domingo, 28 de outubro de 2007

Poupança: de patinho feio a cisne

A popança está deixando de ser rejeitada por investidores. Entre os motivos estão a queda da taxa de juros, a isenção de imposto de renda sobre o ganho e o suporte do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para depósitos até R$ 60 mil.

De acordo com a Caixa Econômica Federal (CEF), em setembro, a procura pela caderneta chegou a R$ 4,2 bilhões, valor inferior somente aos meses de dezembro, quando o 13º salário é injetado na economia. No ano, a captação supera R$ 19 bilhões e, em setembro, o saldo em caderneta chegou ao topo recorde de R$ 218 bilhões.

A CEF também apurou que o crescimento da caderneta foi puxado pelos aplicadores de grande porte. De 2003 a abril deste ano, o número de aplicadores com saldo entre R$ 10 mil e R$ 15 mil subiu 2,11%; entre R$ 50 e R$ 100 mil cresceu 13,35%; e de R$ 100 mil a R$ 200 mil avançou 16,63%.

A mudança de patinho feio para cisne tem explicação. Em 2006, a tradicional aplicação apresentou rendimento de 8,33%, equivalente a 55% da variação de 15,04% do Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI) - índice de referência das aplicações em renda fixa. Ao longo deste ano, porém, a caderneta rende 65% do CDI. Até setembro, ela apresentou alta de 5,85% e o CDI subiu 8,96%. Isso quer dizer que a caderneta - corrigida pela Taxa Referencial (TR) mais 0,5% ao mês - já rende mais do que muitos fundos de renda fixa e DI com taxa de administração alta, acima de 2%, 3% ao ano, principalmente em prazos mais curtos, quando o imposto de renda chega a abocanhar 22,5% de seu investimento.

Bom destacar que a caderneta de poupança só é aconselhada pelos investidores como forma de diversificação da carteira de investimentos. E, mesmo assim, normalmente para aqueles que possuem perfil conservador.

Vale ressaltar também que a captação total da caderneta ainda está aquém das aplicações em CDBs e fundos de investimento, que receberam, respectivamente, R$ 28,0 bilhões e R$ 53,4 bilhões no ano, até setembro.

Testes...

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26/10/07: Dia histórico na Bovespa!

Saiu no Estado de São Paulo:

Na mais concorrida abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) da história do País, as ações da Bovespa Holding, controladora da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), estrearam com valorização de 52,13% e puxaram uma série de recordes. O Índice Bovespa, que subiu 3,1%, atingiu nova pontuação máxima, 64.275 pontos, e o volume negociado foi o maior num único pregão: R$ 10,1 bilhões, sendo R$ 5 bilhões apenas com os papéis da Bolsa.


Já nos primeiros minutos de negociação, as ordens de compras se sucediam em ritmo frenético, numa velocidade tão grande que o telão da bolsa parecia tremer. "Os volumes distribuídos foram pequenos e o jeito foi entrar comprando", disse o diretor de um banco. A ação, que iniciou o dia valendo R$ 23, fechou cotada por R$ 34,99.

O sucesso da Bovespa Holding contagiou outros mercados. O dólar comercial encerrou a sexta-feira em queda de 1,39%, cotado por R$ 1,769, menor valor desde abril de 2000. Como investidores estrangeiros responderam por cerca de 80% das compras no IPO, a expectativa é de que o dinheiro que trarão ao Brasil para fazer o pagamento das ações derrubará ainda mais a moeda americana. O risco Brasil caiu 3,3%, para 174 pontos.

A forte valorização das ações no primeiro pregão confirmou a demanda expressiva pelos papéis, disse o estrategista-chefe do BNP Paribas no Brasil, Alexandre Lintz. "Não apenas de estrangeiros, mas também de investidores locais", salientou. Para Lintz, o resultado dessa operação reflete uma dinâmica muito positiva - que contempla também a queda do dólar -, fruto de uma liquidez internacional favorável e preços de commodities em alta.

Desde quinta-feira, as corretoras acumulavam pedidos de compra para o papel na abertura dos negócios. O volume negociado com ações da Bovespa já equivale a 48,8% do valor levantado na oferta pública de ações, R$ 6,6 bilhões. O IPO da Redecard, que até então era o maior do País, negociou o equivalente a 41% do valor da oferta inicial, de R$ 4,072 bilhões.

O sucesso das ações da Bovespa Holding no primeiro pregão foi tamanho que, segundo alguns cálculos de mercado, a Bolsa brasileira já é a quinta maior do mundo pelo critério de capitalização de mercado (que multiplica o valor das ações pela quantidade de papéis negociados). Por essa estimativa, a Bovespa valeria cerca de US$ 14 bilhões. Ficaria atrás apenas das Bolsas de Chicago, Hong Kong, Frankfurt e Nova York.

Entretanto, já há analistas que contestam tanto otimismo. Um especialista que pediu anonimato disse que a relação entre valor de mercado e lucro projetado para 2008 da Bovespa pulou para 42 após a alta de ontem. A média mundial é de 22. "Ficamos apenas um pouco abaixo da China. Ou seja, as ações da Bovespa ficaram caras", disse. Segundo ele, essa relação é de 48 na Bolsa de Hong Kong.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

VGBL ou PGBL? Eis a questão...

Com as incertezas sobre o futuro da previdência social brasileira é bom pensar, o quanto antes, em um tipo de aplicação que possa garantir recursos para serem desfrutados na aposentadoria. Mesmo porque este é um período no qual a renda diminui e os gastos aumentam, sobretudo com plano de saúde e, claro, com algumas mordomias para quem dedicou a maior parte de sua vida ao trabalho.

Existem vários tipos de investimentos: ações, fundos, renda fixa, títulos do governo, previdência privada e até mesmo poupança. Nem cito aqui os títulos de capitalização, que são a maior roubada. A escolha por um produto financeiro depende do perfil do investidor. Para quem optou por previdência privada, seguem algumas questões sobre os dois planos existentes hoje, o VGBL e o PGBL, que devem ser levadas em consideração.

O PGBL, ou Plano Gerador de Benefícios Livres, oferece planos específicos para cada tipo de investidor. A carteira de investimentos varia desde 100% de renda fixa, até 49% com renda variável, para quem deseja um investimento de maior risco. A grande vantagem dos PGBLs é a flexibilidade, já que o investidor pode transferir seu dinheiro para outro plano ou, até mesmo, outra instituição. Não se exige depósitos periódicos, eles podem ser feitos à medida em que haja recursos disponíveis.

O VGBL, ou Vida Gerador de Benefícios Livres, é mais indicado para autônomos e profissionais liberais, e também oferece possibilidades de acordo com o perfil do investidor. Em ambos os casos não existem garantias de remuneração mínima. A principal diferença entre os dois tipos de planos está na forma como o imposto de renda é cobrado.

O PGBL é adequado para quem faz a declaração completa do Imposto de Renda (IR), já que suas contribuições podem ser deduzidas até o limite de 12% da sua renda bruta anual. Contudo, a alíquota progressiva do imposto incide sobre o total resgatado.

O VGBL se aplica melhor para quem faz a declaração simplificada do IR. As contribuições a estes planos não são descontadas da base de cálculo do IRPF, mas, no momento do resgate, alíquota progressiva incidirá somente sobre os rendimentos.

Independentemente do tipo de plano de previdência privada a ser escolhido o investidor deve ter em mente que se trata de um investimento de longo prazo. Pode ser utilizado não só para aposentadoria como para custear a faculdade dos filhos e garantir a compra de um bem. O que tem que ficar claro - quero reforçar - é que é um investimento de longo prazo. Se você corre o risco de ter que resgatar o dinheiro no curto prazo é melhor nem aplicar, porque as alíquotas do Imposto de Renda Retido na Fonte podem chegar a 22,5%, ou seja, se a rentabilidade do plano for baixa você pode perder quase ¼ do valor aplicado.

Depois de decidido pelo VGBL ou PGBL ainda é preciso ter muita atenção em relação às taxas cobradas pela instituição onde será feita a aplicação, pois elas podem prejudicar o rendimento da carteira. As taxas de carregamento sobre as contribuições mensais e aportes podem chegar a 5%, assim como a taxa de administração. Eu particularmente acho que é tão absurdo quanto a alta carga tributária imposta pelo governo.

Aproveitei que fui ao Banco do Brasil nesta semana para esclarecer esses itens. Lá a taxa de carregamento é de 5% para um fundo de até R$ 12 mil. Entre este valor e R$ 30 mil cai para 3,5%. Depois disso até R$ 50 mil é de 2%. E a partir de R$ 50 mil, 1,5%. Já a taxa de administração é de 2%.

Vamos fazer uma simulação... Uma pessoa tem 25 anos e uma reserva de R$ 4 mil. Deposita R$ 100 ao mês. Então, em 2032, quando tiver 50 anos, teria cerca de R$ 250 mil para resgatar, sem levar em consideração os 15% do IRRF, sobre os rendimentos e não sobre o montante acumulado. Isso, baseado em rendimentos conservadores.

