Empresas pela Universidad de Zaragoza (Espanha), analista de renda variável e professor de graduação em universidades de BH.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Investindo em ações, pensando na aposentadoria...

Vale a pena investir em ações para a aposentadoria, como uma forma de previdência privada? Quais as vantagens e os riscos? Qual a idade limite para se obter um bom retorno? Qual o mínimo de investimento mensal? Tenho que fazer aplicação inicial muito alta?

Sergio Portella (Sita): Não existe idade mínima nem valor mínimo inicial para poupar visando aposentadoria.Obviamente o objetivo proposto será, com certeza , melhor alcançado se esta poupança se der o mais cedo possível ( Ex: quando iniciar as atividades profissionais ).Como o investimentos em ações se torna mais seguro e rentável se aplicado no longo prazo, esta modalidade é uma forma recomendada de Previdência Privada.

João Lanza (Mundinvest): Sim, vale muito a pena investir focando a aposentadoria. Basta analisar o passado e este passado foi repleto de planos econômicos, mudança de moeda, ataques especulativos, dentre outros contratempos e mesmo assim, quem aplicou a longo prazo, com ou sem aportes mensais obteve rentabilidade superior a qualquer outra aplicação. Não existe idade para se iniciar um investimento em ações e nem necessidade de aporte inicial elevado. A quantia a ser investida na bolsa, deve ser aquela que não traz desconforto, nem ansiedade e necessariamente deve ser uma quantia que não será utilizada no curto prazo.

Luiz de Paula e Marco Starling (Ágora): O “sonho’ de todas as corretoras é ter alguns milhares de Investidores com este perfil de POUPADORES DE LONGO PRAZO com algum Investimento inicial e capacidade para fazer aportes mensais oriundos de um orçamento pessoal superavitário, nos mesmos moldes de uma previdência complementar. A grande vantagem é a possibilidade de se ter o retorno esperado em prazo muito inferior ao previsto. As estatísticas comprovam que nos últimos 30 anos, o “carregamento de papéis” bateu todos os demais concorrentes no quesito rentabilidade, inclusive os planos de previdência privada. Como um produto de renda variável, as ações se inserem em ciclos positivos ou negativos de valorização. Entretanto, para o que se apresenta no momento, as perspectivas no Brasil são muito favoráveis para os próximos 10 anos. Como potência emergente, privilegiado em clima e vastos recursos naturais, inflação e contas sob controle, as projeções indicam alguns anos de forte bonança. O importante é lembrar sempre de não colocar “os ovos na mesma cesta” e não utilizar recursos comprometidos com outros planos de curto prazo, além da escolha correta de ações com bons fundamentos técnicos e que militem em setores competitivos e em crescimento.

Alberto Mendes (Geraldo Correa): Sem dúvida alguma vale a pena investir em ações como uma forma de previdência privada, inclusive vários jovens já o estão fazendo. È necessário ter disciplina, perseverança e boa planificação para se mitigar os riscos e maximizar as vantagens. A idade limite para se obter bom retorno é a partir de quando a pessoa passa a não conseguir poupar, ou seja, começa a gastar mais do que ganha e inicia a queimar as gorduras acumuladas nos anos anteriores, provavelmente em idade mais avançada. Não há um mínimo de investimento mensal definido, só que quanto menor a poupança mensal maior o tempo para se atingir o objetivo. Não é necessária uma aplicação inicial muito alta, pois geralmente o jovem não possui um superávit mensal muito grande, só o conseguindo mais tarde através de melhorias e promoções em sua carreira profissional.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Você tem mais dinheiro do que imagina!

Muita gente tem me dito que não consegue juntar dinheiro para poder investi-lo. Não que ganhem pouco, mas porque não sabem gastar. Se você perguntar com que essas pessoas gastaram o salário do mês, a maioria não sabe responder como. Por isso, é fundamental, em primeiro lugar, somar todas as dívidas: cartão de crédito, cheque pré-datado e outras. Depois, montar um orçamento com todos os gastos, ou melhor, contas a pagar no mês. A partir daí, defina um valor “extra”. Ele será o quanto você poderá comprar durante este mês. Se passou do limite, seja forte e deixe para o seguinte. Isso, pelo menos comigo, funciona muito. E, por fim, determine um percentual para aplicações, seja em poupança, previdência privada, fundos, clubes de investimento, ações, etc. Em pouco tempo você vai ver que tem mais dinheiro do que imagina.

Pode parecer difícil, mas com disciplina, só um pouquinho de disciplina, tudo é muito simples. E, no meio disso tudo, muito jogo de cintura. Por exemplo: evite cheque pré-datado e coloque um limite para os gastos com cartão de crédito. De repente, use um cartão que seja parceiro de companhias aéreas para você acumular milhas e chegar nas férias já com as passagens de avião nas mãos. O ideal mesmo seria comprar tudo à vista. Tente comprar somente aquilo que você tem dinheiro. Você pode conseguir descontos fantásticos. Outra dica, aproveite as liquidações. No entanto, não compre o que você não precisa só porque está barato. Isso é uma verdadeira tentação!

Contudo, não economize de mais a ponto de se tornar pão-duro ou até mesmo mesquinho. São características horríveis, na minha opinião. E, afinal de contas, como sempre diz minha mãe: “Mais vale um gosto que um vintém”.

Ah! Se você tem dúvidas sobre como e onde investir existem alguns cursos gratuitos onde é possível tirar algumas dúvidas, como esse que postei da corretora Gradual. A APIMEC-MG (Associação dos Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais em Minas Gerais) também oferece muita coisa interessante. Além de vários sites (confira a coluna à direita do blog), há ainda muitos livros interessantes. Mas, não acredite (pelo menos desconfie) em nenhuma fórmula mágica e em nenhuma promessa milagrosa.

