sábado, 22 de dezembro de 2007

O mercado de capitais em 2008, segundo Paulo Ângelo Carvalho de Souza, presidente da Apimec-MG

Perguntei ao presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado Mercado de Capitais em Minas Gerais (Apimec-MG), Paulo Ângelo Carvalho de Souza, sobre 2008...

Para ele, os principais motivos para investir na bolsa são:

1. Os fundamentos da economia brasileira continuam sólidos e o risco pais está em queda.

2. Olhando para as empresas observa-se que todas estão super saudáveis: bons resultados, crescimento consistente e bem posicionadas no mercado interno e no mercado externo. Melhorou muito a transparência das principais companhias. Além disso, comparando-se os múltiplos com similares globais percebe-se espaço para crescimento e valorizações.

3. Apesar de alguns problemas pontuais (sub-prime, por exemplo) a economia internacional encontra-se estável e com grande liquidez e a procura de bons ativos para alocação de recursos.

As ações que sinalizam, hoje, grande potencial para o próximo ano são:

Setores petroquímico, siderúrgico, bens de consumo e construção.

As principais ameaças a serem observadas de perto ao longo de 2008 são:

1. Sempre importante estar de "olho" na economia americana, já que existe risco de recessão. Mas, não esquecendo que haverá eleições nos EUA, o que deve ser positivo.

2. O excesso de liquidez pode representar algum risco em relação a algum desequilíbrio inflacionário, o que poderia implicar em movimentos nas taxas de juros.

3. Desequilíbrios políticos regionais podem induzir a tensões que ocasionem instabilidade, obrigando investidores a procurarem "porto seguro" (títulos americanos).

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

UBS com pé atrás e Citi otimista

Análise do UBS considera que o ambiente de menor crescimento econômico em 2008, puxado pela desaceleração da economia dos Estados Unidos, acarretará maiores riscos aos investimentos, além de retornos mais discretos em muitas classes de ativos. Por outro lado, relatório do Citigroup demonstra que mercados acionários da América Latina ainda possuem um forte potencial de valorização, apesar de projetarem para o exercício a conclusão de um ciclo de seis anos de ganhos para as bolsas latino-americanas. Os analistas da instituição acreditam que o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, deve fechar o próximo ano no nível de 80 mil pontos. Hoje, o Ibovespa oscila em torno de 65 mil pontos.

Receita Federal depositou o sétimo e último lote de restituições do IR 2007. Se você não recebeu em nenhum dos lotes pode ter caído na malha fina!

As consultas ao lote estão disponíveis pela internet (www.receita.fazenda.gov.br) e pelo Receitafone (0300 789 0300) desde o dia 10 de dezembro. O dinheiro virá corrigido em 7,47%, referentes à taxa Selic de maio a novembro e 1% de dezembro.

Quem não informou a conta-corrente para crédito da restituição poderá ir a uma agência do Banco do Brasil e pedir a transferência do dinheiro para qualquer banco em que seja correntista. A restituição ficará disponível no banco pelo prazo de um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse tempo, deverá requerê-lo com o Formulário Eletrônico - Pedido de Pagamento de Restituição -, disponível na internet.

Se você não foi incluído em nenhum lote significa que pode ter sido retido na malha fina. Neste caso, o prazo de liberação da declaração é de até cinco anos, contados a partir do ano seguinte da entrega da documentação. Este ano, a Receita Federal do Brasil informou que 479.712 declarações caíram na malha, seja por irregularidades em despesas, ou por problemas com documentação, ou divergência de fonte pagadora, entre outros motivos.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Oferta pública do BB atinge R$ 3 bi e fixa preço de R$ 29,25 por ação

A oferta pública do Banco do Brasil fixou o preço por ação de R$ 29,25 após processo de "bookbuilding" (manifestação de interesse dos investidores). Os vendedores, BNDESPar e a Previ (fundo de ações dos funcionários do BB), devem oferecer 87,217 milhões de ações ordinárias, com um possível lote suplementar de 13,082 milhões. A esse preço, a oferta atinge R$ 3,061 bilhões, com liquidação financeira prevista para o dia 19.

Todo o dinheiro será integralmente repassado para o Previ e BNDESPar. Após a oferta, a Previ passa a deter 10,8% das ações ordinárias do BB (ante 11,4%, atualmente), enquanto a BNDESPar terá 3% das ações (hoje tem 6,7%). O Tesouro Nacional, o acionista principal, mantém a fatia de 67,1%. As ações objeto da oferta passam a circular no mercado a partir do dia 17. O período de reservas para os papéis encerrou na terça-feira.

Fonte: Folha On Line

CPMF

O ministro Guido Mantega declarou que as metas fiscais estão mantidas, mesmo com a perda da CPMF. O mercado escutou as declarações, mas ficou com o pé atrás. Vai esperar para ver se a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP), uma dos principais indicadores sobre a estabilidade econômica, continuará caindo. A DLSP, que equivalia a 47% do PIB em 2004, corresponde hoje a 43%.

Enquanto a sinalização de queda não é demonstrada, a bolsa cai, o real desvaloriza e os juros aumentam. Isso porque com menor receita, acredita-se que o governo terá que cortar gastos. Em quê? Ainda não se sabe. Particularmente, espero mesmo que não reduza o superávit primário e corte o pagamento dos juros da dívida. O ideal seria enxugar os gastos com a máquina pública e não com investimentos, mesmo porque o governo registra recordes de arrecadação a cada mês.

Não dá para negar: estou adorando o fato de não pagar mais CPMF em movimentações financeiras. O erro foi o governo não ter se preparado para garantir sua saúde financeira sem a contribuição (e não imposto), ainda mais provisória.

O Brasil subiu uma posição e ocupa o sexto lugar no ranking sobre confiança de investidores estrangeiros feito pela consultoria AT Kearney *

O Índice de Confiança para Investimentos Estrangeiros Diretos 2007, publicado anualmente pela consultoria, listou os 25 países "mais atraentes" na avaliação de executivos de grandes empresas.

Pelo quinto ano consecutivo, a China liderou o ranking. Em segundo veio a Índia, repetindo o resultado do ano passado, seguida pelos Estados Unidos. Ainda na frente do Brasil, estão Grã-Bretanha e Hong Kong. A Rússia- que junto com Brasil, Índia e China forma o grupo dos BRICs - veio em nono lugar.

Brasil e México (que ficou na 19ª posição) foram os únicos países latino-americanos avaliados na pesquisa.

O relatório mostrou que os fatores que mais influenciaram na determinação do grau de confiança dos investidores foram os riscos da economia americana, a volatilidade do dólar e o aumento das taxas de juros.

De 2006 para 2007, a percepção dos investidores externos em relação ao Brasil melhorou 30%, a terceira melhor numa lista de dez países. A Índia registrou a maior melhora na percepção de investidores (36%), seguida pela China (35%). A Rússia ficou em nono (23%).

A pesquisa ainda avaliou o índice de confiança de investidores por região e mostrou que para os investidores asiáticos, o Brasil é o quarto mais "confiável" para investimentos. Nas primeiras posições estão países da própria região: China, Índia e Vietnã.

O Brasil cai para a oitava posição no índice de confiança dos investidores europeus e para sétima no dos norte-americanos.

*Saiu na BBC Brasil

sábado, 8 de dezembro de 2007

As principais empresas do portfólio da Geração Futuro

A Geração Futuro, na gestão dos R$ 7 bilhões em ativos (exclusivamente ações), provenientes de seus mais de 45 mil investidores, tem direcionado recursos para a formação de relevantes participações no capital de algumas das principais empresas brasileiras. A Carta Mensal da Geração Futuro apresenta em dezembro uma análise das nove principais companhias que compõem a carteira da corretora. Sete delas já superaram a barreira de faturamento de US$ 1 bilhão e juntas representam cerca de 70% de todos os recursos investidos. São elas: Petrobrás (18%), Votorantim Celulose e Papel (12%), Usiminas (10,8%), Gerdau (9%), Randon (8,4%), Weg (7,6%), Guararapes (2,1%), Forjas Taurus (12,3%) e Plascar (7,9%). As outras aplicações somam 11,9%.