Na minha opinião não é um investimento bom, mas não muito, em termos de rentabilidade. A grande vantagem é que é um recurso debitado automaticamente da conta bancária e a retirada mensal pode passar despercebida. Chegar aos 50 anos com R$ 250 mil, sem doer nada, seria muito útil.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), a holding, abre capital nesta semana

Nesta terça-feira (23) termina o prazo para o investidor fazer a reserva de compra das ações ordinárias da distribuição secundária. Todo o processo será encerrado, conforme o cronograma, até o dia 30 de novembro. Analistas estão otimistas quanto à operação e consideram os papéis um bom negócio. A principal razão é a perspectiva positiva para a economia brasileira e o conseqüente avanço do mercado de capitais.

"O mercado de capitais vem mostrando um crescimento agressivo e ascendente. Como o lucro é baseado principalmente em emolumentos (taxas pagas na compra e venda de ações), a tendência também é de valorização das ações", afirmou o especialista em mercado de capitais e professor da PUC Minas, Antônio Carlos Bertucci. Ele destacou que o papel é indicado, sobretudo, para a diversificação de carteiras de investimentos.

Os dados da Bovespa confirmam o crescimento do mercado. Neste ano até o dia 18 de outubro, a bolsa registrou 28,260 milhões de negócios, alta de 30% sobre o verificado em todo o ano de 2006 (21,521 milhões). Em 2005 o número de negócios foi de 15,499 milhões e, em 2004, 13,384 milhões. Nos últimos três anos, a média de volume financeiro diário quase quadriplicou. Foi de R$ 1,221 bilhão em 2004, R$ 1,610 bilhão em 2005, R$ 2,434 bilhões em 2006 e R$ 4,533 bilhões em 2007 até a última quinta-feira.

"O mercado cresceu bastante e isso gera confiança. Além disso, o cenário é de: juro cadente, avanços institucionais, melhorias em governança corporativa e entrada maciça de pequenos investidores", afirmou o especialista em aplicação financeira e professor da Faculdades Ibmec, Marcus Renato Silva Xavier. Segundo ele, a volatilidade não é empecilho e mesmo que haja impacto, o mercado está mais maduro.

Outra prova disso é o número de IPO (Initial Public Offering, oferta pública inicial na sigla em inglês). Neste ano, 53 empresas lançaram ações na Bovespa. É mais que o dobro do registrado em 2006 (26) e bem superior ao verificado em 2005, quando somente nove companhias abriram capital. O sócio-gestor da administradora de recursos DLM Invista, Daniel Castro, disse que o número de CPFs registrados na Bovespa deve crescer entre 40% e 50% ao ano.

"O número de investidores tendem a crescer significativamente, e com consistência, por uma série de questões, como queda da taxa de juros, baixa rentabilidade da renda fixa, insegurança quanto à aposentadoria, entre outros fatores", observou Castro. Ele chamou atenção ainda para o fato de que novas práticas devem ser colocadas no mercado, principalmente no que se refere ao custo para as corretoras.

Castro destacou ainda que esse deve ser o maior IPO de todos os tempos. "O mercado estima que será um negócio da ordem de R$ 5 bilhões e que a Bolsa valeria entre R$ 11 bilhões e R$ 15 bilhões hoje", exemplificou.

O preço inicial dos papéis será definido somente no dia 24 de outubro, mas os bancos Credit Suisse e Goldman Sachs, coordenadores da operação, estimam que o valor por papel seja fixado entre 15,50 a 18,50 reais. Serão colocadas à venda mais de 250 milhões de ações ordinárias, podendo ser oferecido, ainda, um lote suplementar com mais 37 milhões ações. O valor mínimo de investimento será de 3 mil e o máximo de 300 mil reais.

A terceira edição da Expo Money Belo Horizonte, maior evento de educação financeira e investimentos, acontece nesta quarta e quinta-feira

Serão mais de 40 palestras educacionais e exposições gratuitas. É uma boa chance de aprender, com experts no assunto, como planejar e administrar suas finanças. Entre os consultores estão o escritor Gustavo Cerbasi, autor do best seller “Casais Inteligentes Enriquecem Juntos”, Augusto Sabóia e Jurandir Sell Macedo Jr.

A Expo Money também vai promover um Concurso Cultural durante o evento. Os participantes que assistirem às palestras das empresas de capital aberto das empresas Cemig, Copasa, Petrobras e Usiminas, poderão concorrer a R$ 1.000,00 em ações da companhia. No final de cada palestra serão feitas três perguntas sobre a exposição realizada e a pessoa que responder primeiro as três corretamente torna-se acionista da empresa.

Os participantes podem conferir os dias e horários das palestras no site da Expo Money. O evento é totalmente gratuito e as inscrições podem ser feitas pela internet. Será realizado nos dias 24 e 25 de outubro, das 13 às 22h, no Minascentro, rua Guajajaras, 1022, 3º andar, Centro.

A DLM Invista, gestora de recursos financeiros em BH, lançou um novo fundo de investimentos, o DLM Equity, o segundo gerido pela empresa

Marcelo Domingos, sócio-fundador e gestor da DLM Invista, explicou que o DLM Equity nasceu como clube, há dois anos, e que a decisão de transformá-lo em fundo amplia a oferta do produto a investidores como pessoas jurídicas, instituições e holdings familiares. Como a expectativa é de ganhar em escala, a taxa de administração será reduzida de 2,5% para 2% ao ano. Além da taxa de administração, é cobrada a taxa de performance, de 20% sobre o que exceder o Ibovespa.

O objetivo da carteira é proporcionar ganhos consistentes em longo prazo, por meio de investimentos em ações de companhias negociadas em bolsa. O gestor ressaltou que o novo fundo interessa especialmente a “investidores que buscam retorno elevado quando comparado com outras opções de investimento em longo prazo e diversificação de portifólio que admita as oscilações características”. O valor inicial mínimo de investimento é R$ 50 mil. A gestão é da DLM Invista; a administração, do Bank of New York Mellon; e a custódia, do Bradesco.

Principais Produtos da DLM:

· Fundos de investimentos (geridos pela DLM Invista têm a administração feita pelo Bank of New York Mellon e a custódia, pelo Bradesco):

1. DLM Equity: Iniciado como clube, foi transformado em fundo de investimentos em ações em 2007. Constituído conforme a CVM 3456 (Institucionais). Perfil de cotistas: pessoas físicas, jurídicas e institucionais. Investimento mínimo inicial: R$ 50 mil.
2. DLM Confrapar: Voltado para empresas tecnologicamente intensivas. Criado em agosto de 2007, resultado de parceria entre DLM Invista Administradora de Recursos e Confrapar Participações e Pesquisa S. A. Atende à CVM 3456 (Institucionais). Perfil de cotistas: pessoas físicas, jurídicas e institucionais. Investimento mínimo inicial: R$ 20 mil.

. Clubes de investimentos:

1) DLM Invista I e II: Condomínios de pessoas físicas. A gestão profissional de recursos em volumes maiores permite que os cotistas invistam com os mesmos privilégios de grandes investidores, valendo-se também de vantagens tributárias. Investimento mínimo inicial: R$ 10 mil.
2) Progressivo: Carteira voltada para pessoas físicas. Prevê investimentos regulares, em longo prazo, objetivando formação de patrimônio e previdência para a aposentadoria. Investimento mínimo inicial: R$ 5 mil.


Para mais informações entre do site da DLM. O telefone da administradora é o 31.3291-0530.

Ainda no embalo do mês das crianças...

Saiu no jornal Valor: The Money Camp chega ao Brasil para falar sobre juros, ações e empréstimos a crianças já a partir de 5 anos com teatro e brincadeiras.

"Era uma vez um casal que queria comprar um carro, mas não tinha dinheiro", começa a professora, cercada pelo olhar atento do grupo de crianças. "Eles entram em um banco para falar com o gerente (ao fundo, alguém imita a música de suspense do filme Tubarão), e o gerente fala que eles podem pedir um empréstimo, para depois pagar uma dívida com juros", diz a narradora, interrompida por gritos infantis de medo. "Cinco anos depois, o casal volta ao banco para pagar toda a dívida", conclui feliz a professora, enquanto, devagarinho, todos começam a cantar, em ritmo de funk: "Tá amortizado, tá tudo amortizado."

É mais ou menos assim uma aula de finanças para crianças a partir de cinco anos do The Money Camp, empresa americana que chegou ao Brasil neste ano. As crianças que simularam o teatro citado são alunas do colégio Castello Branco, no bairro da Bela Vista, na capital paulista. Com frases otimistas, desenhos e brincadeiras, o curso quer inserir logo cedo na mente das crianças conceitos financeiros básicos que poderão ajudá-las para o resto da vida.

