sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Pergunta

Um leitor do Dinheiro Minas escreveu:

“Meu nome é Luciano e fiquei deslumbrado com as informações que obtive em seu blog sobre mercado financeiro. Tenho 31 anos. Bacharel em Direito. Renda de estável e estou paquerando o mercado de ações, sozinho. Ainda não tenho o conhecimento suficiente para operar sozinho como home broker numa corretora. Também não concordo com as taxas cobradas nos fundos de investimentos via bancos. Mas também não encontrei um clube de investimentos em belo horizonte em que eu possa começar. Então pergunto-lhe se você sabe onde encontro esses clubes para começar? Sei que não é de sua alçada mas desde já agradeço a ajuda, já que estou navegando pela NET e não consegui ninguém próximo que conheça do mercado ou que possa me orientar."

A resposta pode ser de interesse de outros:

Também passei por esse processo de paquera e agora estou namorando. Tenho muito que avançar neste relacionamento, mas estou caminhando para isso. O que aconselho a fazer é o que sei que muitos bons investidores fizeram. Grande parte começou com dois cursos: um sobre mercado de ações com ênfase técnica e outra fundamentalistas. É mais simples do que você imagina. Ao mesmo tempo, entre em um site e faça uma simulação para saber o seu perfil: conservador, moderado ou arrojado. O www.bovespa.com.br, no link iniciantes, tem tudo isso. Também é interessante organizar suas finanças pessoais para cada vez mais sobrar dinheiro para você investir. Se quiser começar com clube de investimento, que realmente considero melhor que fundo, entre nos sites das corretoras daqui de BH e procure-os. Existem clubes para os três perfis. Atenção! Não deixe de observar as taxas. No meu blog, na coluna da direita, tem a agenda de cursos e o telefone de todas as corretoras.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Análise técnica: aplicação de R$ 10 mil em ações da Usiminas vira R$ 3,42 milhões, em 10,7 anos

As incertezas que assombram 2008 forçam a definição de estratégias, mesmo considerando que bolsa de valores é um investimento de longo prazo. Uma maneira interessante de decidir quando comprar e quando vender ações é por meio de gráficos que cruzam as médias móveis exponencial e aritmética. Isso permite de você saia na tendência de queda e entre na de alta. Calma! Isso não é nenhum bicho de sete cabeças. O homebroker de muitas corretoras disponibilizam esses gráficos para os seus clientes, em tempo quase real.

A média mais indicada para conservadores é a 9/40. A média 9 representa uma linha e a 40, outra linha. Depois de entender o funcionamento, você precisa ter em mente apenas que quando elas cruzarem e a média 9 for maior que a 40, é hora de comprar. Ao contrário, se for menor, é hora de vender.

Olha que interessante... A XP Investimentos fez um estudo histórico que revela, assustadoramente, a importância desse monitoramento. Leva-se em consideração uma aplicação inicial de R$ 10 mil na compra de ações da Usiminas, em fevereiro de 2007. Depois de 10,7 anos, quem deixou o investimento parado (Buy&Hold) viu ele render 2.262,08%, ou 34,38% ao ano, ou 2,46% ao mês. Com isso, sua aplicação de R$ 10.000,00 multiplicou-se para R$ 236.207,98. Excelente, não?

Então, o que acha disso? Quem comprou e vendeu os papéis nos cruzamentos apontados pelo gráfico de média 9/40, viu o seu dinheiro render 34.141,68%, ou 72,52% ao ano, ou 4,58% ao mês. Ao todo foram 57 operações – o que considerei pouco, tipo uma por bimestre. O resultado: sua aplicação de R$ 10.000,00, em 10,7 anos, atingiu (nem sei qual verbo utilizar) R$ 3.424.168,43. Isso mesmo! Mais de 3 milhões.

Bom! Isso foi feito com a trajetória de um papel. É passado. Resta saber com qual empresa "casar" para ter um desempenho desse.

Bovespa + BM&F = segunda maior bolsa das Américas

Caso a fusão entre a Bovespa e a BM&F se confirme, a bolsa resultante será a segunda maior das Américas, à frente até mesmo da Bolsa de Nova York, segundo cálculos da Economática. A maior bolsa do continente, em valor de mercado, é a Mercantil de Chicago (CME).

A Bovespa e a BM&F abriram o capital no segundo semestre de 2007 e foram algumas das companhias que mais perderam com a turbulência global. Além do vaivém dos mercados, sofreram com a decisão do governo de elevar a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) do setor financeiro.

A Bovespa debutou no pregão da bolsa paulista em outubro, com ações cotadas por R$ 23. Em 23 de janeiro, os papéis chegaram ao fundo do poço: R$ 21,80. A BM&F iniciou seus negócios em pregão no fim de novembro, com as papéis valendo R$ 20. Também em 23 de janeiro, bateram em R$ 13,80. O valor de mercado combinado da Bolsa brasileira, levando-se em conta as cotações de ontem, alcançaria US$ 20,3 bilhões.

Segundo fontes do mercado, a instituição se situaria entre as cinco maiores do mundo. A transação também ocuparia lugar de destaque no ranking brasileiro das maiores fusões e aquisições de todos os tempos.