Clique aqui e confira a íntegra da Carta Mensal da Geração Futuro.

Finalmente conseguiremos saber o que realmente pagamos de taxas e impostos para os bancos

O Conselho Monetário Nacional (CMN) reduziu de 55 para 20 o número de cobranças bancárias para pessoa física e, além disso, os nomes das tarifas terão de ser iguais em todos os bancos. Com essa padronização e transparência poderemos, enfim, comparar e saber qual banco é mais adequado para nossas finanças. Adotando este comportamento estaremos ainda estimulando a concorrência entre as instituições financeiras, o que pode levar à redução de tarifas.

Vale um alerta. A partir de 30 de abril de 2008, as tarifas bancárias só poderão ser reajustadas a cada 180 dias. No entanto, nada impede que os bancos aumentem as tarifas até essa data, período em que vale a regra atual de comunicar os reajustes com 30 dias de antecedência. É bom ficar de olho.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

A Neiva, leitora do Dinheiro Minas, fez perguntas sobre previdência privada e as respostas podem ser de seu interesse também.

Ela perguntou: “O que acontece com o dinheiro poupado durante longos anos, se o banco ou empresa em que está aplicado falir, quebrar ou algo assim?” Teoricamente, nada! Os planos de previdência são estruturados na forma de fundo de investimentos e, por isso, são considerados uma empresa a parte, já que possui um CNPJ diferente. Dessa forma, o banco não pode realizar operações e nem cobrir rombos com os recursos do fundo, o que garante uma segurança muito maior do que outras aplicações em caso de falência.

A outra dúvida: “Ouvi dizer que os planos podem ser trocados de financeira para outra, respeitado um prazo de portabilidade ou algo assim. Pois bem, ouvi também dizer que os planos têm que ser exatamente iguais para poderem migrar de uma instituição para outra. Só que cada banco ou instituição cria uma porção de nominhos diferentes para os planos e você fica na dúvida se eles são mesmo iguais. Como é isso?” Esses “nominhos” mais que fidelizar o cliente, o obriga a manter-se na instituição justamente pelos inúmeros detalhes que nos levam a desistir de fazer qualquer coisa. Mas, no fundo, todos seguem regras únicas do mercado. Por isso, realmente existe a possibilidade de troca de administrador. Caso você queira fazer uma mudança, pergunte sobre taxas bancárias, prazos, incidência do imposto de renda tanto do primeiro banco, como no segundo. Ter paciência e comparar é muito importante. Outra coisa, nunca acredite em promessas extraordinárias. Os bancos já padronizaram discursos para conseguirem bater metas a custa da manipulação do cliente. É quase uma lavagem cerebral.

Veja a última postagem sobre previdência privada. Tem alguns detalhes interessantes! Clique aqui.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Analistas recomendam ações do Banco do Brasil

O investidor tem até o dia 11 para comprar ações do Banco do Brasil. Em uma oferta secundária, voltada sobretudo para o varejo (com até 80% dos papéis endereçados para pessoa física), foram colocadas à venda 87,217 milhões de ações ON pertencentes a BNDESPar e Caixa de Previdência dos funcionários do Banco do Brasil (Previ).

O candidato às ações poderá comprá-las por intermédio de uma corretora, em aquisições a partir de R$ 1 mil, ou por meio de fundos de ações, que aceitarão aplicações a partir de R$ 200,00. As carteiras serão especialmente estruturadas para a operação e distribuídas pela rede bancária, a exemplo das edições do fundo Papéis Índice Brasil Bovespa (PIBB) e das ofertas de Vale do Rio Doce e Petrobras, com recursos do FGTS. O próprio BB, assim como outros bancos, já têm fundos específicos registrados na na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Considerando-se uma taxa de administração de 1,5% ao ano e o imposto de renda, aplicar nos fundos compensa para investimentos de até R$ 3 mil. Acima disso, a aquisição direta seria mais vantajosa. Esses valores são apenas estimativas e a despesa final do investidor dependerá da política de tarifa de cada corretora ou administrador. Vale lembrar que para vendas de ações em volume inferior a R$ 20 mil ao mês não há, para a pessoa física, incidência do IR e nem cobrança da CPMF. Já nos fundos, o IR equivale a 15% do rendimento na data do resgate, sem CPMF apenas para quem transfere os recursos da conta investimento.

Quem comprou as ações do Banco do Brasil em junho do ano passado está hoje com o sorriso de orelha a orelha. Em menos de um ano e meio, os papéis subiram 79%, oferecendo aos investidores ganhos acima dos registrados pelo Ibovespa. E ainda há mais espaço para valorização, segundo os especialistas.


Entre os papéis do setor bancário listados no Ibovespa, o BB é o que sobe mais no ano, 38,6%, embora ainda perca para o índice, 39,8%.
Pela base de dados da Thomson One Analytics, das 12 corretoras que cobrem as ações, 11 indicam compra. Na média, o preço alvo é de R$ 36,65, ante os R$ 28,80 atuais, em razão da expansão do crédito e da melhora dos índices de eficiência. Nos primeiros nove meses do ano, o banco obteve um retorno sobre o patrimônio de 31,7%, acima de Bradesco (20,5%), Itaú (18,6%) e Unibanco (16,3%).

Faça o que eu falo, mas não o que faço


Estive na semana passada no Espírito Santo para a cerimônia de inauguração da expansão de 50% da produção de aços longos da ArcelorMittal Tubarão (antiga CST), para 7,5 milhões de toneladas, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em seu discurso, fez um comentário muito curioso. Para uma imensa platéia de grandes empresários - entre eles Jorge Gerdau e fornecedores do setor siderúrgico - enfatizou que a população deve utilizar o 13º salário, seguindo o exemplo do governo. Repetindo suas palavras: "não se pode gastar mais do que ganha. Senão, mais dia menos dia, a dívida aparece". Concordo! Inclusive, com essa declaração me lembrei de um ditado, aquele que diz "faça o que eu falo, mas não o que faço". Já referindo-se ao crescimento econômico do Brasil, Lula frisou que "o alicerce para a construção do castelo está pronto" e que só faltam "alguns ajustes".

O mercado está especulando sobre fusão entre BM&F e Bovespa

O Wall Street Journal publicou uma reportagem chamando a atenção para o fato de que boa parte dos interessados nas ações da BM&F estarem ligados às mesmas corretoras que já controlam a Bovespa. Um negócio que poderia ser interessante, se levado em consideração a possibilidade de reduzir custos e atrair parceiros estrangeiros, justamente no momento em que bolsas de todo o mundo querem se internacionalizar.


Em entrevistas, o diretor-geral e de RI da Bovespa Holding, Gilberto Mifano, não negou a possibilidade, mas afastou novidades no curto prazo. O presidente da Bovespa, Raimundo Magliano, reforçou a posição, ao afirmar que não há nenhuma fusão sendo negociada. A BM&F divulgou uma nota negando qualquer negociação.

Tudo pode mudar e é bom ficar de olho. Essa pode ser mais uma oportunidades de ganhos.

Quem comprou ações da BM&F fez um bom negócio, apesar de ter podido ser melhor ainda

A expectativa dos investidores brasileiros em torno da estréia histórica da BM&F no mercado de ações transformou-se em valorização dos papéis da instituição, no pregão da Bovespa. A demanda pelos papéis foi tão grande, que chegou a congestionar o sistema de negociações eletrônicas da Bovespa, o Mega Bolsa, e atrasou o início do pregão em mais de uma hora. Ainda assim, a valorização do papéis da BM&F não chegou sequer à metade da registrada no primeiro dia de pregão dos papéis da Bovespa, há cerca de um mês.