"Meu objetivo de curto prazo é comprar mais memória para o meu computador e o de longo prazo é pagar uma faculdade e virar um chef de cozinha", diz Benjamin Piassa, de dez anos. De cor, ele sabe citar os "três pilares da fortuna", que são ações, imóveis e negócios. "Se um cai, temos os outros", explica. Marina Araújo Rahal, nove anos, tem na mente também a teoria dos potes, que indica qual porcentual do patrimônio distribuir em um orçamento entre despesas fixas, investimentos e até doações.

Samuel Fen Ichen, nove anos, já pensa em guardar dinheiro para a aposentadoria e João Vítor Hondo Nogueira, de 11 anos, se preocupa em ter recursos para bancar tudo que o filho vier a precisar quando tiver a idade dele.

Silvia Alambert, empresária que trouxe e dirige o The Money Camp no Brasil, diz que tenta transformar uma linguagem complicada em forma simples. "O extrato bancário é o boletim do futuro", diz a cartilha distribuída às crianças. "Queremos mostrar para elas que, mais do que lidar com dinheiro, elas podem fazer escolhas desde cedo", diz Silvia. "É melhor do que dar a uma criança um cartão de crédito", acrescenta ela.

O curso total também está disponível a quem procurar a The Money Camp, por R$ 1,6 mil. Nos EUA, o programa é dado em acampamentos, que Silvia também pensa em implantar aqui. Além de São Paulo, um piloto já foi dado no Rio e agora o curso será levado a Ribeirão Preto e Franca, em São Paulo.

"Quando a criança pede os primeiros centavos para comprar bala, já é tempo de começar a ensinar sobre dinheiro", diz Silvia. Porém, para a Cássia D'Aquino, especialista em educação financeira, os pais e professores devem ter cuidado ao transmitir às crianças ansiedades e preocupações financeiras de adultos tão cedo. "Falar nesses assuntos para crianças de cinco, seis anos, pode ser exagerado." Se os pais querem prepará-las para ganhar dinheiro, diz, seria melhor ensiná-las a ter gosto pela leitura.

domingo, 14 de outubro de 2007

Bancos mineiros são alvo de grandes grupos

Fusões e aquisições de bancos internacionais podem abrir uma temporada de caças aos bancos, inclusive em Minas Gerais, celeiro de várias instituições financeiras de pequeno e médio portes. O espanhol Santander, líder de um de um consórcio que tem ainda o Royal Bank of Scotland e Fortis, comprou o inglês ABN e levou o holandês Banco Real. Com isso, passa a ser o segundo maior banco no país em ativos (R$ 221 bilhões), perdendo apenas para o estatal Banco do Brasil (R$ 296 bilhões). Como deixou para trás os até então imbatíveis Bradesco (R$ 213 bilhões) e Itaú (R$ 205 bilhões), os “gigantes” já estão de olho nos “anões”.

O Itaú, por exemplo, está negociando a aquisição do BMG, da família Pentagna Guimarães. Apesar das empresas negarem, o mercado já dá a venda como certa e já aponta negócio da ordem de US$ 3 bilhões. Outros alvos, segundo analistas mineiros, além do BMG, são o Bonsucesso, Mercantil do Brasil, Semear (ex Banco Emblema) e até mesmo o Rural, envolvido no escândalo do mensalão.

Minas já foi um dos principais centros financeiros do país. Ao longo dos anos, muitas instituições transferiram suas sedes para São Paulo e Rio de Janeiro e outras foram incorporadas por conglomerados.

O Estado foi berço de significativas instituições financeiras, como o próprio Banco Real, cuja história começou em meados do século passado com o Banco da Lavoura de Minas Gerais. Em 1971, mudou-se de cidade – São Paulo – e de nome – Banco Real. Em 1998, foi comprado pelo ABN Amro, que em 2003 adquiriu ainda o Sudameris.

O Unibanco também nasceu em Minas, em 1924, por meio de uma carta patente do governo federal do Brasil, que autorizou o funcionamento da seção bancária da Casa Moreira Salles, uma das mais importantes lojas de comércio de Poços de Caldas, fundada por João Moreira Salles, em 1918.

O Unibanco comprou o mineiro Banco Nacional, que iniciou a sua história como Banco Nacional de Minas Gerais, fundado em 1944 pelo empresário e político José de Magalhães Pinto. Depois de criar a União Democrática Nacional (UDN), de ser deputado estadual e governador de Minas, de ter sido um dos principais artífices do golpe militar de 1964, sua fortuna se multiplicou e incorporou mais seis bancos em 1972, criando assim o Banco Nacional S/A, com sede na capital mineira.

No jogo global, “os bancos brasileiros ainda são anões em terrade gigantes”. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), se os cinco maiores bancos privados brasileiros se fundissem, formariam apenas o 44ºmaior banco do mundo, com ativos de US$ 400 bilhões. O Citigroup, maior banco domundo, por exemplo, tem ativos estimadosemUS$2 trilhões, praticamente o dobro do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. O Bank of América, segundo colocado, tem ativos de US$ 1,5 trilhão, seguido de perto pelo JPMorgan, com US$ 1,4 trilhão.

Não se esqueça das negociações para receber as perdas com o Plano Bresser

Foi dada a largada para os mutirões de conciliação entre os que entraram com ação para recuperar as perdas da caderneta de poupança no Plano Bresser e a Justiça.

Todos os brasileiros que possuíam poupança no período de 1987 a 1991, durante os planos Bresser, Verão, Collor I e Collor II, têm direito à correção confiscada pelo governo. No Plano Bresser, o valor da correção é de 8,08%, sobre o saldo das poupanças com aniversário entre os dias 1º e 15 de junho de 1987, se mantidas até a remuneração de julho do mesmo ano.

No Plano Verão, a diferença é de 20,37%, para cadernetas com data de aniversário entre os dias 1º e 15 de janeiro de 1989. No demais planos, os valores são os seguintes: Collor I, até 84,32%, podendo variar conforme o aniversário da conta em março de 1990; 44,80%, para abril de 1990; e de 2,49%, para maio de 1990; e Collor II, diferença de 14,11%, para as contas com aniversário em fevereiro de 1991.

Quem tinha Cz$ 100 mil em 1987 tem direito ao valor atualizado de R$ 2.663,23, de acordo com o índice de correção do TJ-SP. Para fechar os acordos, as instituições financeiras estariam oferecendo para cada Cz$ 100 mil apenas R$ 1.549,64. Sobre esse montante ainda incide um desconto que chega a 30%.


Para especialistas, para o acordo valer a pena é preciso que a quantia proposta pelo banco não seja inferior a 80% do valor que o poupador teria direito pela correção do TJ, já descontadas as despesas do processo e o deságio. Caso contrário, o poupador vai perder muito dinheiro. O consumidor que tinha Cz$ 500 mil na poupança, por exemplo, não deve aceitar menos de R$ 10.759,45.

Na hora de fazer as contas, não se deve esquecer que, caso não haja acordo, o banco fica condenado a reembolsar os gastos com o processo e a pagar juros de 1% ao mês a partir do momento em que foi informada que respondia à ação.

Você já sacou o seu PIS/Pasep? Quase 14 milhões de brasileiros têm direito ao abono de um salário mínimo.

O calendário teve início em julho, início do calendário ano-base 2006, e termina em junho de 2008. No total, são R$ 2,5 bilhões a serem pagos pelo governo. O trabalhador que tem direito ao PIS pode fazer o saque na Caixa Econômica Federal (CEF) e ao Pasep, no Banco do Brasil.

O abono salarial é o pagamento de um salário mínimo anual ao trabalhador ou servidor que esteja cadastrado no PIS/PASEP há pelo menos cinco anos (até 2002); tenha trabalhado com carteira assinada ou sido nomeado efetivamente em cargo público durante pelo menos 30 dias no ano-base (2006) por empregadores contribuintes do PIS/PASEP (empregadores cadastrados no CNPJ); e que tenha recebido em média até 2 (dois) salários mínimos de remuneração mensal durante o período trabalhado (2006).

Os beneficiários do abono são identificados pela RAIS, declarada anualmente pela empresas. Por isso, é importante que o trabalhador ou servidor sempre atualize seu endereço juntamente a empresa/governo que trabalha, pois o empregador irá informá-lo ao Ministério do Trabalho e Emprego no momento da declaração da RAIS. Os recursos são do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Os brasileiros não consideram o dinheiro como o item mais importante em suas vidas

Para 69% dos entrevistados de uma pesquisa realizada pelo Datafolha no mês de agosto, a família é coisa mais importante. Atrás dela, vem os estudos (65%), o trabalho (58%), a religião (45%), o lazer (32%) e o casamento (31%). O dinheiro, por sua vez, fica com apenas 30% das respostas. Em 1998, o dinheiro (36%) era mais importante que o lazer (28%) e o casamento (31%).

Ainda segundo a pesquisa, 51% dos brasileiros consideram o dinheiro apenas importante, percentual que perde apenas para o lazer (53%). Abaixo deles, estão religião (42%), casamento (41%), trabalho (40%), estudo (33%) e família (29%).

