sábado, 30 de junho de 2007

"Marketing aplicado a Finanças"

O livro "Marketing aplicado a Finanças", de Ivagner Ferreira, será lançado no próximo dia 6 de julho. O autor é sócio-diretor da Criativa Marketing Solutions, parceira da Apimec-MG. O lançamento será na Leitura Megastore, no BH Shopping, a partir das 19 horas.

A partir de agora encaminharei as principais dúvidas que recebo por email para analistas e postarei as respostas aqui.

Com a desvalorização do dólar e manutenção da trajetória de queda dos juros, ainda é vantajoso aplicar em fundos DI e em títulos do governo? Poupança seria melhor que as duas opções para os mais conservadores? E quais seriam as alternativaspara quem quer ousar ?

Sérgio Portella (Sita Corretora): Diversificação:palavra chave no mercado financeiro. Com a mudança prejudicial no cálculo da Cardeneta de Poupança,os investidores mais conservadores poderão continuar investindo em Fundos DI e/ou por exemplo em títulos públicos com correção do IGPM + juros. Quanto aos mais "ousados" a opção do mercado de açoes é sempre recomendada, desde que monitorada por profissionais [analistas] qualificados e principalmente com visão de longo prazo. Com a expressiva valorização do real em relação ao dólar, títulos indexados ao dólar poderão fazer parte da diversificação sugerida [10%]. OBS:muito importante verificar as taxas de administração dos Fundos. Com a queda das remunerações isto poderá fazer a diferença.

Alberto Mendes (Geraldo Corrêa): Quando se pensa em aplicações, é necessário definir primeiro o perfil do investidor e o prazo da aplicação, pois, em alguns casos, o curto prazo é mais taxado que o longo. Para quem é jovem e/ou tem o temperamento mais atirado, pode-se procurar investimentos mais arrojados, como fundos multimercados ou aplicações em Bolsa de Valores via Fundos ou Clubes de Investimentos, ou diretamente na compra de ações por intermédio de Corretoras de Valores. Quem procura mais segurança, abrindo mão de uma eventual maior rentabilidade, deve procurar aplicações mais conservadoras, como poupança ou títulos do governo ou mesmo CDB referenciado em CDI, dependendo da taxa negociada com o Banco.

Luiz de Paula e Marco Starling (Ágora Invest): Quanto à vantagem de aplicar em DI’s e títulos do governo, em um portfólio diversificado, ainda teremos taxas atrativas por mais alguns anos, privilegiando os fundos DI’s e as LTN’S emitidas pelo governo. Posteriormente, a tendência será de concentração nos títulos públicos, não por rentabilidade atrativa, mas por uma questão de segurança, como acontece hoje nos países mais desenvolvidos. A poupança vem se destacando pela captação positiva ao longo do ano. Na realidade, em algum momento próximo, seus rendimentos serão bem parecidos com os demais ativos, por conta dos incentivos fiscais que lhe são pertinentes, deixando nivelados todos os investidores, independente de seus perfis. Para quem quer ousar, acreditamos que a renda variável irá se descolar positivamente em termos de rentabilidade em relação a seus pares de renda fixa. O mundo como um todo está desenhando um período de crescimento moderado, com maior ênfase para os países emergentes dentre os quais o Brasil é destaque indiscutível. Se considerarmos que os ciclos de crescimento passam obrigatoriamente pelo Mercado de Capitais, podemos antever boas oportunidades de investimentos na bolsa de valores para os próximos anos.

Para tirar dúvidas:

CDB - CERTIFICADO DE DEPÓSITO BANCÁRIO - Os CDBs são títulos representativos de depósitos a prazos fixos emitidos por bancos comerciais, bancos de investimento e bancos de desenvolvimento. A taxa paga nos CDBs pode ser pré-fixada, pós-fixada ou flutuante, essa última atrelada a um percentual da variação de um índice, que pode ser a TR, TJLP, CDI, ou um índice de inflação, como o IGP-DI ou IGP-M. A medida provisória 542 do Plano Real estabelece que, para os títulos pré-fixados, o prazo mínimo é de 30, 60 ou 90 dias. Para os títulos indexados em TR, o prazo mínimo é de 120 dias.

CDI - CERTIFICADO DE DEPÓSITO INTERBANCÁRIO - Aplicação de prazo de um dia útil. O deposito interbancário é uma modalidade de investimento que os bancos usam para aplicar os seus recursos excedentes ou para captar dinheiro de outros bancos com o objetivo de melhorar sua posição de liquidez. O CDI é usado como benchmark para se comparar a rentabilidade de fundos de investimento que aplicam primordialmente em títulos de renda fixa, como os fundos DI e todas as subcategorias de fundos de renda fixa.

FUNDO REFERENCIADO - De acordo com a Anbid (Associação Nacional de Bancos de Investimento) existem basicamente três tipos de fundos referenciados: referenciados DI, referenciados cambial e referenciados a outros indicadores, como o IGP-M, por exemplo. Nestes fundos pelo menos 95% de sua carteira de investimentos devem compostos por ativos que seguem a variação de um determinado indicador de mercado.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Jovens dominam a Bovespa

Os jovens já são maioria na Bovespa. Segundo levantamento realizado pela bolsa, em maio, mais de 57 mil investidores individuais tinham entre 21 e 30 anos. Eles ficaram à frente dos que têm de 31 a 40 anos, quase 52 mil investidores, e dos que têm entre 41 e 50 anos, aproximadamente 45 mil.

Outro dado interessante. O grupo que registrou maior crescimento foi o de jovens entre 11 e 20 anos de idade. Eles passaram de 18 mil para 43 mil, de janeiro de 2005 para maio de 2007. Até mesmo o número de crianças investidoras está crescendo. No mesmo período, passou de 715 para 1,725 mil. A pesquisa refere-se a investidores ativos, e não à movimentação financeira das faixas etárias.

Essa geração, que cresceu sem conhecer instabilidade econômica, se interessa cada vez mais pelo mercado de ações, e melhor, se interessa cada vez mais por retornos de longo prazo. Não é à toa que escuto, não mais raramente, histórias sobre isso.

Fiquei sabendo de um menino aqui em Belo Horizonte, que aos 13 anos, pediu R$ 5 mil ao pai para começar a investir na bolsa. Com receio, o pai também pagou alguns cursos. Começou com as palestras sobre como investir na bolsa, depois para os seminários de análise fundamentalista, técnica e foi embora. Com maior conhecimento e confiança, passou operar a termo, ou seja, pedia dinheiro emprestado para seus tios, avós... Com o seu próprio rendimento pagava os familiares e sem juros. Hoje, com 18 anos, o jovem já acumula um patrimônio de R$ 100 mil.

Neste caso o interesse partiu da criança. Mas, também conheço casos de investidores que estimulam os menores. Uma investidora queria dar um presente ao sobrinho e não sabia o que. Daí a tia pensou: “Bom, ele gosta de aviões”. Ela podia dar um brinquedo para ele, mas resolveu dar ações da Embraer. Hoje, o menino acompanha o desempenho não só da empresa, como de todo o mercado. Vale destacar ainda que o apoio dos pais são de extrema importância para o sucesso dos filhos.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Análises semanal - 18/06/2007 a 22/06/2007

Ibovespa: Não a muito que comentar sobre o índice, respeitou a nossa antiga linha de tendência de alta "LTA" e iniciou um pequeno movimento lateral. Mantenho minha posição, novos posicionamentos somente com o rompimento dessa resistência com consistência.