Negociadas sob o código BMEF3, as ações da BM&F fecharam o dia com valorização de 22%, ao preço de 24,40 reais por papel - o preço inicial definido era de 20 reais. A oscilação durante o dia atingiu o pico de 30%.


A trajetória da curva de valorização refletiu a ansiedade dos acionistas pela possibilidade de ganhos semelhantes aos obtidos com as ações da Bovespa Holding, que em seu primeiro dia de negociação, em 26 de outubro desse ano, subiram 52% - dos 23 reais fixados inicialmente chegaram a 35,20 reais por unidade.


Na esteira do interesse pela Bovespa, as ações da BM&F provocaram uma corrida às corretoras, nas últimas semanas. Além das quase 300 mil pessoas que já tinham contas cadastradas para comprar e vender ações, os bancos receberam nas últimas semanas vários pedidos de interessados em começar a operar na Bolsa de Valores. As estimativas extra-oficiais, por sua vez, apostam que o número de cadastrados para levar ações da BM&F chega a 280 mil, quatro vezes mais do que os registrados na oferta da Bovespa.


A demanda dos investidores seguiu elevada mesmo após a determinação da BM&F de que cada pessoa física que reservou ações no IPO terá direito a apenas 91 papéis da empresa, correspondentes a um valor total de 1.820 reais. O montante foi considerado muito baixo, uma vez que o valor mínimo de reserva de ações havia sido fixado em 5 mil reais, ou seja, mais de 150% maior que o que realmente será comprado.


No IPO, a Bolsa de Mercadorias & Futuros havia informado que destinaria entre 10% e 20% de suas ações para os investidores não-institucionais. O percentual definido ainda não foi divulgado, mas é provável que o volume de ações reservado às pessoas físicas tenha ficado mais próximo do piso de 10%. Isso aconteceu no IPO da Bovespa, que teve mais de 60 mil investidores pessoas físicas. No entanto, na Bovespa cada um conseguiu até R$ 12.098.


Além das pessoas físicas, a BM&F também havia se comprometido a destinar até 1% das ações a funcionários de corretoras. Cada empregado teve seu pedido integralmente atendido em até 5 mil reais ou 250 ações. Acima desse valor os pedidos foram atendidos em 40,347% do valor reservado.

Fonte: Revista Exame

Jobs, da Apple, é o homem de negócios mais poderoso do mundo, segundo a Fortune

A revista norte-americana Fortune anunciou o ranking dos 25 homens de negócios mais poderosos do planeta.


No topo da lista está o fundador e presidente da multinacional de tecnologia Apple, Steve Jobs. Ele é seguido pelo magnata das comunicações Rupert Murdoch, dono da News Corp., e por Lloyd Blankfein, presidente do grupo financeiro Goldman Sachs.


De acordo com a publicação, Jobs é o homem que ajudou a levantar o moral de cinco indústrias de uma só vez - computadores, cinema, música, varejo e telefonia celular, segundo a Fortune.


Outros poderosos que aparecem na lista são o megainvestidor Warren Buffet; Rex Tillerson, presidente da ExxonMobil, petrolífera que obteve lucros recordes no ano passado; o fundador da Microsoft, Bill Gates; o presidente da Toyota, Katsuaki Watanabe; Lee Scot, da varejista Wal-Mart; e o dono da Telmex, o mexicano Carlos Slim, com sua fortuna estimada em US$ 59 bilhões. Há espaço para dois indianos no ranking: o gigante do aço Lakshmi Mittal e Ratan Tata, presidente do conglomerado Tata Group.


O ranking deixa claro que o mundo dos negócios ainda é dominado por homens - apenas uma mulher, Indra Nooyi, presidente da PepsiCo, aparece na lista, na 22ª colocação.

Fonte: Estadão

Será que realmente precisamos de telefone fixo, além do celular?

Um em cada cinco lares da Europa utiliza apenas o telefone celular como opção para comunicação, dispensando totalmente a linha fixa, segundo pesquisa realizada pela Eurostat, órgão de estatísticas da Comissão Européia.

O levantamento mostra que a Lituânia é o país que mais dispensou a telefonia fixa, com 48% das casas usando exclusivamente o celular. A Finlândia ficou em segundo, com 47%. A média entre os países da União Européia é de 18% das casas sem telefone fixo.


A pesquisa revela um "racha" entre os antigos e os novos membros da União Européia no que se refere ao uso da telefonia fixa. Os países mais antigos no bloco, como Alemanha e a Grã-Bretanha tendem a ter menos casas com uso exclusivo de celulares (11% e 13%, respectivamente) do que nações recentemente admitidas, como a República Checa (42%).


Uma das explicações para a diferença é o fato de a penetração da telefonia fixa nos antigos países comunistas ser muito mais baixa do que em nações como a França. Em muitos países do Leste Europeu, o celular é o primeiro telefone de vários cidadãos.


O estudo mostra ainda que hoje existem em média 95 telefones celulares para cada cem europeus. Luxemburgo tem 158 assinaturas de celular para cada cem habitantes, seguido pela Lituânia (127) e a Itália (122). A Romênia foi o país com menos assinaturas, com 62 para cada cem habitantes.


Mas a pesquisa do Eurostat mostra, por outro lado, que a telefonia fixa não está desaparecendo. O número de linhas para cada cem pessoas aumentou de 43 em 1995 para 48 em 2005.


Fonte: BBC Brasil

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Planeje-se para a avalanche de despesas de todo ano

Uma avalanche de despesas extras está por vir. Para não se sufocar é preciso se preparar. Para quem está empregado, alguns benefícios podem contribuir, como o 13º salário e gratificações. Por isso, não gaste tudo com presentes de Natal e festas de fim de ano. Poupe.

Para os primeiros meses de 2008 temos IPTU, IPVA, matrículas e feriados, como carnaval. Poupar é essencial. Mas, ninguém é de ferro. Gastos com folga também têm que entrar no orçamento.

Na verdade, o ideal é fazer um orçamento para todo o ano. Faça o mensal, colocando todos pequenos gastos, depois some as despesas extras e depois divida por 12 novamente, para saber a renda mínima que você irá precisar por mês. Normalmente as mulheres se esquecem de um salão aqui, um sapato ali. Os homens não ficam para trás... um lava-jato aqui, uma cervejinha ali. Ponha tudo na planilha. Se não tiver uma, disponibilizo a da Bovespa aqui.

Conseguiu enquadrar suas despesas dentro das receitas? Ótimo. Sobrou despesa? Bom, além de tentar receitas extras ao longo do ano e economizar, você tem algumas alternativas para equilibrar o fluxo de caixa. Primeiro, verifique o que pode ser parcelado, mas desde que seja sem juros. Lembre disso: sem juros. Cartão de crédito nunca deve ser a saída.

Se por outro lado sobrou receita, parabéns! Vale à pena então planejar seus investimentos. O ideal é que as despesas não passem de 70% de sua renda e que se invista pelo menos 10% do total recebido por mês. Os outros 20% podem ser poupados para a viagem de férias, uma pequena reforma ou aquisição para a casa, etc. Você é quem decide!


Achou que tudo isso dá muito trabalho? Então, vale frisar que: 1) As estatísticas de inadimplência atingem seu pico nos meses de março e abril, originada por dívidas contraídas nos meses anteriores. 2) Sair da inadimplência dará muito mais trabalho, e despesas. 3) Controle e planejamento podem fazer mais por seu futuro que 30 anos de trabalho.

sábado, 24 de novembro de 2007

30% dos britânicos mentem ao parceiro sobre situação econômica

Quase um terço dos britânicos guarda algum segredo sobre sua situação financeira e mente ao parceiro afetivo sobre quanto realmente ganha, quanto poupa ou as dívidas que tem, segundo um estudo da entidade britânica de bancos privados Cater Allen.