Este ano, apenas 1% dos entrevistados disse que o dinheiro é nada importante para eles, mesmo percentual de 1998. Por outro lado, 8% afirmaram a mesma coisa a respeito do casamento, contra 6% nove anos antes.

O índice Big Mac, que compara o poder de compra em todo o mundo todo, reitera que o real está sobrevalorizado frente o dólar

Saiu na Exame: Nas últimas semanas, os exportadores brasileiros ganharam um argumento improvável em sua luta por uma taxa de câmbio mais competitiva - o preço do Big Mac, carro-chefe da rede de lanchonetes McDonald's. O sanduíche é usado para compor uma estranha, e surpreendentemente bem-sucedida, fórmula para tentar aferir qual deveria ser o verdadeiro valor do câmbio em vários países, independentemente dos humores de curto prazo do mercado.

No início apenas uma brincadeira dos editores da revista britânica The Economist, o índice Big Mac, inventado há mais de 20 anos, acabou se firmando como um bom indicador de longo prazo para as diferentes moedas. A idéia é que, ao comparar o preço do sanduíche mais popular do mundo, produzido exatamente da mesma maneira e com os mesmos ingredientes em 120 países, é possível captar o valor correto de cada moeda.

Desde o início de 1999, quando o câmbio brasileiro passou a flutuar livremente, o índice Big Mac vinha mostrando um dólar excessivamente caro, especialmente durante os períodos de maior instabilidade no Brasil. Do início de 2007 para cá, no entanto, o Big Mac começou a avisar o oposto: que o real é que está valorizado. A mensagem ganhou força com os recordes de valorização atingidos nas últimas semanas.

Segundo o índice mais recente, o correto seria o dólar custar 2,02 reais - e não 1,83, como chegou a valer no dia 28 de setembro. A diferença significa que o real, naquela data, estava 10% mais valorizado que o ideal apontado pelo Big Mac.

O Big Mac custa US$ 3,41 nos Estados Unidos e R$ 6,90 no Brasil. No dia 28 de setembro, o dólar estava cotado a R$ 1,83. Por essa cotação, o sanduíche feito no Brasil valia US$ 3,77, ou seja, 10% mais do que os 3,41 dólares cobrados nas lanchonetes nos Estados Unidos. Portanto, o valor do dólar, segundo o índice, deveria ser 10% maior, ou R$ 2,02.

sábado, 13 de outubro de 2007

Difundindo a idéia do "PIG Bank" para crianças e, no Brasil, até mesmo para os mais grandinhos!


Olha que interessante o que a Mara Luquet, do Valor Econômico e CBN, descobriu! Aqui só está uma parte de seu artigo. Confira o restante aqui.

"Andrea e Michael Fuller vão ter um bebê no próximo mês. É o primeiro filho do casal, ela brasileira, ele americano, que mora em Nova York. Na próxima sexta-feira, dia 12, dia das crianças, eles vão receber os amigos para um “baby shower”, a versão americana do chá de bebê, uma reunião onde os amigos presenteiam os pais com peças do enxoval da criança que vai nascer em breve.

Na página da loja na internet onde há uma lista de sugestões de presentes para o “baby shower” há diversas alternativas, de mamadeiras e chupetas a fraldas descartáveis. Mas há também o “pig bank”. Um cofre em formato de porco. Quem sonharia em dar um cofre para um bebê que acaba de nascer? Mas há um aspecto que chama ainda mais atenção: o porquinho vem com quatro aberturas independentes para o depósito de moedas. Cada qual tem seu nome: “save”, “spend”, “donate” e “invest”.

Ou seja, a idéia não é apenas a de guardar dinheiro, mas fundamentalmente começar a pensar em orçamento. A criança terá que ao longo da infância e adolescência aprender que precisará guardar dinheiro para emergências (“save”) e investir para metas de longo prazo (“invest”). Mas como a vida não é feita apenas para economizar, ela saberá que parte dos recursos poderá gastar e ainda aprenderá que é necessário partilhar com os menos favorecidos (“donate”). Há versões desse cofre que têm uma abertura específica para economias que visam à universidade (college).

Entre as famílias americanas, portanto, o cofre não é um presente inusitado. Ao contrário, está na cultura ensinar aos filhos coisas básicas como: dinheiro não dá em árvore e é preciso cuidar da própria vida. " (...)

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Dia das Crianças: hora de investir em edução financeira

O índice de crianças que influenciam fortemente as compras da família aumentou 10 pontos percentuais entre 2005 e 2007, passando de 42% para 52%, de acordo com um estudo realizado pela TNS InterScience.

E segundo a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), é diante da televisão que as crianças estão mais vulneráveis aos apelos consumistas: o tempo dedicado a esta atividade supera em 50% o das demais, como brincar, ler e usar o computador.

O Dia das Crianças é uma ótima data para orientar os filhos a respeito do consumismo. É muito importante ensinar as crianças avaliar e escolher aquilo que realmente querem ou precisam comprar. Já que elas participam dos gastos familiares, devem saber quanto custam seus desejos e o que poderia ser comprado, realmente importante, com aquele valor. É bem legal comparar despesas.

Ainda não sou mãe. Mas, acredito que a tarefa da educação financeira não deve ser nada fácil. É por essa razão que o economista Gustavo Cerbasi, que escreveu “Casais Inteligentes Enriquecem Juntos”, publicou recentemente o livro “Filhos Inteligentes Enriquecem Sozinhos”.

Você já deve ter pensado que sua vida poderia ser muito mais próspera hoje se, desde cedo, tivesse aprendido a lidar com o dinheiro. Nesse sentido, o que se pode fazer pelas crianças? Cerbasi apresenta atitudes simples e ferramentas eficazes que podem ser utilizadas para que elas adquiram uma postura bastante saudável em relação ao dinheiro.

Conheço uma história interessante de como iniciar a criança até mesmo ao mercado de ações. Uma tia não sabia o que dar de presente para seus sobrinhos. Um gostava de replicas de aviões e outro de máquinas e equipamentos pesados. Resolveu dar para eles, com o aparato da mãe, ações da Embraer e da Weg. Ou seja, agora eles têm aviões e máquinas de verdade, ou pelo menos, uma pontinha das empresas dos setores. E o mais legal, eles passaram a acompanhar o desempenho dos papéis, se embrenhando no mercado de capitais.

Aproveito para alertar aqueles que adiam a decisão de guardar dinheiro para os filhos porque acham que não podem contribuir significativamente. É um erro pensar assim. Hoje em dia já é possível investir com pequenas quantias. O segredo não é o valor, mas sim a regularidade e o prazo no qual mantém o dinheiro aplicado.

Veja esse cálculo: Supondo que seu filho tenha dois anos, poupando R$ 25 todos os meses, quando seu filho atingir 18 anos, você terá juntado R$ 10 mil, assumindo um investimento conservador, com rendimento médio de 0,7% ao mês. Mas, se esperar até que o seu filho comece o colegial para começar a poupar, então, para juntar R$ 10 mil, terá que economizar R$ 250 por mês, ou dez vezes mais.

Se você acha que não terá dificuldade para economizar R$ 250 por mês, nesse caso, quando seu filho atingir os 18 anos, terá juntado pelo menos R$ 100 mil. Quantia que daria para pagar a faculdade, estudos do exterior e até mesmo um pequeno apartamento.

Uma forma de fazer isso é por meio da previdência privada, caso o objetivo seja realmente de longo prazo, de pelo menos uns 10 anos. E tudo indica que tem muitos pais fazendo isso. De acordo com a Federação Nacional da Previdência Privada, as captações em julho atingiram R$ 2,385 bilhões, 31,41% a mais que no mesmo período do ano passado.

Com a proximidade do Dia das Crianças, as instituições financeiras aproveitaram esse interesse e lançam cada vez mais novos produtos e promoções, para atrair o público que quer garantir um bom futuro para filhos, sobrinhos e netos.

O Itaú, por exemplo, lançou o First FlexPrevi Balanceando V40, produto nas modalidades VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) e PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) direcionado para os clientes com perfil mais arrojado. Isso porque oferece diversificação nas aplicações a longo prazo, com 40% dos recursos em renda variável - ações representativas do Ibovespa.

Já a BrasilPrev Seguros e Previdência lançou uma campanha promocional para alavancar as vendas do plano BrasilPrev Júnior, destinado a crianças e adolescentes com idade entre zero e 21 anos. A cada aporte de R$ 100, ou múltiplo, novos clientes e titulares de planos de previdência PGBL ou VGBL terão direito a um cupom para concorrer ao sorteio de prêmios em barras de ouro.

Por falar em sorteio, cuidado com os títulos de capitalização. É a maior roubada! Com a queda das taxas de juros, os bancos precisam compensar o menor resultado financeiro. E, uma das formas, é aumentar o lucro com a venda de títulos. Coitado dos funcionários que precisam bater meta, se não enganando, omitindo muitas informações sobre o que estão vendendo aos seus clientes.