Telemar: O papel realizou durante toda semana um movimento lateral marcado por um baixo volume, gráfico em anexo, fechando a semana novamente com um candle de indecisão. Aos que ajustaram os stop estão fora do papel com um pequeno lucro. Aconselhável esperar o papel realizar um movimento mais consistente para realizarmos novos posicionamentos.

Vale: A Vale realizou o movimento mais provável novamente de maneira exata, testou a resistência em torno de R$ 76,00 e corrigiu, gráfico em anexo. Aos investidores que ajustaram o stop, conforme sugerido em relatório anterior, saíram da posição com um lucro na semana em torno de 2,5%. Durante a semana o papel realizou um movimento lateral, sendo o mais recomendável esperar por um movimento mais consistente para abrirmos novos posicionamentos. Importante resistência está em torno dos R$ 76,00 e suporte em R$ 71,00.

Petrobrás: Papel não realizou o movimento mais provável, uma correção, continuando o movimento de alta respeitando nossa LTA projetada como suporte, gráfico em anexo. Aos que compraram é aconselhável subir um pouco seu stop para proteger seu lucro, que está em torno dos 4 % na operação.

Bradesco: O papel não atingiu nosso principal objetivo, a resistência em torno dos R$ 50,40, realizando uma correção até exatamente nosso suporte projetado. O Bradesco fechou a semana próximo a esse suporte com um candle de indecisão, que se respeitado pode gerar uma nova oportunidade de entrada no papel.

*Prof. José Guilherme (Zaragoza)

O artigo completo, com gráficos e tabelas, está disponível no site www.cedrofinances.com.br.

domingo, 24 de junho de 2007

Previdência Privada?

A educação dos filhos está impulsionando a procura por previdência privada, como forma de poupança. O crescimento nos primeiros quatro meses deste ano, quando esse tipo de plano captou R$ 439,3 milhões no país, foi de 84,51% em comparação com o mesmo período do ano passado. O levantamento foi divulgado pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi).

A previdência privada para menores tem crescido de forma mais acelerada, mas a captação total de recursos por esse mercado também sobe no geral: atingiu R$ 8 bilhões de janeiro a abril de 2004, alta de 25% sobre igual intervalo de 2006.

O vice-presidente da Fenaprevi, Marco Antônio Rossi, disse que as pessoas se conscientizaram que a Previdência Social oferece apenas um "valor básico" e que elas querem algo além desse valor, mesmo ainda sendo considerado conservador. Realmente. Eu acredito que seja conservador. Contudo, é interessante para o investidor diversificar seus investimentos. Neste caso, a previdência privada pode ser uma opção.

Os planos VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) - indicado para o investidor que não declara imposto de renda pelo modelo completo - registraram alta de 34,58%, de R$ 4 bilhões entre janeiro e abril de 2006, para R$ 5,43 bilhões no mesmo período desse ano.

Já o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) - para quem declara imposto de renda, uma vez que permite deduzir até 12% do montante a ser pago à Receita Federal - teve uma captação de R$ 1,431 bilhão no primeiro quadrimestre do ano, um incremento de apenas 0,61%. O executivo da Fenaprevi acredita que o crescimento maior dos planos VGBL ocorre por conta da maior massa da população que não declara imposto de renda.

O que são? O PGBL e o VGBL são planos para quem quer acumular dinheiro a longo prazo, não só para aposentadoria. O “grande atrativo” desses planos é o adiamento ou diferimento do Imposto de Renda. Como você adia o pagamento do IR para o momento do resgate, o que vai ocorrer em prazos muitos longos, sua aplicação ganha os juros acrescidos sobre o dinheiro que você teria pago ao IR até o dia em que for sacar esses recursos. O PGBL conta com um benefício fiscal: é dedutível da renda tributável, limitado a 12%.

Perigos - Muita atenção se decidir comprar um produto. Compare a solidez da empresa e os custos cobrados, como taxas de carregamento e de administração. Para se ter uma idéia, segundo a Fenaprevi, o participante do PGBL tem dois custos básicos: a taxa de carregamento sobre as contribuições mensais e aportes, de 1% a 5%, e a taxa de administração, que varia de 1,5% a 5% ao ano - sendo que existem empresas que cobram até 10% ao ano. Esta taxa é cobrada sobre o capital total - o que inclui os rendimentos. Muita atenção nesse ponto. São taxas caras, que podem prejudicar muito o rendimento da carteira e até mesmo inviabiliza-lo. Além disso, é essencial escolher a melhor remuneração para o capital investido e se precaver contra surpresas desagradáveis no futuro.

Por exemplo, quando você comprou o PGBL ou VGBL e escolheu como rendimento um fundo de renda fixa, o seu dinheiro renderá basicamente os juros do governo (taxa de Selic). Contudo, a trajetória dela tem sido de queda. Hoje a taxa é de 12% ao ano. E, se a taxa de carregamento for de 5% ao ano e a de administração também, o que é comum, o seu rendimento será de 2% ao ano, ou seja, menor que o da poupança.

sábado, 23 de junho de 2007

Se você ainda tem dúvidas quanto ao seu perfil de investidor – conservador, moderado ou arrojado – clique aqui e faça o teste.

Outros sites interessantes para navegar:

- Bovespa - Bolsa de Valores de São Paulo
- CVM - Comissão de Valores Mobiliários
- Tesouro Direto
- Portal do Investidor
- INI - Instituto Nacional dos Investidores
- Letras e Lucros
- Ações e Mercados
- Acionista

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Congresso dos Fundos de Pensão em BH: marco para Minas Gerais e uma agenda para o futuro.


Palavra do presidente da Apimec-MG, Paulo Ângelo Carvalho de Souza.

A economia nacional vive um bom momento, aproximando-se de um círculo virtuoso. O próximo passo, a ser atingido em um futuro não muito distante é a classificação do Brasil como grau de investimento (investiment grade) por grandes agências de avaliação de crédito (credit rating). Esta é a expectativa dos agentes dos mercados financeiro e de capitais.

Nesse contexto, realiza-se em Belo Horizonte, de 7 a 9 de novembro, o 28º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão, marco de prestígio para o Estado de Minas Gerais. Afinal, essas entidades representam a maior poupança disponível no Brasil, podendo e devendo contribuir de forma significativa para o crescimento da economia nacional.

Antes de discorrermos mais sobre esse evento ímpar, fazem-se necessários uma breve incursão ao passado dos fundos de pensão e algumas reflexões sobre o presente, para que melhor possamos entender as perspectivas futuras.

A Lei 6.435, de 15/07/77, foi o primeiro marco institucional dessas entidades no Brasil que, no próximo mês de julho, completa 30 anos. Mas desde sua criação, não foram poucos os percalços que as mesmas tiverem que enfrentar. Ao longo do tempo, o sistema de previdência complementar passou por crises e desconfiança por parte da sociedade e das autoridades públicas.

Foi um caminho árduo, difícil e de perseverança para atingir os atuais marcos institucionais. Cabe registrar que durante toda essa dura jornada, todos os dirigentes da Associação Brasileira das Entidades Federais de Previdência Complementar - ABRAPP - e de fundos de pensão, sem exceção, tiveram relevante papel na modernização e na conquista de credibilidade dessas entidades no Brasil.