De acordo com o estudo, 30% dos entrevistados não se abrem totalmente com o parceiro para informar sobre sua situação financeira real, enquanto 44% mentiram alguma vez sobre o preço de uma compra.


Uma em cada dez pessoas admite não ter falado sobre uma conta bancária adicional, enquanto 9% mantiveram a dívida em segredo pelo uso do cartão de crédito e 3% pediram empréstimos sem informar o companheiro.


Já 3% dos entrevistados disseram ter mentido sobre seu salário, enquanto 2% disseram não ter informado sobre uma propriedade ou investimento que possuíam.


Cerca de 27% das mulheres disseram que tinham mentido sobre a quantidade de dinheiro gasta em roupas, contra 9% dos homens. No caso dos aparelhos eletrônicos, 20% deles mentem, contra só 8% delas.


Uma em cada três pessoas de ambos os sexos assegurou não ser sincera sobre a despesa na compra de presentes, enquanto 4% mentiram sobre o custo das férias.

Acho que os brasileiros não ficam atrás não, hein! E você?

Aposentadoria tem que estar na pauta das conversas sobre o rumo do casamento

Aposentados & Casados?
*Por Mara Luquet

Uma pesquisa da Fidelity Investments, uma das maiores empresas de gestão de fundos dos EUA, mostrou que os casais não conversam sobre aposentadoria. Eles falam sobre seus filhos, sobre viagens e a troca do carro. Mas quando o assunto é o próprio futuro, não tem conversa.

Este é um assunto tão sério quanto os rumos do casamento. Se há uma expectativa de que não vão se separar mesmo depois de aposentados, nada mais natural que planejar esses dias em conjunto. Isso leva a um ganho de escala e a uma maior atenção ao investimento, já que o casal poderá avaliar periodicamente como a conta da aposentadoria está evoluindo e, juntos, identificar as correções necessárias.

Mas como um casal, nos seus 30 ou mesmo 40 anos de idade, pode avaliar e planejar um futuro que está 30 ou 20 anos à frente? O ponto de partida é estar certo de que se trata de um relacionamento longo. Se não houver esta certeza, nenhum dos dois se sentirá confortável para uma conversa conjunta sobre aposentadoria e, neste caso, a discussão pode começar pela relação em si, o que não deixa de ser um ponto positivo.
Os consultores financeiros pessoais dizem que avaliar o estilo de vida que se quer depois de aposentado vem antes de definir a carteira de investimento ideal. Qual a cidade para morar? Muitas viagens? Ficar com os netos? E o plano de saúde?

É só o começo, muitas outras perguntas deverão ser respondidas ao longo da acumulação dos recursos para a aposentadoria. Como o caminho é longo, muitas decisões de hoje poderão já não ser as mesmas amanhã. Não importa, vocês podem fazer os ajustes caminhando. Mas o fato é que, mesmo com mudanças inevitáveis ao longo do caminho, a construção desse patrimônio destinado à aposentadoria é importante, para não desembarcar no futuro completamente perdido.

Um ponto para o qual os consultores sempre chamam a atenção: o custo de saúde. Sabe-se que ele será muito alto depois dos 60 anos e que, provavelmente, seu empregador vai se recusar a cobrir essas despesas. Mas, se escolher viver numa cidade do interior com bons padrões de assistência médica, esse é um custo que poderá se reduzir bastante. Pode acreditar, há casos de cidades menores em que a qualidade de vida aumenta e o custo cai consideravelmente em relação aos grandes centros. Vale a pena levar em conta essa opção? A resposta, sem dúvida, vai variar de casal para casal.

Outro aspecto relevante nesta discussão é se realmente o casal vai parar de trabalhar, ou qual dos dois vai parar de trabalhar ou ainda se vão iniciar uma nova carreira ou um negócio próprio. As opções são inúmeras, mas precisam ser avaliadas em conjunto. Juntar dinheiro sem planejamento pode se revelar um erro tão grave quanto não guardar dinheiro algum.

Isso porque, é o planejamento que vai orientá-lo quanto a melhor diversificação para sua carteira de investimento. Você precisará considerar aspectos como: o prazo do investimento - para saber qual a fatia de sua carteira poderá ser destinada ao mercado de ações -; o lugar onde vai morar – para ter em conta o custo de vida da cidade -; a melhor moeda para fazer sua reserva - caso sua opção seja viver no exterior etc.

Desconfie de respostas simplistas quando o assunto é aposentadoria. Ir ao banco e comprar o primeiro PGBL que lhe ofereçam não é o caminho mais seguro. Esses planos de previdência, apesar de modernos e bons - pois carregam um benefício fiscal que ajuda na construção do patrimônio de longo prazo -, demandam muita pesquisa e cautela na hora da escolha.

Lembre-se sempre que aposentadoria é mais do que guardar dinheiro, é planejamento e não há uma receita única. Aposentadoria tem que ser feita sob medida.

Empresário mineiro mais propenso a abrir capital

Pelo menos cinco empresas do Estado devem abrir capital em 2008, conforme apontou o estudo "Gestão, Governança e Mercado de Capitais - Perspectivas das Empresas Mineiras", realizado pela Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), Fundação Dom Cabral (FDC) e Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). O levantamento, divulgado ontem na sede da Fiemg em Belo Horizonte, mostrou que 42 das 70 empresas mineiras que responderam à pesquisa estariam aptas a ingressar no mercado de ações.

Os nomes das empresas não foram revelados. O mercado especula que entre elas estariam o Banco Bonsucesso, MRS Logística, Ricardo Eletro, AleSat, Magnesita e Santa Bárbara Engenharia. Participaram do evento as construtoras Premo, Paranasa, grupos Saffran, Embaré, Delp Engenharia, Nansen Instrumentos de Precisão, Líder Táxi Aéreo e Drogaria Araújo.

Atualmente, apenas 29 das 446 companhias listadas na Bovespa são de Minas Gerais. O presidente da Fiemg, Robson Braga de Andrade, acredita que o Estado deve representar 10% do mercado de capitais brasileiro. Na opinião dele, a bolsa é uma ótima oportunidade de alavancar o crescimento de empresas. Os desafios aqui são falta de informações e problemas quanto à perda de controle e das decisões, compatilhamento de informações e gestão.

Cinco empresas em um ano pode parecer pouco. Entretanto, conforme frisou uma das coordenadoras da pesquisa, a professora da FDC Virgínia de Oliveira, de 2004 até o momento somente quatro empresas de Minas abriram capital - Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), MRV Engenharia, Construtora Tenda e Kroton Educacional (rede Pitágoras).

Um dos motivos desse "adiamento" seria, na opinião de Virgínia de Oliveira, o peculiar conservadorismo do empresariado mineiro. Ela disse que os empresários esperaram para ver o que aconteceira com aquelas que abriram capital. Como o resultado foi muito positivo, as perspectivas de abertura também são boas. A coordenadora ressaltou ainda que o ambiente macroeconômico é favorável. "A economia brasileira é estável, há muito dinheiro circulando no mercado internacional e a demanda mundial é crescente", destacou durante a apresentação da pesquisa
.


segunda-feira, 19 de novembro de 2007

A importância da educação financeira para crianças na hora das compras no supermercado

No final de semana passado vi uma cena trágica no supermercado. Uma menina de uns quatro ou cinco anos fazendo um espetáculo aos pés de sua mãe para comprar sabonetes. A cada grito a criança ganhava mais força e a vítima, a coitada da mãe, mais constrangimento. Ela acabou cedendo ao ataque consumista da filha para evitar os olhares de desaprovação de outros pais e funcionários que passavam por ali.