A maior parte dos planos de capitalização não é favorável a quem compra e nem deve ser considerada um investimento. Normalmente, esses planos são debitados em conta corrente e o cliente concorre a prêmios. No final do plano, o valor investido é devolvido com correção pela TR, que não rende quase nada, menos de 1% ao ano, ante 11,3% da Selic média prevista para este ano, que remunera os fundos de investimentos tradicionais, de renda fixa ou referenciados DI. E na capitalização você ainda tem que pagar o valor reservado para concorrer aos prêmios anunciados. A chance de você ser sorteado é quase a mesma de ganhar na loteria.

Se a justificativa é a facilidade, por ter débito em conta, além da previdência privada você tem a opção de aplicar em fundos de investimento. É uma opção para qualquer tipo de bolso. Você pode fazer essa aplicação no próprio caixa eletrônico de seu banco e programar, por exemplo, aplicações mensais. Consulte quais são os fundos que seu banco disponibiliza, analise o regulamento, a performance e as taxas cobradas e escolha um. Como dizem os especialistas, não se preocupe com a volatilidade da bolsa dia pós dia. Se a sua intenção é investir no longo prazo, concentre no desempenho da empresa na qual você quer investir.

Os fundos de investimento têm isenção de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e CPMF (se os recursos forem originários de uma conta-investimento) e o Imposto de Renda só incidirá sobre o rendimento no resgate das cotas.

Enfim, melhor que pensar em dinheiro é fazer a festa no Dia das Crianças. Divirta-se!

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

O que é mais vantajoso: comprar ou alugar uma casa?

A resposta divide opiniões e cria polêmica. Por um lado, quem acredita que é melhor comprar uma casa defende maior tranqüilidade por estar gastando dinheiro com uma coisa sua. Essa turma também acha inconveniente a correção de preços ou a dúvida em relação à vontade do proprietário em renovar o contrato de aluguel. Por outro lado, muitos vêem esta “instabilidade” como “flexibilidade”, ou seja, uma forma de enriquecimento.

Na minha opinião tudo depende da renda que você tem disponível. Acompanhe o raciocínio dessa situação. 1) Você não abre mão da qualidade de vida e quer morar próximo ao trabalho, de um centro comercial e da escola dos filhos. Mais que isso, morar dentro deste contexto significa economia com combustível, estacionamento, supermercado, transporte para as crianças, etc. 2) O que sobra da renda da família para pagar o aluguel é praticamente a mesma quantia da parcela de um financiamento. 3) Neste caso, acredito que é mais vantagem comprar um imóvel.

Mas, se você não abre mão do iten 1 (que é o que a grande maioria deseja) e, para isso, consegue pagar um aluguel bem inferior a prestação de um imóvel, penso que alugar é melhor que comprar. Dessa forma você pode investir a diferença e multiplicar o seu capital. Até mesmo para, futuramente, comprar um imóvel à vista e economizar uma boa grana.

Caixa amplia prazo para financiamentos imobiliários

Puxando mudanças em toda a rede bancária, a Caixa Econômica Federal (CEF) decidiu ampliar o prazo máximo de seus financiamentos imobiliários de 20 para 30 anos. Criou ainda uma faixa intermediária de financiamento de imóveis avaliados entre R$ 130 mil e R$ 200 mil. Nesta faixa, a taxa de juros cobrada será de 10,5% ao ano mais Taxa Referencial (TR). Isso só vale para os novos contratos. Pelas regras anteriores, o mutuário da Caixa teria de pagar juro de 12% para financiar a compra de imóveis entre R$ 130 mil até R$ 350 mil.

"Como tirar proveito da guerra dos bancos"

Saiu na Revista Exame: A atual oferta de crédito dá força ao cliente na negociação com o gerente. Se não conseguir o que quer, é só trocar de banco

Para boa parte da classe média brasileira, o sonho de financiar a compra da casa própria ou trocar o imóvel por outro melhor era, até pouco tempo, exatamente isso: um sonho. Entre o desejo de comprar e a assinatura do contrato havia algumas barreiras que pareciam intransponíveis - juros altíssimos, prazos de pagamento exíguos e uma lista sem fim de exigências. Esse quadro mudou de forma radical nos últimos dois anos com a disputa acirrada dos grandes bancos por novos mutuários.

No Bradesco, por exemplo, os juros de empréstimos para imóveis acima de R$ 350 mil, que eram de 18% mais a taxa referencial (TR) em 2003, caíram para 15% em 2004, 12,5% em 2006 e hoje estão em 12%, sempre acompanhados da TR. O banco, que antes aceitava que o mutuário comprometesse no máximo 25% da renda, ampliou esse limite para 30%.

Além de melhorar as condições de produtos já existentes, alguns bancos decidiram partir para a inovação. O Santander criou, em 2005, o primeiro financiamento sem a correção da TR, com a taxa fixa de 21% ao ano. Desde então, foi seguido por várias outras instituições e, hoje, a menor taxa fixa praticada no mercado é 12,5%.

A última notícia positiva para quem pretende comprar um imóvel financiado veio em agosto, quando a Caixa Econômica Federal anunciou que aumentou o prazo de pagamento dos financiamentos para 30 anos, o dobro do praticado pelos bancos até três anos atrás.

Neste momento, o Unibanco está com a melhor taxa do mercado para empréstimos de 20 anos nos imóveis de até R$ 300 mil. Os juros são equivalentes à TR mais 10,9% ao ano, enquanto Bradesco e Caixa Econômica Federal cobram TR mais 11,5%. À primeira vista, a diferença pode parecer irrisória, mas na ponta do lápis representa uma economia de R$ 10 mil no total a ser pago.

Agora, os interessados têm a chance de pesquisar, comparar e, se for o caso, trocar de banco. Mas, apesar de toda essa briga dos bancos, algumas pessoas ainda desperdiçam a oportunidade de buscar as melhores taxas e prazos. "O ideal é procurar um imóvel e ao mesmo tempo escolher o banco que oferece as melhores condições", diz Paulo Celles, dono da Paulo Celles Imóveis, uma das maiores imobiliárias de Curitiba.

A compra de um imóvel é, para a maior parte das pessoas, um momento especial. A troca de endereço envolve, geralmente, uma tentativa de aumentar o conforto do dia-a-dia e, não raramente, serve para comprovar a ascensão social da família. Todo esse investimento emocional sofre um baque quando a pesquisa das melhores taxas, prazos e condições de financiamento é deixada para a última hora, no momento em que o imóvel já está escolhido. Nesses casos, em razão do temor de perder o negócio, é comum o comprador contratar o banco no qual já tem conta, não necessariamente o que tem as melhores condições de crédito.


Expansão do mercado imobiliário

Nos últimos dois anos os preços dos imóveis residenciais subiram de 20% a 30%, em média, nos melhores bairros das principais metrópoles brasileiras, entre elas Belo Horizonte. Os dados são do Sistema Cofeci-Creci, os conselhos regional e federal dos corretores de imóveis. Por muito tempo as construtoras não investiram em novas obras, inseguras quanto ao crescimento econômico do país. O resultado é que agora, com a maior oferta de crédito e ampliação do emprego e renda, a demanda por imóveis aumentou e a oferta é pequena. Ou seja, o preço sobe.

Agora, que o cenário é outro, vemos pipocar o lançamento de empreendimentos. Outro dia, da região dos hospitais até a Carlos Luz, passando pela Pedro II, recebi quatro folhetos de vendas de apartamentos novos. Em regiões nobres, como Lourdes e Funcionários, outros com localização também privilegiada, como Buritis, Santa Efigência e São Lucas, mas principalmente em regiões mais afastadas do Centro da Cidade.

De acordo com o Sistema Cofeci-Creci, o elevado padrão das construções e a ampla infra-estrutura de serviços colocam os bairros de Belvedere, Lourdes e Funcionários no topo do ranking do metro quadrado mais caro de Belo Horizonte. São também os que mais se valorizaram nos últimos 12 meses. Entre agosto de 2006 e julho de 2007, o valor do metro quadrado subiu de R$ 3,5 mil para R$ 5 mil e ainda há espaço para mais valorização.

Para os investidores, as obras viárias da Linha Verde abrem um novo horizonte. Com 35 quilômetros, essa via expressa que liga o Centro ao aeroporto de Confins, vem facilitando o acesso aos bairros do entorno e aos municípios do norte da região metropolitana. É nesse novo cenário que Pampulha e Venda Nova aparecem entre os de maior potencial, segundo avaliação do Sistema Cofeci-Creci.

"20 ações para um Brasil que cresce"

Saiu na Revista Exame: Bancos e empresas de consumo e infra-estrutura devem ser as estrelas da bolsa nos próximos 12 meses

Mesmo com a crise deflagrada no final de julho nos mercados financeiros internacionais, é positivo o cenário para o Brasil nos próximos 12 meses. Ao colocar na balança, de um lado, a atual crise e, de outro, a perspectiva de o país melhorar sua classificação de risco, a maior parte dos especialistas ouvidos pelo Guia EXAME não tem dúvida: o Brasil está mais perto do grau de investimento do que de um tropeço provocado pela turbulência externa.