NET possui atendimento 0800

Repassando o email do Sérfio Portella....

“Pedro (o cidadão lesado)

Sou assinante da NET, com serviços de TV, internet (Virtua) e telefone (Embratel). Como volta e meia tenho que telefonar para eles para reclamar de interrupções e outros problemas, acabei percebendo que pago por cada uma dessas ligações (pelo telefone 4004-7777). Consultei, então, o contrato de prestação de serviços, disponível no site da NET (www.net.tv.br), e verifiquei que por resolução da ANATEL, constante do contrato na cláusula 38, a NET teria que disponibilizar um acesso telefônico gratuito 24h x 7d.

É mesmo um absurdo completo ter que pagar para reclamar de uma falha na prestação de serviço.Fiz uma reclamação direto na Ouvidoria da NET e não consegui mais que um "vamos encaminhar sua sugestão...".

Aí, registrei uma reclamação formal na ANATEL. Uma semana depois, recebi uma ligação da NET em que atenciosamente me foi "revelado" que há um telefone 0800 para o serviço Virtua e outro para o NETfone. Ambos não divulgados nem no site da empresa, nem em suas faturas.

Portanto, e foi o que declarei à gentil voz que me atendia, só eu, por ter exercido o direito de reclamação e esperneado minha cidadania, saberia do número. Pedi a ela que passasse aos departamentos responsáveis a demanda de publicação e difusão ampla dos telefones obrigatórios.

Os telefones são 0800-721-0029(NetFone) e 0800-7010358 (Virtua)”

Eu liguei para os dois telefones e realmente é o atendimento da NET TV e NET Virtua.

Cursos...

A corretora Gradual, de Belo Horizonte, vai oferecer quatro cursos neste mês. O “Alternativas de Investimentos como o Mini e o POP” vai acontecer dia 5 de julho e é gratuito. O “Desvendando a Análise Técnica” será nos dias 10,11 e 12 de julho e custa R$ 250. O de “Análise Fundamentalista x Análise Técnica” será realizado no dia 13 de julho e é de graça. E o “Entenda a Análise Fundamentalista” ocorrerá nos dias 24 e 25 de julho e custa R$ 250. O telefone da Gradual é o 2128-0100.

terça-feira, 3 de julho de 2007

Pitágoras deve abrir capital

Saiu na imprensa...

O grupo mineiro Pitágoras vai se tornar a segunda instituição de ensino do país a abrir capital na bolsa de valores. A Kroton Educacional, empresa que administra o grupo, publicou um aviso ao mercado sobre o processo na última segunda-feira. O ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, é um dos donos do conglomerado que começou com um cursinho pré-vestibular nos anos 60 e hoje tem mais de 190 mil alunos no Brasil e no Japão, em escolas e faculdades. A operação vai permitir a compra de ações por investidores estrangeiros.

Em março, a Anhangüera Educacional, grupo do interior de São Paulo, foi a primeira a colocar suas ações na bolsa de valores. A captação foi de R$ 360 milhões, considerada um sucesso. O dinheiro já foi usado para a compra de uma faculdade em Anápolis. Mais de 75% do capital aberto ficou nas mãos de investidores estrangeiros.

Os envolvidos na operação não podem se pronunciar porque passam pelo período de silêncio do processo, exigido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O prospecto disponível no site da Kroton, no entanto, mostra que mais de 50% do capital poderá ser vendido. Dessa maneira, não haverá sócio majoritário e os acionistas poderão interferir igualmente na organização e decisões da empresa.

O prospecto informa que o dinheiro captado será usado para abertura e implantação de novas unidades, aquisição de instituições de ensino superior, manutenção das unidades existentes e quitação de dívidas. O volume de recursos que pode ser captado é de R$ 300 milhões a R$ 400 milhões.

O Pitágoras engrossa o coro das empresas mineiras que querem abrir capital. Entre elas estão a a ferrovia MRS Logística, a distribuidora de combustíveis Ale Sat e a construtora MRV.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Novos sites podem estimular investimentos

O crescimento do número de investidores individuais, vem forçando a criação de novas ferramentas pelos principais bancos e corretoras. A internet tornou-se um dos maiores, senão o maior, aliado do investidor. De uns dias para cá, entrei em vários portais de bancos de grandes bandeiras. Fiquei decepcionada. Todos detalham didaticamente todas as possibilidades de investimentos. Ótimo! Mas, a maior parte não indica, por exemplo, taxas e rendimentos, informações que mais interessam.

De olho neste filão, o HSBC investiu pesado - cerca de R$ 10 milhões - para atingir um objetivo: ser líder no segmento de negociação de ações via internet (home broker). O banco de varejo colocou no ar neste fim de semana o HSBC investimentos - pena que muitas áreas são restritas aos correntistas - que oferece, além do home broker, aplicação em fundos e em títulos federais via Tesouro Direto. Também disponibiliza chats e análises.

O Banco do Brasil também inaugurou recentemente seu novo site. Não achei que melhorou muita coisa, não. As informações sobre fundos de investimentos e ações são realmente muito boas. Dá até para simular operações via home broker. Tirando o mercado de ações, o detalhamento sobre outros investimentos, como previdência privada e CDB, são falhos.

O mais importante disso tudo é que temos visto a concentração de esforços dos bancos para atender os investidores. Dessa forma, cada vez mais, teremos ferramentas mais precisas que nos ajudarão a investir da nossa própria casa. E mais, será possível comparar e selecionar taxas, rendimentos, etc. É claro que temos que desconfiar de qualquer oferta milagrosa, que vai te deixar rico em pouco tempo ou quando você se aposentar. Desconfiança a parte, acredito o estamos no caminho certo.