Na vida tudo passa, inclusive esse “mico”. Você já viu algum adulto fazendo pirraça estatelado no chão do supermercado? Acredito que não. Então, o importante para a mamãe é aproveitar a lição e iniciar algumas aulinhas práticas de educação financeira para a filha. Fazer lista de compras é importante não só para evitar gastos impulsivos e desnecessários, como também para impedir os pitis dos filhos.

Pesquisa realizada pelo Programa de Administração de Varejo (Provas), da Fundação Instituto de Administração (FIA/USP), mostrou que 80% dos consumidores fazem compras no supermercado sem antes providenciar uma lista dos produtos que pretende comprar. Outro dado interessante: 37% das pessoas que entram no supermercado sem lista gastam, em média, 20% a mais do que o inicialmente previsto.

Então, quando estiver fazendo a lista em casa, convide as crianças para participarem do processo. Peça que verifiquem o que pode estar faltando na despensa e deixe-as responsáveis pela compra de alguns produtos. Depois, explique que você tem um orçamento X e que a missão no supermercado é não exceder tal quantia. Dessa forma, a ida às compras pode virar uma brincadeira, sem chiliques, e, de quebra, pode aproximar as crianças do planejamento familiar. Converse sempre com os filhos, inclusive sobre dinheiro.

Qual empresa, setor ou ação escolher para o meu perfil de investidor?

A economista Mônica Araújo, economista com MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC e analista da Ativa Corretora, montou uma carteira de investimentos para cada perfil de investidor:

Iniciante: Petrobras (PETRO3), Vale do Rio Doce (VALE3), Bradesco (BBDC3) e Lojas Americanas (LAME3).
Moderado: Telesp (TLPP3), Ambev (AMBV3), Gerdau (GGBR3), Petrobras (PETRO3) e Vale do Rio Doce (VALE3).
Arrojado: Usiminas (USFM3), Datasul (DSUL3), OHL (OHLB3) e Equatorial (EQUTL3).

Segundo Mônica Araújo, em palestra proferida durante a Expo Money, há pontos fundamentais a serem observados antes de montar a carteira de ações. O primeiro é ter um horizonte de médio e longo prazo e consciência que durante esse prazo acontecem oscilações, positivas e negativas. O segundo é a diversificação. Aplicar todo o seu recurso em um único ativo é extremamente perigoso. Para uma boa carteira, o ideal é acompanhar de 3 a 5 papéis de diferentes setores.

A análise dos ativos por setor, conforme Mônica, envolve todo o cenário internacional e principalmente o brasileiro, com relação aos aspectos macroeconômicos. A partir desse cenário são traçadas as expectativas para determinado setor ou empresa. Essas expectativas são indicações que localizam os setores que mais irão se beneficiar. Também são consideradas as valorizações e desvalorizações das companhias e as conjunturas macro de renda, infra-estrutura e todos os fatores importantes nos setores e suas influências na economia brasileira com um todo.

A partir do cenário traçado são identificados os setores e as empresas que poderiam desenvolver as melhores performances. Definidas as empresas com potencial e diferencial no mercado, é iniciada a avaliação mais detalhada de cada empresa. Isso envolve métodos que avaliam fluxo de caixa, prática contábil, premissas das estruturas patrimoniais e as demonstrações de resultados. A partir disso, as projeções que variam de 5 a 10 anos são feitas. Dessa avaliação chega-se a um preço justo que deveria operar no mercado, num determinado período, geralmente nos próximos 12 meses.

Com essa comparação de preço da empresa no mercado, chamado de Up Side e Dow Side, á avaliado o potencial de crescimento nas suas ações, refletido justamente na estrutura que a companhia tem hoje e que se espera que ela tenha no futuro. Isso define a escolha dos papéis, os que estão aptos e que tem os melhores indicadores.

A especialista destaca alguns setores interessantes para se ter na carteira: bancos, consumo, commodities, tecnologia e energia. Já o investidor que busca papéis com boas políticas de dividendos o setor elétrico, é um dos mais interessantes. Na opinião de Mônica, mesmo seguindo todos os passos, o investidor deve sempre procurar a ajuda de um profissional para orientação e suporte.

#

Para saber o seu perfil clique aqui.

BM&F cria novos milionários

Saiu no Valor Econômico:

Há mais de 20 anos, Eduardo da Rocha Azevedo ajudou a criar a Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). No final do mês, ele vai embolsar sozinho R$ 13,2 milhões com a abertura de capital da quarta maior bolsa de derivativos e futuros do mundo. Rocha Azevedo não está sozinho. Além dele, mais 143 pessoas físicas vão passar o Natal com milhões de reais no bolso e devem levar, pelo menos, R$ 1 bilhão.

Marcos de Souza Barros, dono da corretora Souza Barros, uma das maiores do mercado de câmbio, é outro que vai levar uma fortuna: R$ 134 milhões, mais que muitos bancos que operam na bolsa. Daniel Mendonça de Barros, filho do ex-Ministro das Telecomunicações Luiz Carlos Mendonça de Barros, e sócio da Link, uma das maiores corretoras da BM&F, vai ficar com R$ 8 milhões, isso considerando que o papel saia a R$ 15,50 e a venda do lote extra.

Como ocorreu no IPO da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), alguns executivos transferiram os títulos patrimoniais das corretoras para a pessoa física em uma complexa operação de redução de capital. Com isso, deixarão de pagar 33% de Imposto de Renda (IR), cobrado das instituições financeiras, para pagar 15%. Como o cálculo é sobre milhões de reais, a redução da alíquota faz toda a diferença. Socopa, Convenção, Futura, Indusval, Interfloat e Alpes são alguns dos exemplo de corretoras que fizeram a conversão, que está sendo contestada pela Receita Federal, mas defendida pelas bolsas.

Outras, como a Magliano CCVM, corretora do presidente da Bovespa, Raymundo Magliano Filho, optaram por manter os títulos na própria corretora e vai levar R$ 59 milhões. Já a TOV Corretora vai receber R$ 66 milhões.

Na Bovespa, 33 pessoas físicas estavam entre os acionistas vendedores. Na BM&F, são 144. A razão é que na bolsa de derivativos há a figura do operador especial (ou "scalper"), criado para dar liquidez as operações e que opera como pessoa física. Vários scalpers estão entre os vendedores dos papéis. Entre eles, está Gerson Pinto Vilhora, que vai levar R$ 12,1 milhões. Outro operador especial que vai virar milionário é Marcelo Confessor de Oliveira, com R$ 10,1 milhões.

Alguns dos vendedores das ações da BM&F são os mesmos que tinham papéis da Bovespa. Ou seja, vão ficar ainda mais milionários. É o caso de Roberto Lombardi de Barros, que começou como operador especial e hoje é sócio da corretora Interfloat. No IPO da Bovespa foi a pessoa física que mais captou, com R$ 60,4 milhões. Agora, vai embolsar mais R$ 63 milhões. Outros, como Rocha Azevedo, não participaram da venda da Bovespa.

A BM&F está vendendo 29% de seu capital em uma oferta pública de ações. O percentual pode subir para 32% com a venda de um lote extra, caso a demanda supere a oferta. A operação pode movimentar R$ 4,6 bilhões, mas o valor pode ser muito maior, dependendo do preço de venda das ações.

Já se comenta no mercado que a demanda vai ser muito maior do que foi no IPO da Bovespa, quando a procura foi mais de dez vezes superior a oferta. Segundo uma fonte qualificada, influenciado pelo sucesso da venda dos papéis da Bovespa e pela valorização das suas ações após a listagem no pregão, muito mais gente vai querer comprar BM&F.