No Governo Fernando Henrique Cardoso, discutiu-se a necessidade se alterar a legislação e a Lei n. 6.435 foi substituída pelas Leis Complementares n. 108 e 109, de 29/05/2001, aplicáveis, respectivamente, aos setores estatal e privado. Já no Governo Lula, cuidou-se da regulamentação dessas duas Leis, de modo a sedimentar o terreno para o crescimento do sistema de previdência privada.

A maior de todas as vitórias para o sistema e para a gestão de Fernando Pimentel, atual presidente da ABRAPP, foi o reconhecimento, pelo governo federal, da imunidade tributária dos investimentos, tornando essa indústria vantajosa e competitiva e equiparando-a às mais modernas do mundo.

Os fundos de pensão emergem, portanto, de uma fase de profundas reformas e modernização, de longa preparação para abandonar de vez a chamada ciranda financeira, e projetam sua integração definitiva ao processo desenvolvimentista brasileiro, via priorização de investimentos em ativos reais, bem como apoio equilibrado e seguro ao Plano de Aceleração do Crescimento - PAC.

Com todos os percalços, os fundos acumularam respeitável patrimônio: sua posição dos investimentos, em 31/12/2006, chega a R$ 351 bilhões, excessivamente concentrados em renda fixa, conforme pode ser visto na figura seguinte: (veja a íntegra do artigo, com gráficos e tabelas, clicando aqui).

Desde a promulgação das Leis Complementares n. 108 e 109, de 2001, já citadas, as decisões de investimento dos fundos de pensão estão disciplinadas pelo Conselho Monetário Nacional - CMN -, e seguem a Resolução n. 3.121/2003. Mas as elevadas taxas de juros (leia-se: Selic na estratosfera) produziram, nos últimos anos, seguidos ganhos reais de dois dígitos, que podem ter contribuído para certo nível de acomodação na gestão de recursos pelos fundos, com base em lógica até compreensível sob o prisma de quem tem a responsabilidade de tomar decisões em nome de muitos: para que arriscar, se o retorno está garantido, bastando aplicar em títulos públicos?

O retorno que os fundos amealharam em seus investimentos são, efetivamente, consideráveis, quando se lembra que essas entidades precisam investir a uma rentabilidade atuarial mínima de 6% ao ano. O indexador de seus investimentos, em boa medida, é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC. Os dados abaixo atestam o vigor dos ganhos obtidos pelos fundos de pensão nacionais nos últimos tempos, considerando apenas as aplicações em renda fixa (...).

Os números acima falam per se. Mas a nova realidade que já se apresenta é bem diferente. Ocorre que a expectativa de redução da taxa de juro a um dígito, esperada já para o próximo ano, mudará radicalmente o quadro. O desafio dos fundos de pensão, já nos próximos meses, será cumprir suas metas atuariais em um ambiente de taxa Selic por volta de 7% ao ano.

Consciente dessa tendência, o Conselho Monetário Nacional - CMN - aprovou, em 01/06/2007, a resolução BACEN n. 3.456, que abrirá campo para que os fundos de pensão possam diversificar mais seus investimentos. O trabalho dos profissionais que atuam nos fundos de pensão, dessa forma, se tornará ainda mais técnico e desafiador.

O Diário dos Fundos de Pensão, de 10/05/2007, noticia que o patrimônio dos fundos já saltou dos R$ 351 bilhões para R$ 382,3 bilhões (em fevereiro), que representam 16% do Produto Interno Bruto - PIB - nacional. O presidente da ABRAPP, Fernando Pimentel, destaca que tal crescimento se deve a uma bem sucedida gestão de investimentos, baseada na governança corporativa.

Pimentel ressalta, também, a importância do superavit alcançado, haja vista que em muitos casos, as contribuições pagas são inferiores aos recursos destinados ao pagamento de benefícios. E enfatiza que no início deste ano, as aposentadorias e pensões superaram R$ 2,6 bilhões, para mais de 2,5 milhões de trabalhadores.

De acordo com as informações da ABRAPP, os dez maiores fundos de pensão nacionais, em um total de 278, são: PREVI, PETROS, FUNCEF, F.CESP, Sistel, Valia, Itaúbanco, Banesprev, Centrus, Forluz (...)

Ainda de acordo com as informações da ABRAPP, os fundos de pensão de empresas de Minas Gerais são: Forluz, Cx. Empregados Usiminas, AÇOS, PREVIMINAS, DESBAN, AGROS, F. BEMGE PREVI, DERMINAS, Mendes Previ (...)

Observando os dados anteriores, vemos que Minas sedia apenas 14 fundos de pensão, apesar do porte de sua economia. Além disso, os investimentos dos fundos mineiros totalizam R$ 13,51 bilhões, representando apenas 3,8% do total de R$ 359,96 bilhões. Importante: as estatísticas são computadas com base na localização da sede da patrocinadora, o que provoca distorção. Exemplificando: o fundo de pensão dos empregados do Banco do Brasil - a PREVI - é sediado no Rio de Janeiro. Então, todos os dados desse fundo são computados no Rio, mesmo que o Banco tenha enormes contingentes de empregados nos demais estados da Federação. E existem outros exemplos.

Estatísticas à parte, defendemos aqui, veementemente, a necessidade de que os investimentos dos fundos de pensão sejam seguros e com visão de longo prazo. À luz dessa premissa, entendemos que não pode haver imposições, limites, desnecessários e compulsoriedade de qualquer natureza, preservando-se a segurança, a liquidez de médio e longo prazos e a rentabilidade mínima atuarial. E acreditamos que a preferência lógica dos investimentos deve ser pelo setor produtivo, de modo a contribuir para o crescimento econômico e o desenvolvimento social.

É importante dizer que o presidente da ABRAPP, Fernando Pimentel, luta, ainda, para levar ao Poder Judiciário uma melhor e mais adequada compreensão dos detalhes técnicos e das nuances que envolvem as políticas de investimentos e a constituição das reservas técnicas dos fundos de pensão, de modo que essas entidades estejam em perfeito equilíbrio técnico, financeiro e atuarial.

Mas as perspectivas parecem muito favoráveis e a expectativa é que nos próximos anos, os fundos de pensão colham os frutos de tantos anos de luta. O presidente Pimentel deverá prosseguir em seu trabalho competente, conduzindo o sistema fechado de previdência privada à auto-regulação e, aí, sim, os investimentos dos fundos de pensão farão a diferença na consolidação do crescimento da economia com desenvolvimento social.

Adicionalmente, identificamos algumas tendências que consideramos como sendo de grande importância para uma bem sucedida atuação dos fundos de pensão no Brasil: educação financeira voltada para a cultura de poupança e investimento de longo prazo, investimento responsável orientado para resultados, não mais limitado por percentuais fiscalizatórios, e ênfase na sustentabilidade, considerando as vertentes econômica, social e ambiental.

Retornando ao 28º Congresso Brasileiro, cujo tema central é Capitalismo social e crescimento: o futuro é agora, ressaltamos sua importância para o momento atual dos fundos. Diversos painéis técnicos serão apresentados, com palestrantes nacionais e internacionais, focalizando temas como: o papel dos fundos de pensão na formação da economia capitalista brasileira; a previdência e o mercado de trabalho; a disseminação da previdência complementar fechada; a queda da taxa de juros no médio e longo prazos e seus impactos nas políticas de investimentos; a busca da excelência na composição dos conselhos; PAC – oportunidades e desafios para os fundos de pensão; o processo de desoneração da gestão dos fundos de pensão; mecanismos de proteção para planos de fundos de pensão; fiscalização dos fundos de pensão e os conflitos de competência; a supervisão baseada em riscos; os investimentos dos fundos de pensão e a sustentabilidade empresarial; private equity e mapeamento de como funcionam os agentes que atuam nesse mercado; o processo de planejamento para aposentadoria: o papel da educação financeira.