Esse panorama beneficia investimentos na bolsa de forma geral -- e favorece algumas empresas em particular. Para apontar as ações que mais devem se valorizar até setembro de 2008, foram consultados 25 analistas dos principais bancos e corretoras do país. Suas recomendações foram comparadas com uma pesquisa da consultoria Economática, que analisou indicadores financeiros das empresas para apontar as mais promissoras. O resultado é uma seleção de 20 papéis de bancos e de empresas de consumo e infra-estrutura, que ganham quando a economia cresce.

1)Bematech (BEMA3) - Setor Informática - Potencial de alta de 78%:A empresa, que abriu o capital em abril, é líder em equipamentos para automação comercial e bancária. Seu diferencial, dizem os analistas, é um sólido posicionamento estratégico. Desde 2004, a companhia decidiu se concentrar num segmento bastante lucrativo, o de pequenos varejistas. Hoje, fornece impressoras de cupons fiscais para a maioria dos comerciantes informatizados do país.

2)BR Malls (BRML3) - Setor Imobiliário - Potencial de alta de 75%:Maior administradora de shopping centers do país, a BR Malls une dois dos setores mais promissores da bolsa, o de consumo e o imobiliário. A empresa aluga os espaços dos shoppings para os lojistas. Também é considerada uma companhia bem gerida -- tem, como sócios bem participativos, o fundo de private equity GP Investimentos e o bilionário americano Sam Zell.

3) B2W (BTOW3) - Setor Internet - Potencial de alta de 45%:É a companhia que resultou da fusão entre os portais de comércio eletrônico Americanas.com e Submarino, anunciada no fim de 2006. Hoje, é a única representante na bolsa de um dos setores mais pujantes da economia, o de comércio eletrônico. Os analistas têm a percepção de que se trata de uma empresa bem administrada.

4) Cemig (CMIG4) - Setor Energia elétrica - Potencial de alta de 42%: Além de ser uma generosa pagadora de dividendos, a Cemig, controlada pelo governo de Minas Gerais, deve se beneficiar com o esperado aumento da demanda das indústrias por energia elétrica nos próximos anos. Além disso, é vista como uma das estatais mais bem geridas do setor.

5) Embraer (EMBR3) - Setor Aviação - Potencial de alta de 42%: A ação se valorizou bem menos que o Índice Bovespa nos últimos anos em razão da queda da cotação do dólar frente ao real, que diminuiu as receitas de exportação da companhia. Recentemente, porém, a Embraer fez um esforço de vendas e aumentou em 50% sua carteira de pedidos de aeronaves e jatos executivos, que serão entregues nos próximos anos, o que vai beneficiar os resultados financeiros da empresa.

6) Cesp (CESP6) - Setor Energia elétrica - Potencial de alta de 39%: O setor é promissor. A maioria dos analistas espera um aumento das tarifas de energia nos próximos anos, puxado pelo maior crescimento do país. Estatal controlada pelo governo paulista, a Cesp vem passando por melhorias de gestão e por um processo de corte de despesas. Especula-se ainda que a companhia esteja sendo preparada para ser privatizada. Caso se confirme, a tendência é que suas ações se valorizem mais que a alta de 39% já prevista.

7) Braskem (BRKM5) - Setor Petroquímico - Potencial de alta de 38%: Espera-se um aumento da demanda por plásticos e outros petroquímicos nos próximos meses - a venda desses produtos costuma crescer duas vezes mais que o PIB, e projeta-se uma expansão de 4,5% para a economia brasileira em 2007 e 2008. Além disso, a empresa reduziu seu endividamento e deve diminuir seus custos de produção, em razão das sinergias geradas com a compra da Ipiranga, anunciada no início deste ano.

8) Plascar (PLAS3) - Setor Autopeças - Potencial de alta de 38%: A aceleração da indústria automotiva no Brasil deve aumentar a demanda por painéis, pára-choques e outras peças de veículos que a companhia fabrica. Os analistas também acreditam que seus principais acionistas, o bilionário investidor americano Wilbur Ross e a gestora de recursos Franklin Mutual, devem buscar adquirir outras empresas do setor para criar um dos maiores grupos de autopeças da América Latina.

9) Brasil Telecom (BRTP4) - Setor Telefonia - Potencial de alta de 36%: Os analistas esperam que o imbróglio societário que prejudicou a cotação dos papéis nos últimos anos seja resolvido. Além disso, a esperada mudança na lei de telecomunicações abre caminho para uma fusão com a Telemar, desfecho positivo para as duas companhias. Os riscos, porém, não são pequenos. As perspectivas para o setor são pouco promissoras.

10) Gerdau (GGBR4) - Setor Siderurgia - Potencial de alta de 35%: É fornecedora de aço para algumas das indústrias que mais crescem no Brasil -- a automotiva e a de construção. Também espera-se aumento das vendas no mercado americano, em razão dos maiores investimentos do governo em infra-estrutura. Apesar de ter fábricas nos Estados Unidos, a empresa não deve sofrer com a desaceleração do mercado imobiliário no país, porque, lá, vende pouco para esse setor.

11) Unibanco (UBBR11) - Setor Bancos - Potencial de alta de 35%: Uma política de corte de custos e melhorias de gestão vêm elevando a rentabilidade do Unibanco para patamares próximos aos dos concorrentes Bradesco e Itaú. O bom desempenho, porém, ainda não foi totalmente percebido pelos investidores, o que abre espaço para que as ações se valorizem nos próximos meses.

12) Bradesco (BBDC4) - Setor Bancos - Potencial de alta de 34%: A perspectiva de crescimento econômico, queda dos juros e aumento da renda da população é excelente para os bancos, que ganham condições favoráveis para ampliar suas carteiras de crédito. O Bradesco é uma das instituições que mais se beneficiam desse novo cenário. Com forte presença no varejo, o banco deve aumentar os financiamentos imobiliários e empréstimos pessoais.

13) Duratex (DURA4) - Setor Material de construção - Potencial de alta de 34%: Fabricante de produtos de madeira, louças e metais sanitários, a companhia beneficia-se do recente boom da construção civil no país. Além disso, é uma das poucas empresas de capital aberto que vendem materiais de acabamento.

14) Aracruz (ARCZ6) - Setor Papel e celulose - Potencial de alta de 33%: Apesar de sofrer com a queda de receitas provocada pela valorização do real, a Aracruz, maior fabricante mundial de celulose de eucalipto, vem melhorando os resultados com o aumento das vendas para China e Índia. As exportações concentram-se em celulose, mais lucrativa que o papel.

15) Perdigão (PRGA3) - Setor Alimentos - Potencial de alta de 33%: O segmento de carnes passou por um de seus piores momentos em 2005 e 2006, com os surtos de gripe aviária na Ásia e na Europa. Para os próximos meses, porém, o cenário é positivo. A demanda por produtos de proteína animal está em alta, especialmente na China e na Índia, e espera-se que os custos de produção diminuam devido à queda dos preços de insumos como milho e soja. Por estar num patamar baixo, as ações da Perdigão têm mais potencial de alta que as da concorrência.

16) Vale do Rio Doce (VALE5) - Setor Mineração - Potencial de alta de 33%: A fornecedora de um terço do minério de ferro consumido no planeta deve continuar aumentando sua produção para atender à crescente demanda da China. Espera-se um novo reajuste de preço do minério em 2008. Os analistas também elogiam as recentes aquisições de empresas feitas pela Vale - importantes para diversificar o portfólio de produtos.

17) Weg (WEGE3) - Setor Máquinas - Potencial de alta de 33%: A empresa consolidou-se como uma das maiores fabricantes de motores e equipamentos elétricos do mundo, conhecida por ofertar produtos com tecnologia de ponta. Tem sete fábricas no exterior, em países considerados promis sores, como China e México.

18) CCR Rodovias (CCRO3) - Setor Transportes - Potencial de alta de 32%: Maior grupo privado de concessões rodoviárias da América Latina, a CCR Rodovias é considerada forte candidata para vencer as licitações de estradas que a União e os governos estaduais devem promover nos próximos meses. Além disso, desde maio de 2006 as ações da CCR fazem parte da carteira do Índice Bovespa, o que dá mais liquidez aos papéis.

19) Usiminas (USIM5) - Setor Siderurgia - Potencial de alta de 32%: A perspectiva de crescimento econômico beneficia as siderúrgicas que, como a Usiminas, vendem para o mercado interno. Além disso, as ações da empresa continuam baratas se comparadas às de suas concorrentes internacionais.