A estréia da BM&F no pregão da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) está marcada para o dia 30. A liquidação, quando os vendedores vão receber o dinheiro, será dia 4 de dezembro. Pelo preço médio de R$ 15,50, o valor de mercado da BM&F bateu em R$ 14 bilhões. A definição do preço de venda será dia 28.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

10 dicas para evitar a inadimplência após o Natal

O apelo emocional do Natal, acrescido do recebimento do 13º salário, podem fazer com que o consumidor se descontrole nas compras de final de ano. Por isso, o controle dos gastos e o planejamento orçamentário nos últimos dois meses do ano é primordial para que não haja o comprometimento com dívidas acima da capacidade de pagamento.

O consumidor deve lembrar que em janeiro e fevereiro, meses que precedem as festas de fim de ano, existem gastos específicos (matrículas escolares, IPTU e IPVA, entre outros) que não podem ser desconsiderados durante as compras de Natal.

A Telecheque, empresa especializada na concessão de crédito no varejo e líder no mercado de verificação e garantia de cheques do país, divulgou 10 docas para você não iniciar um ano novo com dívidas.

Veja 10 dicas para que o consumidor evite a inadimplência nas compras de Natal:

1. Defina um limite máximo de gasto para as compras de Natal para que elas não comprometam excessivamente a sua renda;

2. Defina antecipadamente um valor para cada pessoa da sua lista de presente e seja fiel ao que foi estabelecido;

3. Programe em casa o que vai comprar naquele dia. Desta forma, você pode se concentrar em pesquisar os preços dos itens selecionados;

4. Não deixe que a correria das compras de fim de ano faça com que você se descuide das condições de pagamento, então não se precipite antes de ver taxas de juros e o saldo da sua conta;

5. Evite dividir o pagamento das compras com prazos muito longos, por causa dos juros. Sempre é melhor comprar sem juros, inclusive os embutidos. Para isso, questione o vendedor.

6. Não entre no limite do cheque especial, pois as taxas de juros são elevadas e você pode acabar perdendo o benefício do parcelamento sem juros, por exemplo o do cheque pré-datado;

7. Em caso de compras feitas à vista, insista em receber desconto;

8.Evite gastos desnecessários e compras por impulso.

9. No caso de compras com cheques pré-datados, além de fazer controle rígido das datas nas quais os cheques serão descontados, coloque as datas combinadas nos cheques;

10. Tenha uma planilha ou um local específico para anotar todos os seus gastos presentes e futuros, assim você poderá controlar o seu orçamento com precisão.

IPVA fica 1,48% mais barato em SP. E em Minas?

O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de 2008 cobrado em São Paulo será 1,48%, em média, menor que o de 2007. A redução, de acordo com a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, deve-se à queda no valor venal dos veículos – utilizado como base para cálculo do imposto – provocada pelo aumento da oferta de carros usados.


Procurei a Secretaria da Fazenda de Minas Gerais e a informação foi de que o índice de reajuste, seja aumento ou baixa, será divulgado no final de novembro. Vamos ver o que vai dar porque a situação aqui no estado é a mesma!


Quanto ao Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, disse que o reajuste seguirá o índice de inflação. Sendo assim, pagaremos pelo menos 4% a mais do que em 2006.

A classe média terá mais recursos para a compra da casa própria a partir de janeiro do ano que vem

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou uma medida que permiti que os trabalhadores com renda familiar acima de R$ 4,9 mil por mês, titulares de contas do FGTS há mais de três anos, obtenham financiamento com recursos do fundo para a compra de imóveis com valor de mercado de até R$ 350 mil. A proposta do governo é liberar até R$ 1 bilhão em 2008 para essa linha de financiamento.


Uma das vantagens de se recorrer a empréstimos com recursos do FGTS é que eles são mais baratos que outras modalidades de crédito, como as que utilizam recursos da poupança. Segundo as regras do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), os juros de empréstimos com dinheiro da poupança variam de 9% a 12% ao ano, mais Taxa Referencial (TR). Nos empréstimos com dinheiro do FGTS, os juros máximos deverão ser de 8,66% ao ano mais TR.

Já está disponível a consulta ao 6º lote do IR

O dinheiro estará disponível na conta do contribuinte no dia 16 de novembro e será corrigido em 6,63%, correspondentes à variação da taxa Selic nos meses de maio a outubro, e de mais 1% referente ao mês de novembro. Neste mês, quase 2 milhões de contribuintes receberão de volta 1,8 bilhão de reais em imposto pago a mais no ano passado. A consulta ao lote pode ser feita pelo site da receita ou pelo telefone 0300-789-0300.

Não se esqueçam que janeiro está aí e as contas para pagar não são poucas. A restituição, somada ao 13º salário, é uma ótima reserva para estes gastos.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Depois de um feriado, deixo para esta semana uma reflexão apenas

Lendo alguns livros de Kiyosaki, da série Pai Rico Pai Pobre, acho que todos devem parar para pensar um pouco em sua realidade, seus hábitos, seus desejos e quais as metas para conquista-los. Pode parecer simples, mas tente colocar no papel para você ver.

Kiyosaki faz questão de frisar que nos planos de aposentadoria da Era da Informação, os empregados são os responsáveis por sua aposentadoria. Ao contrário da Era Industrial, onde muitos ainda acreditam que estamos, na qual a empresa ou o governo tomava conta de suas necessidades financeiras quando seus dias de trabalho chegavam ao fim.

É importante destacar qual é a sua noção de aposentadoria. No Brasil, aposentado é justamente aquele que se beneficia dos direitos exclusivos da categoria, um indivíduo que precisa ter o tempo mínimo de contribuição à Previdência Social e ainda atingir uma idade mínima. E, aqui, o fato de ser aposentado não livra a pessoa da necessidade de trabalhar para sustentar o lar. Uma minoria – e eu me dou o luxo de estar incluída nela – usa o termo aposentado para aqueles que podem deixar de trabalhar.

Não há ninguém no seu caminho, a não ser você e suas dúvidas a seu próprio respeito. Continuar o mesmo é fácil. Não mudar é fácil. A maioria das pessoas escolhe continuar as mesmas por toda a vida. Se cuidar de sua dúvida pessoal e de sua preguiça, você encontrará a porta para a liberdade”, diz Kiyosaki. Para isso, ele destaca que é preciso aumentar as habilidades em três quesitos principais: em negócios (não se trata de empresa, mas a que você se dedica), em gerenciamento de dinheiro e em investimentos.

E tudo isso, segundo Kiyosaki, envolve paixão – uma combinação de amor e ódio. “A menos que alguém tenha paixão por algo, é difícil realizar qualquer coisa. (...) Se deseja algo, descubra porque você ama o que deseja e porque odeia não ter o que deseja. Quando combinar estes dois pensamentos, você encontrará energia para sair da cadeira”, escreveu. É importante frisar que esse algo não é somente bens materiais. Muito pelo contrário, tem a ver com ser livre, querer passar mais tempo com os filhos que no trabalho, poder delegar o que não gosta de fazer para outras pessoas, conhecer o mundo, etc.

Para isso, Kiyosaki propõe um exercício: fazer uma lista de amores e outra de ódios e colocar no papel os porquês. “Escreva seus sonhos, metas e planos de como se tornar financeiramente livre, aposentar-se cedo e o mais jovem possível. Assim que tudo tiver no papel, pode ser que queira mostrar para um amigo que o apóie na realização de seus sonhos. Regularmente, dê uma olhada neste papel e fale sobre os planos com freqüência, peça apoio, esteja disposta a aprender constantemente e, antes que você perceba, as coisas começarão a acontecer”, diz.