Trata-se de uma agenda moderna, que reflete um ponto de inflexão na trajetória dos fundos de pensão nacionais, entidades que concentram, conforme dissemos, a maior poupança do Brasil, e que têm tudo para desempenhar um papel de grande relevância no desenvolvimento do País.

Veja a íntegra do artigo, com gráficos e tabelas, clicando aqui.


quarta-feira, 20 de junho de 2007

Aposentadoria...

Se você tem de 20 a 30 anos, quer curtir o presente e nem sequer está preocupado com o futuro. Se a sua faixa etária é de 30 a 40 anos, preocupações com casa e família devem estar prevalecendo. Se você esta entre 40 e 50 anos, deve estar ansioso para se aposentar e decepcionado com o que vai receber do governo. Independente da idade passou da hora de você pensar na aposentadoria, seja a sua, a do seu filho ou a dos seus netos.

Destaco dois pontos que você deve parar para pensar: aumento da longevidade e redução das reservas financeiras. Isso não é pessimismo, pelo contrário. Sou muito otimista: quero viver muito e curtir minha vida, não só agora, mas quando me aposentar também. Ansiedade? Talvez. Dúvida? Nenhuma. É preciso antecipar discussões e decisões sobre aposentadoria.

Outro dia, lendo um artigo da jornalista Mara Luquet no Valor Econômico, vi uma projeção muito interessante feita por um consultor do Banco Itaú, o Sílvio Luís Samuel. Uma aplicação de R$ 300 mensais por 40 anos a uma taxa média real (descontada a inflação) de 10% ao ano resultaria ao final do período num montante de R$ 1,8 milhão. Se a taxa caísse pela metade, até mesmo pelo atual cenário econômico brasileiro, de redução da taxa de juros, seria possível acumular R$ 460 mil. Faça a projeção: R$ 300 x 12 meses = R$ 3.600 x 40 anos = R$ 144.000 hoje. Será que teria valido a pena? Na minha opinião, sim.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Só para lembrar: serão realizados vários cursos sobre o mercado de capitais nesta e nas próximas semanas. Confira a coluna à direita.

Atenção!

Criei esse blog com o intuito de fomentar o intercâmbio entre corretoras, entidades e analistas do mercado de capitais em Minas. Contudo, grande parte dos visitantes do site quer saber como investir. O que é bem interessante, pois engrossa o coro dos participantes da popularização da Bovespa. Para essas pessoas e amigos digo que não tenho a fórmula (se soubesse estaria rica). Não sou economista, nem analista e muito menos especialista. Sou jornalista e, por isso, posso somente traduzir algumas dicas.

- Primeiro: você tem mais dinheiro do que imagina. Para ter a real visão disso, faça um planejamento financeiro. Você vai ver onde pode cortar gastos e descobrir que vai sobrar dinheiro no final do mês para investir. Na coluna à direita do blog, em “Mulheres em Ação”, baixe uma planilha da Bovespa muito simples de seguir.

- Segundo: é importante traçar objetivos antes de fazer seu investimento, sobretudo saber se o retorno é de curto ou longo prazo, além de traçar o seu perfil: conservador, moderado ou agressivo. No site www.tesourodireto.gov.br tem um simulador.

- Terceiro: depois disse avalie opções, como poupança, CDI, previdência privada (PGBL e VGBL), clube de investimentos, fundos e ações. Lembre de analisar as taxas de carregamento, de administração e incidência do imposto de renda, principalmente. Tem que pesquisar. Título de capitalização nunca.

- Quarto: você pode investir sozinho, mas pese se não vale a pena recorrer a uma corretora, que conta com especialistas, softwares e pesquisas sobre o mercado. Procure informações de qualidade. Na coluna à direita disponibilizo os passos para iniciantes e o telefone de todas as corretoras de BH.

- Último: Diz a teoria de finanças que quanto maior o risco maior poderá ser o potencial de retorno de suas aplicações. Mas, nunca se esqueça que o mérito de seu sucesso como investidor é todo seu, assim como a responsabilidade pelas perdas.

Análises semanal - 11/06/2007 a 15/06/2007*

Ibovespa: O índice realizou um movimento de recuperação, exatamente como previsto em relatório anterior. Fechamos a semana testando a antiga linha de tendência de alta “LTA” projetada como resistência. Teremos que observar como o índice irá comporta-se no teste desta resistência, caso seja rompida tende a levar o índice para o antigo canal de alta, observe gráfico anexo. Devido a uma pequena divergência de baixa no IFR e ao teste da resistência da LTA, o mais prudente é esperar segunda-feira para observarmos como será o comportamento do índice no teste desta resistência antes de realizar qualquer posicionamento.

Telemar: O papel respeito o suporte, movimento mais provável, realizando uma pequena recuperação durante a semana. Aos que realizaram a operação comentada em relatório anterior é aconselhável um ajuste do stop, pois a Telemar fechou a semana com um candle de indecisão conhecido como “doji”.

Vale: A Vale realizou o movimento mais provável de maneira precisa, respeitou nosso suporte projetado e fechou a semana muito próxima do nosso objetivo com um candle de indecisão, gráfico anexo. Aos que realizaram operação comentada em relatório anterior, é aconselhável um ajuste do stop, pois estamos próximo à resistência projetada em torno de R$ 76,00 e fechamos a semana com um candle de indecisão.

Petrobrás: Papel realizou durante a semana um movimento mais consistente, rompimento da antiga linha de tendência de alta com a volta ao seu antigo canal de alta, gerando uma oportunidade de entrada tendo como objetivo a parte superior do canal (linha verde). A Petrobras fechou a semana rompendo o objetivo, mas com um candle de indecisão e muito distante da sua média móvel de 21 dias, que pode levar a uma correção, aconselhável um ajuste de stop.

Bradesco: O papel respeitou nosso suporte, movimento mais provável, gerando oportunidade de novos posicionamentos. Os investidores que realizaram posicionamento comentado em relatório anterior têm como principal objetivo à resistência em torno dos R$ 50,40.

Aos que não podem acompanhar o mercado de perto é aconselhável um ajuste do stop. Neste relatório gostaria de enfatizar a importância dele.

Nesta semana tivemos ótimas oportunidades de entrada, os papéis respeitaram os suportes projetados gerando bons pontos de compra. Gostaria de enfatizar a importância do stop, pois a sua correta utilização é de vital importância para o sucesso das operações com o uso de gráficos, com as seguintes dicas:

1- Sempre coloque ordens de stops para proteger-se durante uma nova compra, caso o mercado não realize o movimento mais provável;

2- O menor prejuízo é aquele que é realizado mais rápido;

3- Use stops de proteção de lucros, para não transformar operações vencedoras em perdedoras.

Proteja o seu capital, sempre!!!

*Prof. José Guilherme (Zaragoza)

O artigo completo, com gráficos e tabelas, está disponível no site www.cedrofinances.com.br.

domingo, 17 de junho de 2007

Vale a pena destacar algumas notícias da última semana...