20) Petrobras (PETR4) - Setor Petróleo - Potencial de alta de 32%: A estatal consolida-se como uma empresa de combustíveis, que investe em gás e biodiesel, além de aumentar sua produção de petróleo. A ação da Petrobras é quase obrigatória no portfólio dos estrangeiros que aplicam no Brasil. Quando o país obtiver o grau de investimento das agências de risco, a expectativa é que esses investidores aumentem seus aportes na Bovespa, o que deverá valorizar o papel.

Volatilidade e Flexibilidade

É importante destacar que as ações bam-bam-bams da Bovespa não são mais as mais requisitadas porque a valorização delas já foi estrondosa ao longo deste ano. Contudo, a bolsa não se resume apenas a Vale e Petrobras. Quem faz uma análise mais criteriosa pode, em vez de sair da bolsa neste momento de alta, arriscar ganhos tão significativos com papéis de segunda linha.

Um relatório divulgado pelo JP Morgan na semana passada causou rebuliço no mercado. O banco norte-americano divulgou relatório reduzindo sua recomendação para as ações da Vale. A análise é justamente de que os papéis já se valorizaram muito no último mês. Na Bovespa, as ações ordinárias subiram no mês passado 27,76% e as preferenciais, 28,57%. De janeiro até agora, estes papéis mais do que dobraram seu valor, refletindo uma perspectiva brilhante para a companhia.

Uma reportagem que saiu recentemente no jornal Valor Econômico mostrou um cálculo feito pela empresa de informações financeiras CMA. Ele revelou que as ordinárias (ON, com direito a voto) e preferenciais (PN, sem voto) da Petrobras juntamente com as ONs e PNAs da Vale contribuíram com 40% da alta do Ibovespa no período. A conta considera a alta dessas ações e a participação que elas possuem no índice. Desde o pior momento da crise, no dia 16 de agosto, juntas, ONs e PNAs da Vale subiram 51,2% e, com o peso de 11,68% que têm no Ibovespa, representaram seis pontos percentuais da alta de 25% do índice no período. Já as PNs e ONs da Petrobras subiram só 25,9%, mas como têm participação de 16,3% no Ibovespa, contribuíram com quatro pontos percentuais na alta do indicador.

Os 60% restantes da alta do Ibovespa ficaram a cargo dos outros 59 papéis que compõem o índice. O chefe de análise da CMA, Luiz Francisco Rogé Ferreira, disse que isso é sinal de que as ações de segunda linha subiram muito pouco, portanto, ainda possuem potencial para novas altas. Segundo ele, o desempenho do Índice Valor Bovespa de segunda linha (IVBX-2) é um sinal claro de como os papéis de empresas de menor porte estão atrasados. No ano, o índice sobe 21,55% ante 35,83% do Ibovespa.

Receita antecipa consulta ao 5º lote de restituição do IR

A Receita Federal liberou a consulta ao quinto lote de restituições do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). Ela pode ser feita na internet (www.receita.fazenda.gov.br) ou pelo telefone 0300-789-0300. Serão liberadas 1,684 milhão de declarações, sendo 1,559 milhão com imposto a restituir, que somam R$ 1,4 bilhão em valores nominais. Outros 85,1 mil contribuintes terão imposto a pagar e 40,4 mil não têm nada a restituir ou pagar.

As restituições estarão disponíveis para saque a partir do dia 15, com correção de 5,70%, referentes à taxa Selic do período de maio a setembro e acréscimo de 1% do mês de outubro. Quem não solicitou crédito em conta para a restituição deve procurar uma agência do Banco do Brasil ou ligar para os telefones 4004-0001 (capitais) e 0800-729-0001 (nas demais cidades) pedindo a transferência do dinheiro para qualquer banco em que seja titular de conta corrente ou de poupança.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Ter um ou mais carros na família? É bom fazer as contas!

A maior oferta de crédito e a redução dos juros provocou uma avalanche de ofertas para comprar um carro. Hoje é possível adquirir um automóvel com pagamento em até 84 meses, ou seja, sete anos. A grande parte da população observa apenas se o valor da prestação cabe no bolso. Mas também é bom observar o quanto a manutenção de um carro pode custar. Estrategistas mostram que para manter um automóvel popular zero-quilômetro, é preciso gastar mais que o valor de outro veículo a casa dois anos.

Veja a estimativa de gasto anual, desenvolvida por consultorias, para um Corsa 0 km, que custa hoje R$ 29.000,00.

IPVA + DPVAT: R$ 967,95

Licenciamento: R$ 47,36

Seguro: R$ 2.030,00

Combustível: R$ 3.000,00

Manutenção trimestral (óleo/filtros): R$ 128,00

Pneus (troca a cada 30 mil km): R$ 400,00

Lavagem: R$ 240,00

Estacionamento: R$ 260,00

Depreciação anual (10%): R$ 2.900,00

Por essas contas, você gastaria em um ano R$ 9.973,31 com a manutenção do seu carro. Isso dá R$ 831,10 por mês. Mais a prestação do carro... Será que o orçamento não vai estourar? Ou, será que vale abrir a mão de outro tipo de consumo para ter mais de um carro na família? É bom pensar duas vezes antes de fazer a compra!

Não foi considerado aqui o “custo de oportunidade” – outros R$ 2.320,00 – que é a quantia que sua família deixaria de ganhar se os R$ 29.000,00 fossem aplicados a juros de 8% no ano.

Outra comparação: Se, com o táxi ou transporte público, uma pessoa gastar R$ 20 por dia, serão R$ 440 por mês (22 dias úteis), ou R$ 5.280,00 por ano. Pode parecer muito, mas isso significa menos de 20% do que você gastaria com um carro extra. Com a diferença daria até para alugar um carrão ou até mesmo bancar passagem de avião para toda a família nas férias, além ter uma boa grana para os gastos.

Mais compras no cartão que à vista

O volume de compras parceladas no cartão de crédito passou o montante de transações realizadas à vista com o plástico pela primeira vez na história do mercado. A conclusão faz parte do estudo "Pagamentos parcelados: acesso ao crédito sem juros", parte da pesquisa Indicadores do Mercado de Meios Eletrônicos de Pagamento, realizada pela Itaucard.

Segundo o levantamento, no acumulado de janeiro a setembro deste ano, as compras parceladas responderam por faturamento de R$ 64,9 bilhões, ou 50,5% do volume total. Desse número, o parcelamento sem juros responde pela maior parte, 49,1%, e o parcelamento com juros participa com apenas 1,4%.

O cartão realmente é um facilitador do acesso ao crédito, mas é preciso ficar com o pé atrás. O cartão de crédito só serve para aqueles com disciplina orçamentária, ou seja, para aqueles que tem certeza que tem condições de pagar o valor integral da fatura no próximo mês. Se por um acaso, algum dia, você pagar o “mínimo” estipulado vai entrar numa fria. Os juros chegam a 10% ao mês, ou seja, em um ano a sua dívida mais que dobra. E, para piorar, os juros são compostos. É uma verdadeira bola de neve que pode de trazer sérios problemas. Então, se você não tem essa disciplina, rasgue o cartão de crédito e prefira o de débito. Assim você só vai poder gastar o que tem. E se você até tem disciplina, mas não consegue controlar os gastos, já que é tão fácil comprar com o cartão, também prefira a alternativa do débito. É praticamente uma poupança forçada.

Outro ponto interessante da pesquisa é que o parcelamento é a opção preferida pelas mulheres, que concentram 56% de seus gastos com o cartão nesta modalidade. Já os homens recorrem ao parcelamento em 46% de suas compras. O tíquete médio em cada um dos grupos é bem diferente: o do público masculino é de R$ 247, e o do feminino R$ 196. Segundo o estudo, os solteiros utilizam o cartão para parcelar 52% de suas compras, percentual um pouco acima ao registrado no grupo de casados, que é de 49%. Em relação ao tíquete, os casados média de R$ 231, valor 12% superior ao gasto médio de R$ 206 dos solteiros.

A Bovespa pode ir muito além dos 60 mil pontos

A chegada do Ibovespa, índice que mede a evolução do preço das ações mais negociadas na Bovespa, ao nível dos 60 mil pontos na última semana tende a ser apenas o primeiro patamar de uma aceleração com fôlego longo e durável. Algumas consultorias já trabalham com a previsão de que o Ibovespa suba a 67 mil pontos até o fim de 2007 e bata nos 75 mil pontos, em 2008.

Para o analista da HH Picchioni, Juliano Lima Pinheiro, a marca de 60 mil pontos é elevada se comparada com o desempenho de 2002, quando a bolsa paulista registrou 9 mil pontos. Para 2008, quando se espera atingir os 75 mil pontos, o atual patamar é baixo.

Na opinião de analistas, o otimismo justifica-se pelo fato de a escalada quase constante do índice, desde 2004, basear-se numa combinação de fatores relativamente duradouros, tanto externos quanto internos. Além disso, eles enxergam como próxima a possibilidade de o Brasil obter o "investment grade", a recomendação das agências internacionais de que é seguro investir no país. Isso, desde que nenhuma turbulência avacalhe.