Para ajudar, exclua de seu vocabulário as expressões “Não posso” e “Isso é impossível”. Aliás, é isso que difere as versões do Pai Rico e Pai Pobre, criadas por Kiyosaki. “Pai Rico tinha a capacidade para mudar, controlar e expandir sua realidade constantemente. E, como podia fazer isso, ele ficou cada vez mais rico enquanto trabalhava cada vez menos. Meu Pai Pobre, por outro lado, escolheu viver dentro de sua realidade. Ele vivia num mundo que pensava que era a única realidade possível para ele. Foi por isso que trabalhou cada vez mais duro e aposentou pobre. (...) Em vez de modificar a sua realidade, ficava dizendo coisas como “Não posso”, “Nunca serei rico” e “Não estou interessado em dinheiro”. Se você quiser se aposentar jovem e rico, pode ser que precise modificar e expandir sua realidade e fazer disso um hábito”.

Fica aí, então, essa sugestão de reflexão. Pode ser que isso mude a sua visão sobre todos os investimentos dos quais já falamos aqui no blog.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Belo-horizontinos rendem-se ao mercado de capitais

A Expo Money Belo Horizonte, maior evento de educação financeira e investimentos da América Latina, recebeu 4,2 mil visitantes em sua terceira edição, nos dias 24 e 25 de outubro, no Minascentro. O número, 30% maior que o verificado na edição anterior, superou as expectativas da organização da feira, que esperava 3,5 mil pessoas. Além das 40 palestras gratuitas, estavam concentradas em um único lugar as principais corretoras de Minas e do Brasil, Bovespa, BM&F, empresas de capital aberto e agentes do mercado de capitais.

“A cultura de poupar e investir já existe em Minas Gerais e o número de investidores no estado tem crescido expressivamente. É gratificante saber que com a educação financeira e de investimentos, contribuímos para a formação de novos e futuros investidores”, ressaltou Robert Dannenberg, organizador da Expo Money. Ele anunciou que a feira voltará à capital mineira em 2008.

Durante a Expo Money Belo Horizonte, o site “Mercado Mineiro” realizou uma pesquisa. Os principais resultados foram:

- 57% dos entrevistados ainda não investem em ações e procuram conhecer melhor o mercado de capitais para começar a investir. Por outro lado, 43% dos entrevistados já investem em ações.
- Dos 43% dos que já investem em ações, 55% utilizam a corretora e 45% fazem as suas aplicações por meio do Home Broker.
- Dos 57% que ainda não investem em ações, 97% pretendem investir e 3% ainda não têm esse interesse.
- Quando perguntado quanto de seu capital é investido, 45% dos entrevistados responderam entre 10% e 30%; 21% de 30% a 50%; 16% menos que 10%; 10% de 80% a 100%; e 8%, de 50% a 80%.
- Quanto ao perfil do investidor: 65% são moderados; 20% conservador e 15% agressivo.

domingo, 28 de outubro de 2007

Poupança: de patinho feio a cisne

A popança está deixando de ser rejeitada por investidores. Entre os motivos estão a queda da taxa de juros, a isenção de imposto de renda sobre o ganho e o suporte do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para depósitos até R$ 60 mil.

De acordo com a Caixa Econômica Federal (CEF), em setembro, a procura pela caderneta chegou a R$ 4,2 bilhões, valor inferior somente aos meses de dezembro, quando o 13º salário é injetado na economia. No ano, a captação supera R$ 19 bilhões e, em setembro, o saldo em caderneta chegou ao topo recorde de R$ 218 bilhões.

A CEF também apurou que o crescimento da caderneta foi puxado pelos aplicadores de grande porte. De 2003 a abril deste ano, o número de aplicadores com saldo entre R$ 10 mil e R$ 15 mil subiu 2,11%; entre R$ 50 e R$ 100 mil cresceu 13,35%; e de R$ 100 mil a R$ 200 mil avançou 16,63%.

A mudança de patinho feio para cisne tem explicação. Em 2006, a tradicional aplicação apresentou rendimento de 8,33%, equivalente a 55% da variação de 15,04% do Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI) - índice de referência das aplicações em renda fixa. Ao longo deste ano, porém, a caderneta rende 65% do CDI. Até setembro, ela apresentou alta de 5,85% e o CDI subiu 8,96%. Isso quer dizer que a caderneta - corrigida pela Taxa Referencial (TR) mais 0,5% ao mês - já rende mais do que muitos fundos de renda fixa e DI com taxa de administração alta, acima de 2%, 3% ao ano, principalmente em prazos mais curtos, quando o imposto de renda chega a abocanhar 22,5% de seu investimento.

Bom destacar que a caderneta de poupança só é aconselhada pelos investidores como forma de diversificação da carteira de investimentos. E, mesmo assim, normalmente para aqueles que possuem perfil conservador.

Vale ressaltar também que a captação total da caderneta ainda está aquém das aplicações em CDBs e fundos de investimento, que receberam, respectivamente, R$ 28,0 bilhões e R$ 53,4 bilhões no ano, até setembro.

Testes...

Nunca é tarde para começar a poupar. Para saber se você tem vocação ou não para guardar dinheiro no “cofrinho” faça um teste do Blog do Investidor da Revista Exame. É só clicar aqui.

Se o seu potencial for grande e você ficou animado, saiba como ganhar seu primeiro R$ 1 milhão, através da calculadora da Info Money.


26/10/07: Dia histórico na Bovespa!

Saiu no Estado de São Paulo:

Na mais concorrida abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) da história do País, as ações da Bovespa Holding, controladora da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), estrearam com valorização de 52,13% e puxaram uma série de recordes. O Índice Bovespa, que subiu 3,1%, atingiu nova pontuação máxima, 64.275 pontos, e o volume negociado foi o maior num único pregão: R$ 10,1 bilhões, sendo R$ 5 bilhões apenas com os papéis da Bolsa.


Já nos primeiros minutos de negociação, as ordens de compras se sucediam em ritmo frenético, numa velocidade tão grande que o telão da bolsa parecia tremer. "Os volumes distribuídos foram pequenos e o jeito foi entrar comprando", disse o diretor de um banco. A ação, que iniciou o dia valendo R$ 23, fechou cotada por R$ 34,99.

O sucesso da Bovespa Holding contagiou outros mercados. O dólar comercial encerrou a sexta-feira em queda de 1,39%, cotado por R$ 1,769, menor valor desde abril de 2000. Como investidores estrangeiros responderam por cerca de 80% das compras no IPO, a expectativa é de que o dinheiro que trarão ao Brasil para fazer o pagamento das ações derrubará ainda mais a moeda americana. O risco Brasil caiu 3,3%, para 174 pontos.

A forte valorização das ações no primeiro pregão confirmou a demanda expressiva pelos papéis, disse o estrategista-chefe do BNP Paribas no Brasil, Alexandre Lintz. "Não apenas de estrangeiros, mas também de investidores locais", salientou. Para Lintz, o resultado dessa operação reflete uma dinâmica muito positiva - que contempla também a queda do dólar -, fruto de uma liquidez internacional favorável e preços de commodities em alta.

Desde quinta-feira, as corretoras acumulavam pedidos de compra para o papel na abertura dos negócios. O volume negociado com ações da Bovespa já equivale a 48,8% do valor levantado na oferta pública de ações, R$ 6,6 bilhões. O IPO da Redecard, que até então era o maior do País, negociou o equivalente a 41% do valor da oferta inicial, de R$ 4,072 bilhões.

O sucesso das ações da Bovespa Holding no primeiro pregão foi tamanho que, segundo alguns cálculos de mercado, a Bolsa brasileira já é a quinta maior do mundo pelo critério de capitalização de mercado (que multiplica o valor das ações pela quantidade de papéis negociados). Por essa estimativa, a Bovespa valeria cerca de US$ 14 bilhões. Ficaria atrás apenas das Bolsas de Chicago, Hong Kong, Frankfurt e Nova York.