- O PIB brasileiro apresentou uma expansão de 0,8% no primeiro trimestre deste ano em relação aos três últimos meses de 2006 (R$ 596,2 bilhões), segundo o IBGE. O crescimento ficou dentro da estimativa de analistas, que previam alta entre 0,6% e 1,0% nessa base de comparação. Já em relação ao primeiro trimestre do ano passado, o PIB brasileiro apresentou crescimento de 4,3%, taxa em linha com expectativas, que variavam de 2,9% a 4,8%.

O boletim Focus, elaborado pelo Banco Central com base em consultas a mais de 100 analistas de mercado mercado, apontou que o crescimento da economia neste ano deve alcançar 4,2%. Já o governo promete uma alta de 4,5%. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já afirmou que o Brasil fechará o ano de 2007 com o sétimo Produto Interno Bruto (PIB) no ranking mundial.

Em Minas Gerais, a indústria lamentou, o setor de serviços comemorou e o agropecuário ainda está com o pé atrás, já que as principais safras começam a partir de março. Contudo, uma avaliação é unânime: o resultado é positivo se comparado com o histórico brasileiro, mas poderia ser melhor se comparado com o desempenho de outros emergentes.

- A Bovespa superou os 54 mil pontos nesta semana. As ações da Petrobras puxaram a valorização da Bolsa, favorecida também pelo quadro positivo da economia americana. Somente neste ano, o índice Ibovespa, que acompanha os preços das principais ações do pregão, acumula alta de 22,6%.

Os índices de preços divulgados na semana também aliviaram o temor de que o Federal Reserve (banco central dos EUA) possa elevar a taxa básica local ainda neste ano, uma preocupação que foi motivo de especulações. Juros mais altos significam um freio à atividade econômica dos EUA, mas também reduzem a atratividade de ativos financeiros em economias emergentes.

- A ata do Copom sinalizou que o corte da próxima reunião deve ser, outra vez de 0,5 ponto percentual. Ao cair para 12% ao ano, na semana passada, a taxa chegou ao seu menor nível histórico. Porém, os juros reais (descontada a inflação) ainda é o maior do mundo.

- O Brasil conquistou nesta semana o tão sonhado investment grade. A agência de classificação de risco Japan Credit Rating (JCR) anunciou a melhora do rating da dívida de longo prazo em moeda estrangeira do país para BBB- e o rating da dívida de longo prazo em moeda local para BBB. As duas notas representam investment grade e tem perspectiva estável. Conseguir essa classificação significa o reconhecimento, pelas agências de avaliação de risco, de que a aplicação de dinheiro no Brasil é seguro e que não há risco para os investidores.

Segundo a JCR, em primeiro lugar, os ratings refletem a perspectiva de que o presidente Lula vai levar adiante suas iniciativas de reforma durante seu segundo mandato, com base na força da estabilidade política. Além disso, a agência aposta na manutenção do superávit primário e na melhora da estrutura da dívida do país. Junta-se a isso a continuidade da política cambial flexível, que conteve a inflação e estabilizou o câmbio e um balanço externo melhor, apoiado por um superávit sustentado em conta corrente e dívida externa reduzida.

A agência disse, entretanto, que os ratings são limitados por fatores estruturais, tais como pobreza e disparidade de renda, investimento fraco e um mercado de mão-de-obra rígido, que mantêm o crescimento econômico do país em ritmo mais lento. Embora o déficit fiscal e a dívida do setor público estejam em tendência de baixa, a JCR considera que uma melhora adicional é necessária em ambas as áreas.

Ex-ministros criticam atual política econômica

Ex-ministros criticaram nesta semana as três circulares anunciadas pelo BC na sexta-feira para conter a desvalorização do dólar. Para Luiz Carlos Bresser e Delfim Neto as medidas são positivas, porque mostram realmente a importância do fluxo de capitais, mas não devem inverter a trajetória de queda do dólar.

Delfim atribui a desvalorização do dólar frente ao real ao aumento dos preços dos produtos exportados pelo Brasil, que proporciona uma entrada maior de dólares, e à inversão do saldo da balanço do setor petrolífero.

Bresser, que acredita que a principal medida para frear a valorização do real seja o corte de juros, disse nesta semana que o Brasil convive com a "doença holandesa" (também chamada de maldição dos recursos naturais), em decorrência da série de produtos exportáveis com alta rentabilidade.

Para ambos, a trajetória do dólar deve se manter em queda enquanto as commodities estiverem valorizadas.

Ex-ministros também criticaram as medidas de proteção aos setores prejudicados pela sobrevalorização cambial. Nesta semana eu entrevistei Paulo Haddad, ex-ministro do Planejamento, e ele frisou que o dólar barato veio para ficar por causa do excesso de liquidez internacional e o potencial de exportação do Brasil. E, justamente por esses motivos, não adiantam medidas paliativas. Ele defende mudanças urgentes no sistema tributário, corte mais substancial na Selic, aportes em infra-estrutura e redução dos riscos jurídicos nos investimentos.

Recentemente, também entrevistei os economistas Fabrício Oliveira e Cláudio Gontijo, que já integraram a equipe econômica do governo de Minas. A avaliação deles engrossou o coro.

Interessante mesmo foi uma análise feita, em outra entrevista, pelo presidente do Conselho Federal de Economia, Synésio Batista da Costa. Ele me disse que, quando estão fora do governo, especialistas e autoridades políticas sabem o que deve ser feito. Mas, depois que entram, fantasmas que perambulam por Brasília dominam as lideranças e às impedem de fazer o que realmente é previsto.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Cemig lança ADRs em Nova York, em grande estilo

A Cemig lançou na terça-feira novas ADRs (American Depositary Receipts), lastreadas em ações ordinárias (ON), na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse). Dessa forma, a estatal mineira atende um antigo pedido dos acionistas, aumenta a exposição da empresa no mercado internacional, ganha liquidez e, indiretamente, eleva o preço de seus papéis.

Por meio de teleconferência com a imprensa o diretor de RI, Agostinho Faria Cardoso, enfatizou que o lançamento atende a uma solicitação dos acionistas minoritários. Agora eles vão poder ter equivalência entre as duas bolsas e fazer a aplicação mais conveniente. O agora diretor de Finanças da Cemig, Luiz Fernando Rolla, disse que 6% das ordinárias da companhia pertencem a investidores estrangeiros.

ADRs são recibos de ações de companhias, não sediadas nos Estados Unidos, emitido por um banco e custodiado em banco norte-americano. Pode ser negociado nos mercados organizados dos Estados Unidos e, normalmente, é utilizado para captação de recursos no exterior. Rolla disse que, como a Cemig vem apresentando substancial melhoria na qualidade do crédito, bancos estão procurando a empresa e que a “agenda está cheia”.

O que é uma grande vantagem para o programa de investimento da estatal, que dessa maneira consegue captar recursos com taxas de juros bem menores. Rolla reiterou que o programa de investimento da companhia é de R$ 1,5 bilhão ao ano entre 2007 e 2012, sem incluir as possibilidades de aquisições. Entre elas, a Eletropaulo, maior distribuidora de energia da América Latina, caso o BNDES coloque à venda a participação que detém nas empresas brasileiras do grupo norte-americano AES.