(Com Estado de São Paulo)

Cautela

O "surpreendentemente fraco" índice de atividade regional divulgado na semana que passou pelo Federal Reserve indica que os EUA poderão sofrer uma recessão tão intensa quanto a de 1990, muito pior do que a de 2001, segundo avaliação da Merrill Lynch. Essa não foi a primeira notícia que assustou os investidores brasileiros. A crise norte-americana está trazendo bastante incertezas para quem se acostumou, ao longo dos últimos cinco anos, a ganhar sempre na bolsa. Em janeiro, mês de expectativas para muitos investidores iniciantes, a Bovespa fechou com perda de 7%. No entanto, apesar dos pesares, a bolsa ainda está em primeiro lugar na listas dos investimentos mais rentáveis. Ou seja, a bolsa não vai registrar em 2008 melhor desempenho que o verificado nos anos anteriores, mas ainda é uma das (se não for a melhor) formas de fazer o seu dinheiro render. A recomendação dos especialistas é somente que o investidor corra menos risco.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Mulheres x aposentadoria

Até pouco tempo a instabilidade econômica e os altos índices de inflação impediam as pessoas de fazerem um planejamento financeiro de longo prazo. O cenário brasileiro mudou, mas a cultura da população nem tanto. Pensar na aposentadoria enquanto jovem ainda é algo considerado bem precoce, apesar de ser cada vez mais fundamental. No entanto, muitos começam a rever conceitos, principalmente as mulheres, segundo levantamento do BrasilPrev.

A instituição apurou que cresceu significativamente o número de mulheres que contribuem com a previdência privada. Em 2001, elas representavam 37% da base de clientes. Em 2007, atingiram 41%. O interessante é que quase a metade deste grupo tem até 30 anos e que 31% também fazem previdência privada para os filhos. Este é um dado bastante interessante, uma vez que confirma a consolidação de uma nova geração de investidores.

Aquela mulher que abria a mão do futuro para atender a atual demanda da família, um erro muito comum não só do brasileiro, começa a desaparecer. Não que ela tenha deixado filhos e marido de lado. É que agora a mulher contemporânea faz planejamento para conquistar todos os seus desejos e ser feliz da juventude à velhice.

Em ano de cautela, analistas sugerem papéis de empresas sólidas. Vale é uma indicação praticamente unânime.

Passada a percepção exacerbada de riso e consolidado um cenário mais claro para ao longo de 2008, os fundamentos das empresas voltam a ser avaliados. Mesmo assim, a cautela não deve ser descartada. Os analistas frisam que é bom evitar ativos de risco, mesmo que possuam grande potencial de valorização. Eles sugerem investimentos em papéis de empresas sólidas, que no médio e longo prazo devem voltar a se valorizar. Entre as indicações, destaca-se a Vale.

Algumas informações divulgadas recentemente são bastante interessantes para o investidor que quer comprar ações da mineradora.

A Vale é líder mundial em geração de valor ao acionista, segundo a pesquisa The 2007 Value Creators Report , realizada anualmente pelo Boston Consulting Group, e que avalia o desempenho de 5000 empresas consideradas large-caps (com valor de mercado superior a US$ 50 bilhões) em 44 países. Entre 2002 e 2006, a mineradora brasileira teve um retorno médio de 54,6% ao ano no período, conquistando o primeiro lugar no ranking, ficando à frente de gigantes globais como: América Móvil (México); Apple e Boeing (EUA); Toyota, (Japão); BAT, (Reino Unido), além de BHP Billiton e Anglo American.

Já um estudo elaborado pela área de Relações com Investidores da Vale mostra que entre 2002 e 2007, a Vale também foi a empresa que mais gerou valor ao acionista:


Importante frisar ainda que a Vale foi a empresa estrangeira preferida pelos investidores de Wall Street em 2007. O ranking da negociação média diária de ADRs no ano passado mostra que a mineradora brasileira ficou em primeiro lugar, seguida pela Petrobras.


domingo, 10 de fevereiro de 2008

Jovens estressados

Pesquisa realizada pelo Hospital do Coração de São Paulo, com 441 executivos entre 20 e 30 anos, constatou que 59% deles estão com alto índice de estresse. Já dos pacientes de 30 a 40 anos, o índice é de 45%.

O motivo não é nenhuma grande novidade: é o estilo de vida. Do total, 60% têm dificuldade em realizar atividade física regular e outros 87% em ter uma atividade de lazer.

A pesquisa também apontou a relação do estresse com as características da personalidade desse jovem executivo. 20% dos entrevistados disseram que possuem conflitos familiares e alteração significativa do humor, como ansiedade, irritabilidade e depressão. Outros dados interessantes: 82% possuem indicação para psicoterapia, mas apenas 21% a realizam, e 29% possuem prejuízo na qualidade do sono.

Com essa pesquisa lembrei-me de um pensamento, tenho quase certeza que é do Dalai Lama, que diz mais ou menos o seguinte: É difícil entender o homem... Ele gasta toda a sua saúde para ganhar dinheiro e, no fim da vida, gasta todo o seu dinheiro para ter saúde. Por isso, jovens estressados, é bom repensar a rotina!