Para o analista da Geraldo Corrêa Corretora, Alberto Mendes, a crise do subprime não acabou. Contudo, ele avalia que apesar de não estarmos imunes, estamos mais maduros. O mercado brasileiro foi o que reagiu de forma mais rápida às baixas amargadas em agosto e as perspectivas são ainda melhores.

O presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais de Minas Gerais (Apimec-MG), Paulo Ângelo Carvalho de Souza, descartou a possibilidade de uma "bolha". Ele disse que estamos atravessando um bom momento da economia brasileira, onde cada vez mais empresas estão abrindo capital e o número de investidores também está em expansão.

A Bovespa realmente está se tornando uma bolsa de um país estável, onde as empresas vão buscar capital e as pessoas vão buscar sua poupança. Para se ter uma idéia, ao final de agosto, a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) contabilizava 284.005 contas de investidores pessoa física.

Um dica unânime dos analistas: o investidor pessoa física deve voltar as atenções para os indicadores das empresas e não para o sobe-e-desce da bolsa. "O trader, aquele que compra e vende ações diariamente, com o objetivo de maximizar ganhos, tem que tentar vender na alta e comprar na baixa. Mas o investidor comum tem que ter planejamento, disciplina e visão de longo prazo", me disse o presidente da Apimec. Para o Paulo Souza, o ideal é observar os indicadores das empresas das quais se pretende investir.

A presidente do Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças de Minas Gerais (Ibef-MG), Marisa Maldini, ponderou que se a pessoa não investiu até o momento, é preferível esperar mais um pouco. Entrar na bolsa na alta pode reduzir a possibilidades de ganhos mais altos.

Uma nova forma de ganhar com papéis de empresas

Saiu na Revista Exame:

A renda fixa ainda pode ser um bom investimento, apesar da queda da Selic, a taxa referencial de juros da economia. Quem quiser ganhar mais dinheiro nesse mercado, porém, deve se preparar para ir além dos tradicionais fundos DI e buscar alternativas mais sofisticadas e, claro, mais arriscadas.

As preferidas dos especialistas consultados pelo Guia EXAME de Investimentos Pessoais são duas aplicações financeiras de nomes nada simpáticos, mas que prometem retornos atraentes: os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), como o próprio nome diz, ligados ao setor da construção, e os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), usados por bancos e companhias de todos os setores. Esses produtos são compostos de títulos que representam contas futuras que uma empresa tem a receber. Um exemplo comum são os empréstimos bancários. Muitos bancos transformam em FIDCs o fluxo futuro dos pagamentos de empréstimos que têm a receber de seus clientes. Depois, vendem esses FIDCs a investidores, que recebem um rendimento periódico. No caso dos CRIs, os melhores exemplos são de construtoras que convertem em títulos os aluguéis e as prestações da casa própria que têm a receber. São investimentos de prazo determinado, que geralmente duram de três a sete anos.

Para o investidor, a vantagem dessas aplicações é a possibilidade de obter retornos superiores aos juros do mercado (a taxa Selic), que estão em 11,25% ao ano. Hoje, a rentabilidade dos FIDCs varia de 12% a 17% ao ano. Já os CRIs costumam pagar juros mais a variação de um índice de inflação - e são isentos de imposto de renda.

Produtos compostos de dívidas de companhias de grande porte, como Ambev, Gafisa e Vale do Rio Doce, são considerados seguros, porque o perigo de inadimplência é baixo. Já as operações das factorings, empresas que compram e administram cheques pré-datados, duplicatas e outros créditos de empresas de pequeno e médio porte, são mais arriscadas. Para ficar a par do risco que corre aplicando nesses produtos, o investidor pode consultar os relatórios das agências internacionais de classificação de risco, como Moody's e Standard & Poor's. Até hoje, porém, nenhum CRI ou FIDC lançado no Brasil apresentou problemas sérios, como deixar de pagar os investidores.

Para o investidor brasileiro, o grande risco dos CRIs e dos FIDCs é a baixa liquidez - ou seja, uma vez que se aplica num desses produtos, é difícil sair antes do vencimento. "É um risco e, por isso, o ideal é aplicar no máximo 10% do patrimônio nesses produtos", diz Betti, da Beta Advisors. Seguir esse limite, no entanto, pode ser um problema. Isso porque a maioria dos CRIs e FIDCs do mercado exige aplicações mínimas elevadas, de mais de 300 000 reais. A boa notícia é que algumas empresas começam a criar produtos mais acessíveis, com investimento mínimo a partir de 10 000 reais.

"Banco tem de divulgar tarifas e cliente deve compará-las"

Reproduzo aqui um ótimo artigo da Mara Luquet sobre a obrigação dos bancos em divulgar tarifas e do cliente em compará-las

"Um recente estudo elaborado pela consultoria legislativa da Câmara dos Deputados, a pedido da Comissão de Defesa do Consumidor, deu o pontapé inicial em uma discussão que estava esquecida: a cobrança de tarifas bancárias no Brasil.

Segundo o trabalho, a receita dos bancos com tarifas bancárias aumentou em 130% (em termos reais) no período entre janeiro de 1996 a março de 2006. Parte do aumento é resultado da consolidação bancária, que provocou o crescimento do número de correntistas por instituição. Nesse mesmo período, contudo, o custo total dos bancos caiu em 37% (também em termos reais).

O estudo, assinado pelo consultor legislativo Luiz Humberto Cavalcante Veiga, mostra que o crescimento da oferta de crédito também aumentou a possibilidade de os bancos elevarem tarifas. "Acompanhando a evolução das tarifas de abertura de crédito, podemos observar que algumas instituições majoraram, em média, seus preços em mais de 920% em menos de cinco anos", diz o estudo. Nos financiamentos, as tarifas chegam a representar um acréscimo de 20% a 40% do custo efetivo do bem que está sendo financiado. O que é ainda mais grave é que esta informação não está clara para o cliente. A íntegra do estudo sobre tarifas bancárias você pode ler na página www2.camara.gov.br/internet/publicacoes/estnottec/tema12/2007_6449.pdf

O que parece, pelos diversos números apresentados no estudo, é que o cliente não conseguiu se apropriar de nenhum ganho do processo de consolidação do sistema financeiro. Pior, a concorrência bancária não está funcionando e a falta de informações pode ter um grande peso.

O governo quer padronizar os nomes das taxas e limitar a quantidade de cobranças. A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) diz que basta ser transparente, dar informações ao mercado e deixar a concorrência funcionar.

Para muitos analistas ouvidos por esta coluna, o caminho apontado pela Febraban é a melhor rota para o bom funcionamento do mercado e dificilmente o governo vai baixar alguma medida para tabelar tarifas.

Mas, para fazer a concorrência funcionar, são necessárias duas premissas básicas: os bancos fornecerem informações confiáveis e você fazer uso delas. Se você não se movimentar, vai ficar difícil.

A primeira parte do processo já está difícil de decolar. A Febraban criou o Sistema de Divulgação de Tarifas de Serviços Financeiros, ou Star. Você acessa o site www.febraban.com.br e, no Star, você consegue comparar 46 serviços oferecidos por 11 diferentes bancos. Um universo bastante reduzido, mas já é um começo. Mesmo que seu banco ainda não tenha colocado as informações na página, você terá os dados de alguns dos seus concorrentes, o que é um instrumento para negociação com seu gerente.

Sempre vale a pena frisar que você é um ativo para o banco e, portanto, ele só cobrará tarifas absurdas, se você pagá-las. Experimente negociar tarifas e você poderá ter uma grata surpresa.

Mas há um problema com o Star. A própria Febraban deixa claro que não garante as informações que estão no sistema. Diz a Febraban: "O registro e a manutenção dos dados no Star são de total responsabilidade das instituições financeiras...". Além disso, diz ainda a Febraban: "Os itens listados no Star não representam todos os produtos e serviços oferecidos ou prestados pelas instituições participantes do sistema, mas apenas os mais básicos e mais utilizados por clientes pessoas físicas". Ou seja, como diz a própria Febraban no texto, podem ocorrer diferenças entre os preços indicados e aqueles realmente pagos pelos usuários.

Mas, se é para ser assim, melhor ficar com o que já se tem hoje na página do Banco Central na internet (www.bacen.gov.br) que traz uma relação das tarifas de todos os bancos. O Star facilita muito a comparação porque não é um sistema estático, ele faz comparações de acordo com o que pedir o consumidor, foi criado recentemente como resposta à intenção do governo de padronizar tarifas. O Star foi criado para dar mais transparência, segundo a Febraban. Mas em que avançou o Star ao que já se tem hoje? Em outras palavras, para o Star funcionar de verdade os bancos precisam que o sistema seja uma ferramenta útil, com informações relevantes, consistentes e confiáveis.

No próximo dia 18, haverá uma nova reunião da Comissão de Defesa do Consumidor na Câmara, em que estarão parlamentares e técnicos do Banco Central, do Ministério da Justiça, da Fazenda e do Ministério Público."