Rolla também não descarta aquisições no exterior. Os empreendimentos no Chile já estão em andamento. A intenção da Cemig naquele país é buscar oportunidades de negócios na área de distribuição e geração de energia elétrica. O primeiro passo seria a compra, em sociedade com a empresa paulista Alusa, do grupo Emel, que a companhia norte-americana PPL colocou à venda.

A compra de ativos em outros países e o avanço no mercado de capitais no exterior pode contribuir para a internacionalização da empresa, solidificando ainda mais o desempenho da estatal mineira. Em 2002, antes do governo Aécio Neves, o valor de mercado da Cemig era de R$ 4 bilhões e hoje já atinge R$ 19 bilhões.

A companhia atende mais de 6 milhões de consumidores, possui 53 usinas, somando uma potência de cerca de 6 mil megawatts. No ano passado, a estatal mineira registrou lucro líquido de R$ 1,718 bilhão, resultado 13% maior, não fosse o efeito da receita extraordinária contabilizada em 2005.

O evento na bolsa de NY foi um passo a mais no processo de internacionalização da companhia. Onte, a estatal mineira realizou o Cemig Day, ou seja, a empresa foi o grande destaque ontem na bolsa norte-americana, com direito a bandeira hasteada no edifício da bolsa. Ainda na terça os diretores almoçaram com analistas e investidores e participaram do Closing Bell, tradicional cerimônia de encerramento das atividades do dia. Vale destacar ainda que o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Márcio Lacerda, que substituiu Wilson Brumer, e que também vai assumir a presidência do Conselho de Administração da Cemig, participou de todos os eventos. Eu ainda me pergunto: será que a substituição vai ser boa e continuar trazendo bons resultados para a companhia? Tenho dúvidas.

terça-feira, 12 de junho de 2007

No dia dos namorados, um artigo que vale a pena ler!

Quanto custa um namoro*

O namoro tem várias idades e também várias épocas. Era comum a gente perguntar para os pequerruchos, querendo fazer graça, se eles já tinham namorados, no que sempre respondiam que “não!”. Nos dias de hoje, se bobear, eles dizem: “não, estamos só ficando”...

Mas as coisas, nestas épocas, andam bem mais à frente que antigamente andavam. Ouvi estes dias a história de dois destes com menos de sete anos, em que o garoto (que provavelmente se chamava Joãozinho) disse que não queria mais namorar a menina porque ela “não sabia beijar de língua”! É o que dá ver tanta malhação e beijação na televisão...

Bem, pelo menos naqueles relacionamentos precoces não havia despesas financeiras a serem discutidas ou partilhadas, coisa que hoje em dia tem que ser discutida a fundo. Também, quem mandou as mulheres quererem tanta igualdade? Antes não tinha tanto a discutir, o homem pagava tudo e pronto!

Dependendo da fase do namoro, ou seja, se a relação passou da fase de ficante ou “affair”, as despesas passam a pesar no bolso. No início é o macho que banca tudo no seu processo de sedução (que foi aceito pela fêmea, que é quem decide, como sempre...). Às vezes, querendo demarcar o território visando o futuro da relação, logo nos primeiros encontros, a mulher se coloca à disposição para dividir, nunca para pagar tudo...

Definido se a relação vai ser de ficante ou de namoro, as despesas precisam ser apuradas por meio da estruturação de um orçamento e examinadas com cuidado: restaurante, cinema, teatro, shows, motel, viagens, pedágios, gasolina, presentes. Se os parceiros forem independentes, morando sozinhos, logo é possível dormir um na casa do outro, economizando muito em motéis e refeições.

Numa relação duradoura, ou numa decisão de morarem juntos, a coisa fica mais séria e o orçamento do “casal” precisa ser analisado com as despesas dos dois somadas e divididas para não criar uma dependência ou conveniência financeira entre os dois. Aí surge uma situação que não é difícil de ser resolvida: um ganha mais que o outro.

Quando um ganha mais do que o outro, depois de estruturado o orçamento deve ser feito um cálculo dos rendimentos de cada um e somados. A partir daí, verifica-se a proporcionalidade dos ganhos e cada um fica responsável pela sua participação. Por exemplo: um ganha R$ 6.000,00 e o outro R$ 4.000,00, ou seja, no total dos rendimentos a participação é de 60% e 40%, donde as despesas devem ser divididas nessas proporções. O que sobrar cada um poupa ou gasta como quiser.

No dia dos namorados devem ser evitados os supérfluos, como jóias (potencialmente roubáveis e que depois não valem quase nada, só o peso em ouro) ou programas exageradamente caros. O que vale é dar presentes úteis: eletrodomésticos, toalhas, lençóis, vales (de supermercados, de restaurantes, de revisões do carro), livros, cartuchos de computador, pilhas, baterias e outros acessórios de uso corrente.

Apesar de todas essas instruções, lá vai uma informação importante para os ex-machões: apesar de toda a liberação feminina, dizem as pesquisas que 100% das mulheres, num primeiro encontro, acham de muito bom tom e muito cavalheiresco que os homens paguem integralmente a conta do restaurante, com direito a champagne e tudo.

Outro recado: nestes tempos de ex-namoradas, ex-mulheres e ex-outras, acho bom os homens se precaverem em dobro, mesmo gastando em dobro com pílulas e preservativos, para evitar despesas pós-rompimentos. Há mensagens com a sabedoria de pára-choques de caminhões que vaticinam: ”Você ainda vai ter uma ex-mulher!”.

Não é todo mundo que tem relações (nos dois sentidos) com lobistas de empreiteiras para depois pagar grandes pensões, às escondidas, em dinheiro vivo. Já pensou o trabalho que dá para retirar grana no caixa do banco todo mês, avisando de véspera, e o tempo que se gasta em fila? E entregar pessoalmente, todo mês, à “ex” de outro? Esse lobista teria que ser mesmo “mui amigo”...

*Luis Carlos Ewald, economista e professor da área de Finanças nos MBA's da FGV-Rio, além de orientador de finanças familiares no Fantástico, da TV Globo.

Muita gente achou esse artigo machista. É claro que, como quase toda mulher, adoro ganhar presentes. Fúteis, inclusive, desde que esteja em um embrulho de encher as vistas. É uma vergonha, mas eu confesso. E, mesmo casada, tem que ganhar presente sim. Mas, voltando ao artigo, eu o achei bem realista. A maior parte dos casais brasileiros também. É só observar as pesquisas divulgadas nestes últimos dias, como a da Fecomércio de São Paulo. Ela mostrou que 75% dos paulistanos preferem pagar as suas dívidas ao invés de presentear seus parceiros e que o valor médio dos presentes daqueles que vão gastar ou consumir nesse dia gira no entorno de R$ 56,00.

sábado, 9 de junho de 2007

Análises semanal* - 04/06/2007 a 08/06/2007

Ibovespa: O índice não voltou ao canal de alta projetado, seguindo seu movimento de indefinição. Fechamos a semana com um candle de reversão, que tende a levar o índice a uma recuperação.

Telemar: O papel corrigiu até o nosso suporte projetado de maneira precisa, gráfico em anexo. Caso esse suporte seja respeitado teremos a oportunidade de abertura de um novo posicionamento.

Vale: Advertimos em relatório anterior que era aconselhável o ajuste do stop para quem realizou a entrada no teste do suporte pela segunda vez, o papel corrigiu exatamente conforme esperado (teste da resistência - linha verde). A Vale fechou a semana em cima de um suporte, que caso seja respeitado, gerará uma nova oportunidade tendo como primeiro objetivo à resistência em torno de R$ 76,00.