Entretanto, já há analistas que contestam tanto otimismo. Um especialista que pediu anonimato disse que a relação entre valor de mercado e lucro projetado para 2008 da Bovespa pulou para 42 após a alta de ontem. A média mundial é de 22. "Ficamos apenas um pouco abaixo da China. Ou seja, as ações da Bovespa ficaram caras", disse. Segundo ele, essa relação é de 48 na Bolsa de Hong Kong.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

VGBL ou PGBL? Eis a questão...

Com as incertezas sobre o futuro da previdência social brasileira é bom pensar, o quanto antes, em um tipo de aplicação que possa garantir recursos para serem desfrutados na aposentadoria. Mesmo porque este é um período no qual a renda diminui e os gastos aumentam, sobretudo com plano de saúde e, claro, com algumas mordomias para quem dedicou a maior parte de sua vida ao trabalho.

Existem vários tipos de investimentos: ações, fundos, renda fixa, títulos do governo, previdência privada e até mesmo poupança. Nem cito aqui os títulos de capitalização, que são a maior roubada. A escolha por um produto financeiro depende do perfil do investidor. Para quem optou por previdência privada, seguem algumas questões sobre os dois planos existentes hoje, o VGBL e o PGBL, que devem ser levadas em consideração.

O PGBL, ou Plano Gerador de Benefícios Livres, oferece planos específicos para cada tipo de investidor. A carteira de investimentos varia desde 100% de renda fixa, até 49% com renda variável, para quem deseja um investimento de maior risco. A grande vantagem dos PGBLs é a flexibilidade, já que o investidor pode transferir seu dinheiro para outro plano ou, até mesmo, outra instituição. Não se exige depósitos periódicos, eles podem ser feitos à medida em que haja recursos disponíveis.

O VGBL, ou Vida Gerador de Benefícios Livres, é mais indicado para autônomos e profissionais liberais, e também oferece possibilidades de acordo com o perfil do investidor. Em ambos os casos não existem garantias de remuneração mínima. A principal diferença entre os dois tipos de planos está na forma como o imposto de renda é cobrado.

O PGBL é adequado para quem faz a declaração completa do Imposto de Renda (IR), já que suas contribuições podem ser deduzidas até o limite de 12% da sua renda bruta anual. Contudo, a alíquota progressiva do imposto incide sobre o total resgatado.

O VGBL se aplica melhor para quem faz a declaração simplificada do IR. As contribuições a estes planos não são descontadas da base de cálculo do IRPF, mas, no momento do resgate, alíquota progressiva incidirá somente sobre os rendimentos.

Independentemente do tipo de plano de previdência privada a ser escolhido o investidor deve ter em mente que se trata de um investimento de longo prazo. Pode ser utilizado não só para aposentadoria como para custear a faculdade dos filhos e garantir a compra de um bem. O que tem que ficar claro - quero reforçar - é que é um investimento de longo prazo. Se você corre o risco de ter que resgatar o dinheiro no curto prazo é melhor nem aplicar, porque as alíquotas do Imposto de Renda Retido na Fonte podem chegar a 22,5%, ou seja, se a rentabilidade do plano for baixa você pode perder quase ¼ do valor aplicado.

Depois de decidido pelo VGBL ou PGBL ainda é preciso ter muita atenção em relação às taxas cobradas pela instituição onde será feita a aplicação, pois elas podem prejudicar o rendimento da carteira. As taxas de carregamento sobre as contribuições mensais e aportes podem chegar a 5%, assim como a taxa de administração. Eu particularmente acho que é tão absurdo quanto a alta carga tributária imposta pelo governo.

Aproveitei que fui ao Banco do Brasil nesta semana para esclarecer esses itens. Lá a taxa de carregamento é de 5% para um fundo de até R$ 12 mil. Entre este valor e R$ 30 mil cai para 3,5%. Depois disso até R$ 50 mil é de 2%. E a partir de R$ 50 mil, 1,5%. Já a taxa de administração é de 2%.

Vamos fazer uma simulação... Uma pessoa tem 25 anos e uma reserva de R$ 4 mil. Deposita R$ 100 ao mês. Então, em 2032, quando tiver 50 anos, teria cerca de R$ 250 mil para resgatar, sem levar em consideração os 15% do IRRF, sobre os rendimentos e não sobre o montante acumulado. Isso, baseado em rendimentos conservadores.

Na minha opinião não é um investimento bom, mas não muito, em termos de rentabilidade. A grande vantagem é que é um recurso debitado automaticamente da conta bancária e a retirada mensal pode passar despercebida. Chegar aos 50 anos com R$ 250 mil, sem doer nada, seria muito útil.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), a holding, abre capital nesta semana

Nesta terça-feira (23) termina o prazo para o investidor fazer a reserva de compra das ações ordinárias da distribuição secundária. Todo o processo será encerrado, conforme o cronograma, até o dia 30 de novembro. Analistas estão otimistas quanto à operação e consideram os papéis um bom negócio. A principal razão é a perspectiva positiva para a economia brasileira e o conseqüente avanço do mercado de capitais.

"O mercado de capitais vem mostrando um crescimento agressivo e ascendente. Como o lucro é baseado principalmente em emolumentos (taxas pagas na compra e venda de ações), a tendência também é de valorização das ações", afirmou o especialista em mercado de capitais e professor da PUC Minas, Antônio Carlos Bertucci. Ele destacou que o papel é indicado, sobretudo, para a diversificação de carteiras de investimentos.

Os dados da Bovespa confirmam o crescimento do mercado. Neste ano até o dia 18 de outubro, a bolsa registrou 28,260 milhões de negócios, alta de 30% sobre o verificado em todo o ano de 2006 (21,521 milhões). Em 2005 o número de negócios foi de 15,499 milhões e, em 2004, 13,384 milhões. Nos últimos três anos, a média de volume financeiro diário quase quadriplicou. Foi de R$ 1,221 bilhão em 2004, R$ 1,610 bilhão em 2005, R$ 2,434 bilhões em 2006 e R$ 4,533 bilhões em 2007 até a última quinta-feira.

"O mercado cresceu bastante e isso gera confiança. Além disso, o cenário é de: juro cadente, avanços institucionais, melhorias em governança corporativa e entrada maciça de pequenos investidores", afirmou o especialista em aplicação financeira e professor da Faculdades Ibmec, Marcus Renato Silva Xavier. Segundo ele, a volatilidade não é empecilho e mesmo que haja impacto, o mercado está mais maduro.

Outra prova disso é o número de IPO (Initial Public Offering, oferta pública inicial na sigla em inglês). Neste ano, 53 empresas lançaram ações na Bovespa. É mais que o dobro do registrado em 2006 (26) e bem superior ao verificado em 2005, quando somente nove companhias abriram capital. O sócio-gestor da administradora de recursos DLM Invista, Daniel Castro, disse que o número de CPFs registrados na Bovespa deve crescer entre 40% e 50% ao ano.

"O número de investidores tendem a crescer significativamente, e com consistência, por uma série de questões, como queda da taxa de juros, baixa rentabilidade da renda fixa, insegurança quanto à aposentadoria, entre outros fatores", observou Castro. Ele chamou atenção ainda para o fato de que novas práticas devem ser colocadas no mercado, principalmente no que se refere ao custo para as corretoras.

Castro destacou ainda que esse deve ser o maior IPO de todos os tempos. "O mercado estima que será um negócio da ordem de R$ 5 bilhões e que a Bolsa valeria entre R$ 11 bilhões e R$ 15 bilhões hoje", exemplificou.

O preço inicial dos papéis será definido somente no dia 24 de outubro, mas os bancos Credit Suisse e Goldman Sachs, coordenadores da operação, estimam que o valor por papel seja fixado entre 15,50 a 18,50 reais. Serão colocadas à venda mais de 250 milhões de ações ordinárias, podendo ser oferecido, ainda, um lote suplementar com mais 37 milhões ações. O valor mínimo de investimento será de 3 mil e o máximo de 300 mil reais.