Petrobrás: Não a muito que comentar do papel, segue acompanhando a nossa linha tendência de alta “LTA” projetada (gráfico anexo). Fechamos a semana novamente testando a antiga LTA como resistência. Esperar um movimento mais consistente para realizar novos posicionamentos.

Bradesco: Advertimos em relatório anterior que era aconselhável realizar novos posicionamentos somente caso houvesse um rompimento da resistência com consistência. Papel respeitou a resistência de maneira precisa, tanto nos preços como no IFR, corrigindo até nosso suporte projetado (gráfico em anexo). Caso este suporte seja respeitado teremos oportunidade de novos posicionamentos.

*Prof. José Guilherme (Zaragoza)

O artigo completo, com gráficos e tabelas, está disponível no site www.cedrofinances.com.br

terça-feira, 5 de junho de 2007

A Springs Global, controlada pela Coteminas, vai abrir capital na Bovespa

A Springs Global, empresa têxtil resultante da fusão entre a Coteminas e a americana Springs no início de 2006, vai abrir o seu capital no Novo Mercado da Bovespa. A oferta de ações servirá não só apenas para capitalizar a companhia, mas também para dar saída à família Close, que originalmente controlava a Springs, e também ao fundo Heartland, um sócio minoritário. Atualmente, a Coteminas tem 61,65% do capital da Springs Global, enquanto a família Close detém 19,58% e o Heartland, 18,70%. Com a operação, a família do vice-presidente da República, José Alencar, se consolidará como o maior acionista da Springs Global. A Springs Global deve chegar ao mercado valendo entre R$ 2,5 bilhões e R$ 3 bilhões e a oferta primária deve ficar em torno de R$ 500 milhões.

Standard & Poor’s eleva rating da Gerdau e Usiminas

# Gerdau


A Standard & Poor’s Ratings Services elevou ontem, em sua escala global, os ratings de crédito corporativo de longo prazo atribuídos à Gerdau S.A. (Gerdau) de ‘BB+’ para ‘BBB-’ e os retirou da listagem CreditWatch com implicações Positivas, em que foram colocados em 19 de março de 2007. O rating atribuído aos bônus perpétuos de US$ 600 milhões da Gerdau também foi elevado para ‘BBB-’. O rating de crédito corporativo atribuído na Escala Nacional Brasil à Gerdau também foi elevado de ‘brAA+’ para ‘brAAA’ e igualmente removido da listagem CreditWatch com implicações positivas. A perspectiva dos ratings de crédito corporativo em ambas as escalas é estável.

O analista de crédito da Standard & Poor’s, Reginaldo Takara, disse que essa ação de rating reflete a melhora nos perfis financeiro e de negócios da Gerdau, sustentada pelo fortalecimento das operações da empresa na América do Norte (Gerdau Ameristeel Corp.; ratingBB+/Estável/--’); pelo ambiente doméstico mais estável e favorável em seu país de origem, o Brasil; pela posição de mercado mais forte na América Latina e pela gradual diversificação de negócios em aços especiais.

Takara avaliou que ao elevar o rating, acreditou-se que a diversificação geográfica do fluxo de caixa da Gerdau possibilitará à empresa sustentar indicadores de crédito compatíveis com a sua categoria de ratings, mesmo sob condições de mercado menos favoráveis para a indústria siderúrgica em geral. Para tanto, a premissa é a de que a Gerdau manterá seus atuais indicadores de proteção do fluxo de caixa apesar de sua ativa estratégia de crescimento baseada em aquisições.


# Usiminas


A Standard & Poor’s também elevou ontem em sua escala global os ratings de crédito corporativo de longo prazo atribuídos à Usiminas de ‘BB+’ para ‘BBB-’. Ao mesmo tempo, a Standard & Poor’s também elevou o rating atribuído às notas, no valor de US$200 milhões, emitidas pela Cosipa para ‘BBB-’. O rating na Escala Nacional Brasil atribuído à Usiminas também foi elevado de ‘brAA+’ para ‘brAAA’. A perspectiva dos ratings de crédito corporativo em ambas as escalas é estável.

A elevação dos ratings da Usiminas reflete as políticas financeiras da empresa, consistentemente prudentes; o melhor ambiente econômico no Brasil; e as expectativas de que as métricas de crédito da empresa permanecerão fortes nos próximos anos, apesar dos altos investimentos programados. Para Takara, dado o perfil financeiro bastante conservador da Usiminas, a expectativa é a de que a empresa conseguirá preservar indicadores de crédito adequados à sua categoria de rating, mesmo tendo parte de seus investimentos financiada por dívidas e apesar do possível enfraquecimento dos preços siderúrgicos em um horizonte de tempo mais longo que dois anos.

A análise leva em consideração o fato de que o programa de investimentos da Usiminas consiste de diversos projetos modulares com riscos de execução e operacionais administráveis, bem como assume que a empresa conseguirá captar recursos em condições de custo e prazo adequadas para a parcela dos investimentos que não será financiada com a geração interna de caixa da empresa.


# Localiza


A Standard & Poor’s ainda atribuiu ontem o ratingbrAA-’, em sua Escala Nacional Brasil, à futura emissão de debêntures da Localiza Rent a Car S.A. (Localiza), no valor de R$ 200 milhões e vencimento final em 2014, a qual faz parte do novo programa de debêntures da empresa que totaliza R$ 500 milhões. A futura emissão de debêntures não conta com garantia real e sua remuneração será atrelada ao CDI (mais spread). Os recursos obtidos serão utilizados para a expansão da frota de aluguel de carros e de frotas da empresa. A emissão terá um período de carência de cinco anos para o principal da dívida, com amortizações anuais de 2012 até 2014.

A Localiza vem apresentando forte crescimento nos últimos anos (aproximadamente 3x acima da média do mercado), propiciado pela melhora na atividade econômica no Brasil e por sua capacidade de superar seus concorrentes na conquista de maior participação de mercado. Isso tem sido possível graças a sua estrutura enxuta, a suas políticas de preços e a sua administração de veículos integrada (com eficiente estrutura de alienação de seus veículos usados), operando nos negócios de aluguel de carros, de frotas e franchising – características estas que, no longo prazo, poderão proteger a empresa contra a volatilidade do mercado.

A Localiza apresentou dívida total sobre EBITDA de 1,9x nos 12 meses findos em março de 2007 (1,3x a relação dívida líquida pelo EBITDA) e geração interna de caixa (Funds From Operations - FFO) sobre dívida total de 37% no mesmo período, com base nas demonstrações em US GAAP. A Standard & Poor’s divulgou que espera que a empresa mantenha seu atual perfil financeiro no futuro com forte liquidez; no entanto, entende que essas métricas de crédito possam ser temporariamente pressionadas durante ciclos de investimentos em sua frota operacional.

Com vendas que somavam R$ 1,3 bilhão nos últimos doze meses findos em março de 2007, a Localiza é a maior locadora de veículos no Brasil (com participação de mercado estimada em 21%), beneficiando-se de uma eficiente rede de distribuição espalhada pelo País.

"How Brazil Took The Lead In Ethanol"

Esse é um estudo quentinho da Standard & Poor’s Ratings Services, divulgado dia primeiro de junho. Para ler a versão em inglês clique aqui. A versão em português estará disponível em breve.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

A partir de hoje o Dinheiro Minas contará com as análises semanais do professor José Guilherme (Zaragoza).

28/05/2007 a 01/06/2007

Ibovespa: O índice testou nossa linha de tendência de alta antiga por toda a semana, gráfico anexo. Conforme analisado em relatório anterior o índice estava em um momento de indefinição (movimento lateral), durante toda a semana realizou o movimento mais provável, iniciando sinais de melhora sexta-feira. Teremos que observar nesta semana se o índice retornara ao antigo canal de alta para realizarmos novos posicionamentos.

Telemar: Não a muito que comentar do papel, depois do rompimento e da correção iniciada semana anterior, a Telemar corrigiu até a resistência rompida e segue um movimento lateral. Esperar um movimento com mais consistência para realizarmos novos posicionamentos.

Vale: O papel seguiu o movimento mais provável, apresentou um movimento lateral por alguns dias, testando o suporte projetado novamente. Podemos observar no gráfico em anexo que no teste do suporte pela segunda vez houve uma divergência de alta, gerando uma boa oportunidade de entrada tendo como primeiro objetivo o topo histórico (linha verde). Aos que realizaram tal operação é aconselhável ajustar o stop, pois já estamos próximo à resistência intermediaria.

Petrobrás: Papel rompeu a nossa linha de tendência de alta “LTA”, conforme advertido em relatório anterior era aconselhável aos que compraram no rompimento da LTB manter o stop abaixo da linha de tendência de alta. Fechamos a semana testando a LTA, mas agora como resistência, que se respeitada pode gerar um ponto de venda descoberta.

Bradesco: Papel não realizou movimento mais provável, não aparecendo oportunidade de nova entrada. Podemos observar no gráfico em anexo que o papel acumulou durante toda a semana, sexta-feira o papel fechou testando uma resistência em formação, também teremos o teste do IFR. Observar como será o teste antes de realizar novos posicionamentos, caso haja um rompimento com consistência gerará uma oportunidade de curto prazo.

O artigo completo, com gráficos e tabelas, está disponível no site http://www.cedrofinances.com.br./.

sábado, 2 de junho de 2007

As principais notícias que circularam em Minas nesta semana:

- Ainda há esperanças para os poupadores na época do Plano Bresser. Fique de olho no resultado das ações coletivas de todo o país e na Justiça, que está analisando a real data de prescrição do processo.

- O dólar caiu para R$ 1,90 na última sexta-feira, a menor cotação dos últimos sete anos.

- Analistas mineiros apostam em corte de meio ponto percentual na Selic. A reunião do Copom acontece nesta semana e a nova taxa de juros será conhecida na próxima quarta-feira.

- A indústria automobilística registrou em maio novo recorde histórico em vendas num único mês no mercado interno. Foram vendidos 208 mil automóveis e comerciais leves, batendo o recorde anterior, de 204 mil unidades, registrados em dezembro passado.

- O crescimento da demanda interna, que fez a Fiat Automóveis S/A (Fiasa) implantar o terceiro turno, vai esgotar a capacidade instalada da fábrica. Para conseguir atender a demanda, a montadora italiana vai retomar a produção do Siena em sua unidade de Córdoba, na Argentina, ao invés de construir uma nova planta em Minas, conforme o presidente da Fiat para a América Latina, Cledorvino Belini. No mês passado, a Fiat também bateu recorde de vendas.

- Os funcionários da CSN, com siderúrgica em Volta Redonda (Rio de Janeiro) e mina em Congonhas (Minas Gerais), entraram em greve por tempo indeterminado. Os trabalhadores decidiram que será mantido apenas um quadro mínimo de profissionais para não haver necessidade de desligar os três alto-fornos da empresa. Será que a produção será afetada? Até agora a empresa não falou nada.

- A Portugal Telecom reconheceu a intenção de negociar sua entrada no capital da Telemar, que controla 40% do mercado de telefonia fixa e celular no Brasil. No entanto, não apresentou nenhuma proposta de compra de ações a qualquer acionista da Telemar. A Portugal Telecom é proprietária de 50% da operadora de celular Vivo, associada à Telefónica espanhola. Além disso, está presente também em outras atividades no país.

- Desemprego parou de subir na Grande BH, mas continua crescendo no país.

- Os governos de Minas Gerais e Rio de Janeiro assinaram nesta terça-feira um protocolo de intenções para viabilizar o Porto de Itaguaí, no litoral fluminense. Pelo acordo, representantes dos governos estaduais, o Ibama e a massa falida da Companhia Mercantil e Industrial Ingá esperam solucionar um passivo ambiental que a empresa deixou na Baía de Sepetiba. Os pequenos mineradores e os guseiros comemoram a medida, já que o terminal será uma alternativa ao domínio da Vale do Rio Doce.

- O presidente da Vale, Roger Agnelli, disse que a companhia não vai investir a partir de 2012 porque não há garantias no fornecimento de energia. O presidente da Fiat, Cledorvino Belini, disse que a questão realmente preocupa. Especialistas que entrevistei durante a semana, como o conselheiro da Abrace, Paulo Ldumer, temem risco de racionamento na próxima década.

O mercado de ações foi a aplicação mais rentável em maio

O mercado de ações foi em maio, pelo terceiro mês consecutivo, a aplicação mais rentável. O Ibovespa teve variação de 6,76%. A Bolsa superou sucessivos recordes neste mês, sustentada pelo ingresso de investimentos estrangeiros e pelo relativo otimismo com a economia americana. Aplicações em renda fixa ocuparam a segunda posição entre os as aplicações de maior retorno. O CDI teve variação de 1,02% e a caderneta de poupança, 0,67%. Vale ressaltar que a rentabilidade dos fundos de investimento, como regra geral, sofre impacto de taxas de administração e do imposto de renda. Todas essas aplicações bateram a inflação do período, estimada em 0,04%, pelo IGP-M/FGV. O dólar comercial teve variação negativa de 5,5%.

A Bovespa informou que, com o novo fechamento recorde da última sexta-feira, aos 53.422 pontos, o valor de mercado das empresas negociadas rompeu a marca de US$ 1 trilhão pela primeira vez na história do mercado brasileiro. O valor exato deverá ser divulgado na próxima segunda-feira. (A capitalização de mercado corresponde ao preço de uma ação multiplicado pela quantidade de ações emitida pela empresa.)

A Bovespa também divulgou que as cinco maiores empresas em capitalização de mercado hoje são: Petrobras, com R$ 222,1 bilhões (US$ 116,5 bilhões); Companhia Vale do Rio Doce, com R$ 206,6 bilhões (US$ 108,4 bilhões); Bradesco, com R$ 100,4 bilhões (US$ 52,7 bilhões); Itaú, com R$ 99,8 bilhões (US$ 52,4 bilhões) e AmBev, com R$ 85,7 bilhões (US$ 44,9 bilhões).

Ibovespa: 6,76%
CDI: 1,02
Caderneta de Poupança: 0,67
Inflação (IGP-M/FGV): 0,04%
Dólar Comercial: -5,5%

Cinco maiores empresas:
Petrobras: US$ 116,5 bi
CVRD: US$ 108,4 bi
Bradesco: US$ 52,7 bi
Itaú: US$ 99,8 bi
AmBev: US$ 44,9 bi